PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

dimensões dentro da área do PEJ e também é reduzida em seu entorno próximo, com
exceção de estreitas faixas contínuas nos setores sul e leste, neste localizando-se as
portarias centrais de acesso dos visitantes e o lago principal.
A classe superior a 20º de inclinação, que concentra a maior probabilidade de ocorrência
de deslizamentos ou escorregamentos das encostas íngremes (CRUZ, 1972) está
representada no PEJ pelo intervalo de classes entre 22º a 45°, consideradas altamente
impróprias para o uso do solo ou apenas o uso planejado de baixo impacto, com medidas
preventivas precisas aos escorregamentos e erosão. São estas as declividades de maior
expressão em área contínua na unidade analisada.
Os maciços de solo originados da alteração dos granitos, como é o caso da área do
Parque e seu entorno, apresentam como maiores problemas a instabilização de blocos e
matacões, com potencialidade média para escorregamentos, agravados em áreas com
declividades superiores a 60%.
A cobertura vegetal ameniza os riscos da erosão e, portanto, o grau de fragilidade
ambiental. A gradação empregada no estudo evidencia o risco potencial de cada
compartimento, caso, por exemplo, degradação por erosão ou retirada da vegetação
natural, tenham início (ROSS, 1994).
É preciso evidenciar que parte da cobertura vegetal natural das áreas mais altas no PEJ é
composta de estratos herbáceos / arbustivos pela própria limitação que as altas
declividades e os solos litólicos impõe ao desenvolvimento vegetal nestas áreas, sendo
assim, estas áreas, quando analisadas sob o aspecto do risco de fragilidade potencial pela
proteção da cobertura vegetal, alta a muito alta, pelo nível de cobertura e proteção do
solo ser muito baixo (níveis arbustivos em fase inicial e médio e estratos herbáceos). Este
é o caso de áreas envoltórios dos picos mais altos da UC.
Tabela 16. Situação B – síntese
Aspectos do Meio Físico Tipologia dos Problemas
Relevo de morros com serras restritas,
serras alongadas e montanhas, no
domínio das rochas do embasamento
cristalino;
Encostas com perfil predominantemente
retilíneo e declividades superiores a 20º;
Solos superficiais argilosos com
espessuras em torno de 1 m;
Solos de alteração siltosos e de cor
variegada com espessuras da ordem de 5
– 15 m;
Depósitos detríticos (coluviões e tálus)
apenas à jusante dos setores mais
íngremes e de maior amplitude da
encosta;
Afloramentos rochosos pouco
freqüentes..
Escorregamentos de solo com geometria
predominantemente planar;
Rastejo freqüente nas encostas;
Rastejo e escorregamentos associados a
depósitos detríticos (tálus / coluviões);
Escorregamentos planares em solo freqüentes;
Potencialidade para geração de corridas de
massa restrita a alguns anfiteatros;
Queda e rolamento de blocos em
afloramentos restritos de rochas graníticas;
Escorregamentos e desplacamentos rochosos
condicionados por estruturas planares em
afloramentos restritos de rochas xistosas,
foliadas e bandadas.
Estes processos ocorrem deflagrados por
eventos pluviométricos intensos, ou induzidos
por intervenções relativas ao uso do solo,
particularmente, na execução de
terraplanagem e mudanças na dinâmica das
águas (obras viárias, extração mineral etc).
110 Avaliação do Meio Físico