PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

O percurso é caracterizado por declividade acentuada com nível de dificuldade alto.
Os 300m iniciais são formados por calçamento de paralelepípedo, e o restante do
percurso se dá por trilha de terra com largura variada.
A sinalização é adequada, com placas de início nos dois sentidos, placas de
advertência, de sentido e direção e indicativa de espécies.
O impacto apresentado é relativo à compactação do solo, erosão e largura excessiva
em diversos pontos que atingem até 6m. Segundo Arzolla et al. (2008), para minimizar
o processo erosivo da trilha, é necessária a interceptação e direcionamento das águas
da chuva, por meio de valas de escoamento das águas superficiais. Há inscrições em
árvores, placas e rochas em todo o percurso e presença de caminhos secundários.
A Trilha do Pai Zé é cortada ainda, por postes de energia elétrica da Eletropaulo que
utiliza a trilha e atalhos como acesso de servidão para manutenção dos mesmos.
Trilha da Bica
O trajeto linear de 500 m, altitude aproximada de 800 m e baixo grau de declividade
classificam como fácil o nível de dificuldade desta trilha. A Trilha da Bica como o
próprio nome sugere, conduz o visitante até uma bica d‟água e teve seu percurso
original modificado devido à necessidade de recuperação de trechos com processos
erosivos (Arzolla, 2008). A trilha esteve fechada até recentemente para visitação, e
adaptada para atender ao Projeto Criança Ecológica com a colocação de estruturas
facilitadoras como escadas e corrimãos.
A vegetação é mesclada por espécies nativas como o palmito juçara e exóticas como a
palmeira-real-da-austrália, por exemplo. Possui significativo potencial interpretativo
em temas relacionados a recuperação de áreas degradadas, espécies ameaçadas de
extinção, água, entre outros. Devido ao fácil acesso, deve ser alvo constante de ações
de manutenção e monitoramento de impactos.
Trilha do Silêncio
A Trilha do Silêncio situa-se num trecho de floresta secundária, próximo a um fundo
de vale que abriga um córrego. Essa floresta apresenta uma estrutura com espécies
típicas desse tipo de ambiente com a predominância do palmito juçara (Euterpe edulis),
cedro-rosa (Cedrela fissilis), canjerana (Cabralea canjerana), figueira-branca (Ficus
insípida), fumão (Bathysa australis), samambaia-açu (Cyathea sp.) e helicônias (Heliconia
SP) (ARZOLLA et al. 2008). Destaque para figueira-branca localizada no final da trilha.
A Trilha do Silêncio foi adaptada para visitantes com mobilidade reduzida, deficientes
visuais e cadeirantes e tem sido utilizada como referência na inclusão social de
portadores de necessidades especiais em atividades de recreação em ambiente
natural. Com percurso de 400m e trajeto linear, apresenta baixo nível de dificuldade.
Cerca de 30% do percurso é composto por passarelas de madeira, técnica utilizada
para correção do desnível e adaptação da trilha. Todo o trajeto possui corrimão e
guia de madeira para orientação de deficientes visuais. Possui placas de início,
informativa, de advertência e indicativas de espécies além de diversas placas
interpretativas em Braille. Embora apresente leve grau de impacto é possível observar
inscrições em árvores e placas.
324 Programa de Uso Público