PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

7.3. Programa de Pesquisa e Manejo do Patrimônio Natural
e Cultural
Conhecer os processos e dinâmicas ambientais faz parte da evolução do ser
humano, entretanto, o desenvolvimento acelerado dos últimos anos acarretou um
processo de degradação exorbitante, em que muitos ecossistemas estão se
extinguindo sem que sejam plenamente conhecidos pelo homem.
A região do PE do Jaraguá está situada no domínio geomorfológico da Bacia
Sedimentar e constitui-se de níveis topográficos diversos, proporcionando
diferentes feições ao terreno, onde ocorrem de modo alternado, planícies fluviais,
terraços de deposição fluvial, colinas terraceadas, colinas de feições tabulares,
patamares e rampas, além de maciços residuais, como o Pico do Jaraguá com
1.135 m de altitude.
Destacando-se na paisagem como ponto mais alto da cidade de São Paulo, o
Parque Estadual do Jaraguá, se apresenta como um dos últimos resquícios do
bioma Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo. Com relevo
particular é referencia para escolas e universidades na realização de estudos do
meio. O manejo adequado da unidade de conservação, assim como a qualidade das
informações utilizadas na interpretação ambiental depende de informações
geradas no Programa de Pesquisa e Manejo. Este programa deve também gerar
informação para tomada de decisão de gestão.
São visíveis as alterações ambientais ocorridas no Parque Estadual do Jaraguá,
podendo-se citar o assoreamento e poluição das águas dos lagos, ocasionados
pelo lançamento de efluentes nos cursos d‟água pelas comunidades do entorno do
PEJ; processos erosivos no sistema de trilhas devido a deficiência construtiva
associado ao contingente expressivo de visitação, bem como a necessidade de se
ampliar os conhecimentos obtidos neste Plano de Manejo nas temáticas de
biodiversidade, particularmente a vegetação, com as ocorrências de savana
próximo ao Pico do Jaraguá e os métodos de recuperação desta formação
florestal.
O Programa de Pesquisa e Manejo do Patrimônio Natural de Cultural deve ser
direcionado a subsidiar as decisões de manejo da unidade de conservação como
um todo, portanto, deve estar estruturado de forma a propiciar condições
adequadas à atividade de pesquisadores, e ser administrado com a perspectiva de
produção continua de parâmetros para a proteção e usos adequados (SÃO
PAULO, 2010).
7.3.1. O Instituto Florestal como Gestor da Pesquisa no SIEFLOR
No estado de São Paulo, a criação do SIEFLOR, por meio do Decreto nº 51.453,
de dezembro de 2006, estabelece, dentre outras providencias, que a gestão da
pesquisa nas unidades de conservação estaduais é de responsabilidade do Instituto
Florestal, com as seguintes atribuições:
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