PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

ibliográfica e na elaboração cartográfica, com checagem das características da
paisagem, formas de relevo, estruturas, solos, impactos ambientais, entre outros.
Para produzir uma cartografia de síntese que apontasse as possibilidades de uso do
solo no PEJ, conforme os graus de instabilidade morfodinâmica dos terrenos, efetuouse
a correlação das informações cartográficas já levantadas (geologia, geomorfologia,
solos, declividade, hipsometria) resultando esta correlação na carta síntese
denominada Carta da Fragilidade do Meio Físico, conforme a seqüência exposta a seguir.
A) constituição litológica foi analisada, determinando-se áreas diferenciadas de acordo
com a resistência do material litológico aos fenômenos erosivos. O material analisado
foi compilado e digitalizado a partir dos Mapas Geológicos do Estado de São Paulo de
(IPT, 1981a).
B) As informações geomorfológicas foram elaboradas em dois níveis e sintetizadas em
um só produto cartográfico. Num primeiro momento foram identificadas e analisadas
as unidades de relevo (cartografia de semi-detalhe) de acordo com a compilação de
levantamentos efetuados por IPT (1981b) e Ross e Moroz (1997) e a descrição das
formas de relevo por Ross (1992). Num segundo momento, foi elaborada uma
cartografia geomorfológica de detalhe com a identificação dos processos erosivos,
rede hidrográfica e demais características do relevo (morfologia dos topos e
vertentes) interpretados de fotografias aéreas (BASE, 2001), com metodologia
proposta por Coltrinari (1982).
C) Os resultados parciais também foram correlacionados e ajustados em áreas com
maior ou menor grau de fragilidade ambiental, de acordo com o tipo de solo
predominante, o que conferiu a eles mais uma característica quanto ao risco de
escorregamentos, deslizamentos e erosão. As informações sobre solos foram obtidas
a partir do Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 1999) e do
reconhecimento dos solos em campo a partir de estudos realizados por Watanabe
(1979), que, por meio de tradagens pontuais em algumas áreas geomorfologicamente
significativas, seis pontos analisados e descritos no capítulo de solos.
D) As informações obtidas foram então correlacionadas e complementadas com os
dados da Carta Geotécnica do Município de São Paulo (NAKAZAWA; FREITAS e
DINIZ, 1994), subsidiando as recomendações e limitações de uso no PE do Jaraguá.
E) Foi feita a correlação com as informações de hipsometria e declividade, fatores que
se apresentaram como de grande influência nas condições de estabilidade
morfodinâmica dos terrenos no PE J. A carta de declividade, com cinco classes (0 o -7 o ;
7º-15º; 15º-22º; 22º-45º; >45º), ressalta as vertentes com inclinação acima de 22 o ,
onde se concentram as maiores probabilidades de movimentos de massa, e as
encostas acima de 45 o , definidas como impróprias para uso, conforme a legislação
federal. (Lei 4771/65 e posterior atualização pela Res. Conama nº 303/02).
F) Efetuou-se o processo de correlação das informações cartográficas previamente
levantadas, resultando esta correlação na carta de síntese denominada Carta da
Fragilidade do Meio Físico, com quatro classes que indicam qualitativamente o grau de
fragilidade morfodinâmica na área do PE do Jaraguá e seu entorno imediato.
36 Metodologia