PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

A condutividade das águas do lago situado na área destinada ao acampamento de
escoteiros (ponto P8; Figura 23) foi de 71,2 S.cm -1 e, portanto, superior à
condutividade de uma das nascentes que o abastece (ponto P17), sendo um indício de
contaminação do lago. Animais domésticos e esgoto presentes na área podem estar
contribuindo para a poluição das águas.
Os corpos d’água representados pelos pontos P2, P4, P5, P9, P10, P11, P13, P14, P16, P17
e P21 encontram-se melhor protegidos, embora para alguns deles a turbidez tenha sido
elevada. As microbacias nas quais estão localizados os pontos P13 e P14 possuem
vegetação arbórea mais densa e estão menos alteradas que as demais áreas, condição esta
que contribui para a manutenção de águas com melhor qualidade. Por outro lado, o uso
clandestino da UC para realização de cultos religiosos pode trazer riscos de adulteração
de suas águas. Nos terrenos localizados nas imediações do ponto P11, por exemplo,
foram encontradas grandes quantidades de ―oferendas‖ junto ao canal do curso d’água,
constituindo-se em focos potenciais de contaminação do ambiente aquático.
Algumas nascentes (pontos P2, P5, P16 e P21), são usadas para captação de água. As
duas primeiras abastecem residências de funcionários. As águas, sem qualquer tipo de
tratamento, são consumidas também pelos visitantes e por moradores da região, que
utilizam vasilhames para transportá-las até seu domicílio. Resultados de análises
bacteriológicas e físico-químicas realizadas em 2002 pela CETESB, em amostras
coletadas nesses pontos (Tabelas 6 e 7), mostraram que as águas atendiam aos
padrões microbiológicos de potabilidade estabelecidos pela Portaria 1469/ 2000, do
Ministério da Saúde. Igualmente, atendiam aos padrões físico-químicos de potabilidade
estabelecidos pelo Decreto Estadual nº 12.486/78 – NTA 60, com a ressalva de que
no ponto P5, o parâmetro nitrogênio amoniacal total foi superior ao valor máximo
permitido pelo referido decreto. Em função desse resultado, a administração do PEJ
fez adequações para proteger e melhorar o sistema de captação de água deste ponto,
a partir de orientações dadas pela companhia estatal.
EM P16 a captação de água é feita para o suprimento de propriedade rural vizinha a
UC. Não foi possível identificar o destino da água extraída do córrego no ponto P21.
3.2.3. Produção de Água
As quatro microbacias do PE do Jaraguá têm potencial de produção de água limitado,
apesar do índice pluciométrico considerável, dado sua pequena área de drenagem.
Com o propósito se ter uma noção desse potencial, obteve-se a produção hídrica da área
no dia 10 de maio de 2005. Para tanto, somaram-se as vazões dos cursos d’água
determinadas nas divisas do Parque (pontos P8, P10, P11, P13, P14, P16, P19, P21 e P22).
As microbacias, conjuntamente, geraram um volume de água correspondente a 30 litros
por segundo (30 L.s -1 ) ou 2.592 metros cúbicos ao dia (2.592 m 3 .dia -1 ). Considerando esse
como um valor médio, o Parque produz anualmente um total de 1.000.000 m 3 de água.
Conforme a SABESP (2006), a média do consumo per capita de água para o Município de
São Paulo é de 200 litros/habitantes/dia. Usando este valor como referência, estima-se que
o PEJ teria condições de suprir anualmente até 13.000 pessoas.
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Avaliação do Meio Físico