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PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

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4.1.1.1. Floresta Ombrófila Densa Montana<br />

A característica mais marcante da Floresta Ombrófila Densa (FOD) está na região<br />

climática de ocorrência, onde incidem altas temperaturas (médias de 25°C) e alta<br />

precipitação bem distribuída durante o ano, sem a definição de uma estação seca (0 a<br />

60 dias secos) (Veloso et al. 1991). Trata-se de uma floresta perenifólia que ocorre em<br />

toda a Província Costeira <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, com penetrações mais para o<br />

interior em direção ao Planalto Atlântico, onde se encontra com a Floresta Estacional.<br />

Assim, a escarpa <strong>do</strong> Planalto Atlântico, justamente onde se encontra a cidade de São<br />

Paulo, é uma área de ecótono entre duas formações distintas (a Floresta Estacional e a<br />

Floresta Ombrófila), o que dificulta o traça<strong>do</strong> de limites. No Parque Estadual <strong>do</strong><br />

Jaraguá, a vegetação pode ser classificada como Floresta Ombrófila Densa, mas<br />

espécies de Floresta Estacional Semidecidual também estão presentes.<br />

A subdivisão das formações (Alto-montana, Montana, Submontana, Terras baixas e<br />

Aluvial) é definida por uma combinação hierárquica de acor<strong>do</strong> com a latitude e<br />

altitude. Para a região da cidade de São Paulo e para a amplitude altitudinal <strong>do</strong> PE <strong>do</strong><br />

Jaraguá, a Floresta Ombrófila Densa deve ser classificada como Montana.<br />

4.1.1.2. Savana Arborizada (Campo-cerra<strong>do</strong>)<br />

No sistema de classificação de Veloso et al. (1991), o termo Savana foi utiliza<strong>do</strong> para<br />

essa fitofisionomia, em razão da semelhança com as Savanas africanas e asiáticas, sen<strong>do</strong><br />

o termo Cerra<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong> para ser emprega<strong>do</strong> como sinônimo regional. Segun<strong>do</strong> esse<br />

sistema, a vegetação encontrada no Parque Estadual <strong>do</strong> Jaraguá enquadra-se na<br />

classificação denominada Savana arborizada ou Campo cerra<strong>do</strong>. Embora geralmente<br />

considerada como uma vegetação de clima estacional, a Savana também pode ocorrer<br />

em climas ombrófilos (Veloso et al. 1991), como é o caso <strong>do</strong> PEJ. A sua ocorrência no<br />

Parque está associada às áreas de afloramentos rochosos, onde o estresse hídrico é<br />

mais acentua<strong>do</strong>, associa<strong>do</strong> à maior freqüência de incêndios.<br />

De acor<strong>do</strong> com a descrição detalhada das fisionomias de Cerra<strong>do</strong> apresentada por<br />

Ribeiro & Walter (1998), a vegetação <strong>do</strong> PEJ estaria incluída nas formações savânicas e<br />

receberia a denominação de cerra<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> restrito, apresentan<strong>do</strong> um mosaico de<br />

três das quatro subdivisões fisionômicas propostas: cerra<strong>do</strong> típico, cerra<strong>do</strong> ralo e<br />

cerra<strong>do</strong> rupestre. As duas primeiras se distinguem pela diferença na abundância e<br />

distribuição <strong>do</strong>s indivíduos lenhosos; já o cerra<strong>do</strong> rupestre se destaca por ocorrer<br />

solos rasos e com afloramentos rochosos, com espécies adaptadas a essas condições.<br />

O cerra<strong>do</strong> típico caracteriza-se pelo pre<strong>do</strong>mínio de árvores e arbustos, que cobrem<br />

de 20 a 50% da área e altura média de 3 a 6 m (Ribeiro & Walter 1998). Essa<br />

vegetação pode ser observada na Trilha <strong>do</strong> Pai Zé, no trecho em que atinge a divisa<br />

<strong>do</strong> Parque, em vizinhança a uma plantação de eucaliptos. Nesse trecho, observa-se que<br />

a vegetação arbórea apresenta a maior densidade quan<strong>do</strong> comparada a outras áreas de<br />

Savana no PEJ, sen<strong>do</strong> que os indivíduos atingem alturas até superiores a 6 m,<br />

possivelmente em decorrência da presença de espécies da transição com a FOD, onde<br />

podem ocorrer espécies de maior porte, típicas da FOD ou mesmo da Floresta<br />

Estacional.<br />

Avaliação da Biodiversidade 117

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