13.04.2013 Views

PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4.1.3. Da<strong>do</strong>s Secundários<br />

A busca pelas pesquisas realizadas no PEJ retornou apenas um artigo publica<strong>do</strong><br />

(SOUZA et al. 2009) e nenhuma dissertação ou tese, indican<strong>do</strong> baixíssimo grau de<br />

conhecimento sobre a vegetação <strong>do</strong> Parque.<br />

Com relação à composição florística, Souza et al. (2009) registraram 261 espécies<br />

arbustivas e arbóreas nativas, pertencentes a 153 gêneros de 55 famílias. A consulta<br />

aos materiais deposita<strong>do</strong>s nos herbários cujos da<strong>do</strong>s foram disponibiliza<strong>do</strong>s no<br />

SpeciesLink, excluin<strong>do</strong>-se os já contabiliza<strong>do</strong>s no trabalho de Souza et al. (2009) e as<br />

duplicatas enviadas pelo herbário <strong>do</strong> Instituto Florestal (SPSF) a outros herbários,<br />

resultou em uma lista de 88 espécies arbustivas e arbóreas com binômio completo,<br />

distribuídas em oito coleções (IAC, SP, SPSF, IPA, MBML, HUEFS, HSJRP e UEC).<br />

Estes da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s,adicionaram 21 registros novos de espécies à lista de Souza et al.<br />

(2009), de forma que a lista final de espécies arbustivas e arbóreas <strong>do</strong> PEJ compreende<br />

282 espécies, 162 gêneros e 62 famílias (Anexo 5).<br />

As famílias mais representativas foram Fabaceae (33 espécies), Myrtaceae (29),<br />

Asteraceae (28), Melastomataceae (20), Lauraceae (17) e Rubiaceae (16). Estas famílias<br />

também são descritas como as mais ricas em espécies nos estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em<br />

fragmentos no município de São Paulo e arre<strong>do</strong>res (SOUZA et al. 2009). O eleva<strong>do</strong><br />

número de espécies de Myrtaceae e Lauraceae aproxima a flora <strong>do</strong> PEJ da composição<br />

florística usual em Floresta Ombrófila Densa. No entanto, em decorrência da sua<br />

localização em uma área de transição, a flora <strong>do</strong> PEJ é composta também por algumas<br />

espécies de ocorrência comum na Floresta Estacional Semidecidual, típica <strong>do</strong> interior<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Já o eleva<strong>do</strong> número de espécies de Asteraceae é justifica<strong>do</strong> pela<br />

ocorrência da área de Cerra<strong>do</strong> na parte alta <strong>do</strong> Parque. Nessa região, espécies das<br />

três formações ocorrem conjuntamente, sobretu<strong>do</strong> nas áreas de contato entre os<br />

limites da área aberta e da área florestal, constituin<strong>do</strong> um mosaico que dificulta a<br />

delimitação das manchas de vegetação. Uma descrição detalhada da flora e das<br />

fitofisionomias <strong>do</strong> PEJ pode ser consultada no artigo de Souza et al. (2009).<br />

Treze espécies encontram-se em alguma categoria de ameaça das listas de espécies<br />

ameaçadas de extinção. Essas espécies são as mesmas já apresentadas por Souza et al.<br />

(2009) (Anexo 7), uma vez que nenhuma das espécies registradas exclusivamente nos<br />

herbários encontra-se em alguma categoria de ameaça. Exceção é feita apenas para o<br />

caso de Handroanthus botelhensis A. H. Gentry, que teve sua identificação retificada por<br />

um especialista para Handroanthus albus (Cham.) Mattos, não estan<strong>do</strong> esta espécie sob<br />

nenhum nível de ameaça.<br />

A maior parte das espécies encontra-se na categoria “vulnerável”. Espécies são<br />

classificadas como vulneráveis quan<strong>do</strong> correm um alto risco de extinção na natureza<br />

(IUCN 2001). Destaca-se a presença de Euterpe edulis (palmiteiro), que, além de ser<br />

considerada vulnerável no esta<strong>do</strong> de São Paulo, figura nas duas listas brasileiras,<br />

considerada como “em perigo” pela lista da Biodiversitas (risco muito alto de extinção<br />

na natureza – IUCN 2001). Trata-se de uma espécie que sofre enorme pressão de<br />

corte devi<strong>do</strong> à alta demanda pelo consumo alimentar <strong>do</strong> palmito, que para ser<br />

extraí<strong>do</strong> requer o corte total <strong>do</strong> indivíduo, o que impacta fortemente sua população.<br />

Avaliação da Biodiversidade 121

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!