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PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

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eliminação é recomendada, embora não seja prioritária dentre tantas outras ameaças<br />

no PEJ. Deve-se conduzir, preferencialmente, o anelamento da árvore em pé, para<br />

causar o menor impacto possível na cobertura natural adjacente.<br />

Com relação ao Pinus sp., espécies deste gênero têm reconheci<strong>do</strong> potencial invasor de<br />

áreas naturais, embora este impacto ainda não tenha si<strong>do</strong> constata<strong>do</strong> ao longo das<br />

trilhas percorridas. Recomenda-se a erradicação de to<strong>do</strong>s os indivíduos presentes no<br />

interior <strong>do</strong> Parque e a detecção das possíveis fontes de propágulos no entorno. O<br />

mesmo procedimento deve ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para reduzir a dispersão de gramíneas<br />

africanas, as quais também tendem a proliferar com o revolvimento <strong>do</strong> solo, que é<br />

feito regularmente para manutenção de estradas. Gramíneas e outras espécies<br />

ruderais também invadem caminhos aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s, ambientes ciliares sem cobertura<br />

florestal e, em menor escala, o interior das áreas onde há incidência de luz solar direta<br />

sobre o piso.<br />

Entre as árvores exóticas introduzidas no Parque por seu caráter ornamental, destacase<br />

a presença <strong>do</strong> cinamomo (Melia azederach), espécie originária <strong>do</strong> sudeste asiático e<br />

com histórico de invasão na África <strong>do</strong> Sul, em diversas ilhas <strong>do</strong> Pacífico, no sul <strong>do</strong>s<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e grande parte da América <strong>do</strong> Sul (Matthews & Brand 2005). A<br />

espécie é considerada coloniza<strong>do</strong>ra, pois apresenta alta regeneração em áreas abertas<br />

tais como clareiras e bordas de fragmentos (Vieira & Gan<strong>do</strong>lfi 2006), nas quais é forte<br />

competi<strong>do</strong>ra com plantas nativas. Assim, recomenda-se a sua erradicação na área,<br />

conforme recomenda<strong>do</strong> no <strong>do</strong>cumento elabora<strong>do</strong> pelo Grupo de Trabalho da SMA<br />

que trata da estratégia paulista sobre espécies exóticas invasoras (Azeve<strong>do</strong> 2009).<br />

Também merece destaque a presença da palmeira-real-da-austrália (Archontophoenix<br />

cunninghamii) e da palmeira-leque-da-China (Livistona chinensis). Estas são palmeiras<br />

exóticas invasoras e que estão na lista de espécies a serem erradicadas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de<br />

São Paulo (Azeve<strong>do</strong> 2009). No PEJ, constatou-se que a palmeira-real-da-austrália já se<br />

apresenta como invasora, ocupan<strong>do</strong> fun<strong>do</strong>s de vales no mesmo ambiente em que<br />

ocorre a espécie nativa Euterpe edulis (palmito-juçara). Assim, a erradicação da<br />

palmeira australiana no PEJ assume caráter urgente, a fim de evitar os problemas já<br />

detecta<strong>do</strong>s com essa mesma espécie no fragmento de floresta nativa presente no<br />

campus da Cidade Universitária de São Paulo (CHRISTIANINI, 2006).<br />

Ainda na categoria ornamental destaca-se a maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana),<br />

que é uma erva que ocupa as bordas de florestas, e o pau-incenso (Pittosporum<br />

undulatum), arvoreta também presente no subosque de bordas florestais. Apesar de<br />

ocuparem áreas marginais, não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> observadas no interior <strong>do</strong>s trechos mais<br />

conserva<strong>do</strong>s, ambas as espécies estão presentes entre aquelas recomendadas para<br />

erradicação no esta<strong>do</strong> de São Paulo (AZEVE<strong>DO</strong>, 2009).<br />

Já o lírio-<strong>do</strong>-brejo (Hedychium coronarium) e a taboa (Typha angustifolia) são exóticas<br />

invasoras abundantes em trechos ribeirinhos assorea<strong>do</strong>s, onde já são consideradas<br />

espécie-problema devi<strong>do</strong> à capacidade de reprodução vegetativa e facilidade de<br />

dispersão. O controle da invasão dessas espécies depende da recuperação de áreas de<br />

drenagem que foram assoreadas, como no caso das obras da ro<strong>do</strong>via Anhanguera que<br />

afetaram a drenagem existente no trecho su<strong>do</strong>este <strong>do</strong> PEJ.<br />

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Avaliação da Biodiversidade

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