PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

Todos os campos estão localizados em áreas extremamente frágeis sob o ponto de
vista do meio físico e da vegetação, necessitando de estudos mais aprofundados
indicados como prioritários no Programa de Pesquisa apresentado no Capítulo 7.3.
O maciço rochoso do Jaraguá é, segundo Ross (1991), um bloco estrutural
metamórfico de quartzito, portanto rígido e de difícil desgaste erosivo. Apresenta
rochas do Embasamento Cristalino, muito resistentes, que sustentam os relevos altos
da UC. Devido ao predomínio de rochas aflorantes e altas declividades, o solo,
quando existe, é raso com alto risco de escorregamentos. Os levantamentos realizado
para o Meio Físico e Biótico são apresentados em detalhe no Capítulo 3 e 4.
Os campos apresentam geralmente paredes curtas com aproximadamente 10 m de
altura. As vias de segurança são feitas em "top rope" (quando a corda é presa em cima
da pedra antes de começar a escalada).
O Campo 1 possui três vias principais de escalada além de outras potenciais. O
acesso é fácil e se dá por um atalho no final da Trilha do Pai Zé, com percurso de 162
m. No trajeto há ainda um mirante com vista para a Rodovia dos Bandeirantes. O
Campo 2 está localizado no sopé da torre da Bandeirantes onde é necessário fazer
um rapel (técnica utilizada para efetuar uma descida vertical com auxílio de corda)
para acessar o começo da via. Neste local há uma “Torre de Pedra”. O potencial para
escalada necessita ser melhor prospectado. O Campo 3 encontra-se próximo às
margens da Estrada Turística, possui cerca de 10 vias, um diedro (formação da rocha
onde duas paredes se encontram em ângulo) e algumas fendas. O acesso às vias se dá
por uma trilha que sai da estrada até encontrar a rocha onde há alguns grampos. As
possibilidades neste campo estão bem exploradas, mas devido à facilidade de acesso
ao local por visitantes alheios à atividade é considerado de maior risco.
Figuras 66, 67 e 68. Campo de escalada do PEJ (Candido, 2010)
Entre 2005 e março de 2009 a atividade de escalada em rocha ficou proibida, devido à
ocorrência de acidentes com visitantes. Constatou-se na ocasião, que a falta de
controle sobre a atividade poderia acarretar em acidentes graves ensejando a criação
de regras que definissem procedimentos e responsabilidades, tanto para a gestão do
Parque como para os praticantes.
Nesse período, um Grupo de Trabalho composto por membros da SMA e das
instituições de escalada, discutiram e estabeleceram os procedimentos necessários
para a reabertura dos campos de escalada, que resultou na Portaria Normativa FF nº
075/2009 que “Dispõe sobre a atividade de escalada em rocha no Parque Estadual do
Jaraguá” (Anexo 12). De acordo com a Portaria:
Programa de Uso Público 321