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Plano de Manejo Completo - Secretaria do Meio Ambiente ...

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A categoria LR/lc não foi consi<strong>de</strong>rada neste trabalho, pois engloba espécies<br />

abundantes e com ampla distribuição geográfica, ou seja, espécies que após a avaliação<br />

pela IUCN foram enquadradas na categoria não ameaçadas.<br />

Uma diferença importante entre as listas da IUCN e da SMA-SP merece <strong>de</strong>staque: o<br />

critério para enquadramento na categoria Extinta da IUCN é a ausência <strong>de</strong> registro da<br />

espécie após a realização <strong>de</strong> pesquisas exaustivas em sua área <strong>de</strong> ocorrência<br />

conhecida ou potencial, ao passo que o critério a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela lista SMA-SP é a<br />

ausência <strong>de</strong> registro nos últimos 50 anos. O quanto esses critérios se distanciam na<br />

prática <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> equivalência <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> das expressões “ausência <strong>de</strong><br />

registro da espécie após a realização <strong>de</strong> pesquisas exaustivas” e “ausência <strong>de</strong> registro<br />

nos últimos 50 anos”. No esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>scritivos sobre a<br />

diversida<strong>de</strong> vegetal têm aumenta<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ravelmente nas últimas décadas, mas talvez<br />

não o suficiente para garantir essa condição <strong>de</strong> equivalência. Por outro la<strong>do</strong>, o uso <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s secundários, por vezes, po<strong>de</strong> acarretar em registros incorretos <strong>de</strong> ocorrência<br />

<strong>de</strong> espécies extintas em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às falhas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação.<br />

Nesse caso, a possível ocorrência <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação não po<strong>de</strong> ser verificada,<br />

pois nem to<strong>do</strong>s os autores <strong>de</strong>positam material testemunho em herbário. Dessa forma,<br />

é preciso cautela ao analisar a ocorrência <strong>de</strong> espécies consi<strong>de</strong>radas extintas em<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação.<br />

O objetivo das listas <strong>de</strong> espécies ameaçadas é orientar as ações políticas,<br />

conservacionistas e científicas voltadas à proteção da biodiversida<strong>de</strong>. As listas são o<br />

primeiro passo para a conservação das espécies, pois implicam na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

monitorar o status <strong>de</strong> ameaça da biodiversida<strong>de</strong> (IUCN, 1994). Tais espécies recebem<br />

tutela legal da legislação ambiental brasileira (Brasil, 1998) e internacional (Brasil,<br />

2000).<br />

A criação e manutenção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação constituem uma das principais<br />

medidas para a proteção <strong>de</strong> espécies e hábitats ameaça<strong>do</strong>s e reversão da tendência <strong>de</strong><br />

extinção. A presença <strong>de</strong> tais espécies em uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação representa,<br />

portanto, não apenas um atesta<strong>do</strong> da importância da unida<strong>de</strong>, mas também implica em<br />

gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> para os gestores da área. Uma vez <strong>de</strong>tectada a presença <strong>de</strong><br />

espécies ameaçadas, ações visan<strong>do</strong> à pesquisa e ao monitoramento <strong>de</strong>vem ser<br />

implementadas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a fornecer subsídios para programas <strong>de</strong> conservação. Uma<br />

linha <strong>de</strong> pesquisa consi<strong>de</strong>rada prioritária é o estu<strong>do</strong> da biologia reprodutiva <strong>de</strong>ssas<br />

espécies, com vistas a subsidiar programas <strong>de</strong> recuperação populacional. Da<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>mográficos e ecológicos da espécie também são requeri<strong>do</strong>s, tais como <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,<br />

frequência, taxas <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>, habitat preferencial, inimigos naturais,<br />

etc. Em suma, as pesquisas em ecologia <strong>de</strong> populações encontram aqui aplicação<br />

direta <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, portanto, serem incentivadas.<br />

Avaliação <strong>do</strong> <strong>Meio</strong> Biótico 125

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