PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

) Meios Potencialmente Instáveis - Trata-se de um compartimento de declives que
variam de moderados a altos e de cobertura pedológica onde dominam os latossolos.
Quando os declives são mais moderados, há tendência de maior estabilidade da
cobertura pedológica neste tipo de solo, dada a maior coesão das partículas. Os
latossolos observados evidenciaram forte presença de textura arenosa, demandando
aprofundamento dos estudos.
c) Meios Instáveis - São setores de ampla ocorrência de argissolos associados a
cambissolos. São solos rasos e arenosos em declives acentuados, contudo, mesmo
onde os morros têm declives menos acentuados, processos erosivos significativos
(laminar e linear) estão presentes.
d) Meios Fortemente Instáveis - As planícies fluviais delimitadas cartograficamente
foram as dos principais cursos d’água ao sul e leste dos limites da UC, definidas como
áreas de acumulação mais expressivas de materiais (planícies aluviais), com riscos
intensos de erosão.. Embora sejam áreas de constante acúmulo de materiais, estes são
geralmente inconsolidados, sendo constantemente removidos, seja pelo trabalho
erosivo dos rios em vales e planícies restritas, seja pelo escoamento das chuvas nos
terrenos destes compartimentos.
Os neossolos litólicos e gleissolos com predomínio da fração areia e horizontes
superficiais rasos, tornam ainda mais preponderantes tais processos. Há também riscos
de compactação e erosão induzidos por processos naturais e antrópicos, tanto erosão
laminar, quanto e solapamento das margens e terraços. Nesses compartimentos
ocorre agradação e degradação, de maneira concorrente na mesma área.
Já nas áreas de dissecação com topos angulosos em serras alongadas, compartimento
que domina a paisagem central e algumas porções internas esparsas e também
externas ao PEJ, o potencial de instabilidade morfodinâmico dos terrenos é muito alto.
São grandes as amplitudes altimétricas locais e este atributo é o que confere elevada
fragilidade e intensos processos erosivos, associados também às altas declividades, aos
neossolos litólicos e à rocha exposta e fragmentada.
Em áreas já dissecadas no entorno da UC, a dissecação horizontal é o fator
preponderante em um relevo de altitudes em geral mais modestas e topos já
desgastados pela meteorização e erosão das rochas.
Nas serras alongadas que formam o conjunto interno do relevo do PEJ, o alto grau de
suscetibilidade ambiental é atribuído, entre vários fatores, à dissecação vertical do
relevo (intensos processos morfogenéticos), desencadeada sobretudo pela água, ou
seja, altos índices pluviométricos que garantem a entrada constante de água no
sistema, rompendo o equilíbrio dos materiais por meio da saturação e conseqüente
desprendimento do material inconsolidado, associado às altas declividades
Avaliação do Meio Físico 107