PLANO DE MANEJO DO - Secretaria do Meio Ambiente - Governo ...

A presença freqüente de cascalhos, pedras e matacões, aliadas normalmente ao relevo
dissecado das áreas de sua ocorrência fazem com que sua utilização direcione-se às
trilhas de visitação pública (desde que sejam tomados cuidados em relação à elevada
erodibilidade) e a manutenção da cobertura vegetal original.
Quanto aos afloramentos rochosos, devido às altas declividades onde ocorrem (nos
setores mais elevados do PEJ) e aos efeitos do clima, os escorregamentos e quedas de
blocos são eventualmente observados, dificultando a recuperação das áreas à jusante
destes processos erosivos que recebem o material deslocado, daí o uso recomendado
ser a manutenção da cobertura vegetal já incipiente contígua a estas áreas rochosas.
Destaca-se que são áreas aptas a atividade de escalada em rocha, considerada de
baixo impacto, onde se encontram os campos de escalada denominados Campo 1,
Campo 2 e Campo 3.
Latossolos - De um modo geral, os latossolos apresentam boa profundidade do solum
(A+B) e o horizonte diagnóstico B estruturalmente (disposição dos agregados) bem
desenvolvido, o que lhe confere maior estabilidade frente aos processos erosivos,
sendo mais comumente encontrados em terrenos com pouca declividade.
Este solo foi considerado como fator para determinação de algumas áreas de risco de
fragilidade fraca a moderada no PEJ, embora outros fatores como declividade das
áreas de ocorrência e textura destes solos também resultaram em áreas classificadas
como de risco de fragilidade alta.
Quando ocorrem sobre as rochas do Complexo Gnáissico-Migmatítico, exigem
cuidados especiais, pois são facilmente erodidos, sobretudo quando expostos ao
escoamento difuso sem a proteção vegetal, que não se reconstitui com facilidade
sobre eles, pois possuem baixa fertilidade (reduzidos teores de bases trocáveis e de
fósforo, com alta concentração de alumínio no horizonte B) e caráter álico.
São solos altamente friáveis quando úmidos e seu manejo inadequado, como no caso
do pisoteio excessivo, deixa o solo sujeito a ressecamento. Nas áreas de relevo
dissecado, há também limitação pela forte declividade e riscos de erosão.
Devido às sucessivas lavagens, este tipo de solo passa por um processo de lixiviação
de elementos como a sílica e posteriormente por um enriquecimento gradativo dos
óxidos de Fe e Al. Ao final deste processo, o solo adquire aspecto macio e poroso,
com maior macroporosidade e resistência a processos erosivos.
Os latossolos apresentam tendência a formar crostas superficiais devido à floculação
das argilas, que passam a comportar-se funcionalmente como silte e areia fina. A
fração silte desempenha papel importante no encrostamento, o que pode ser evitado
mantendo-se o terreno com cobertura vegetal. Em geral, apresentam baixa fertilidade,
muito intemperizados, com pequena disponibilidade de nutrientes para as plantas por
sua baixa a média capacidade de troca de cátions.
Os latossolos de textura média, que ocorrem nas imediações do PEJ, com teores
elevados de areia, assemelham-se às areias quartzosas, sendo muito suscetíveis à
erosão, requerendo tratos conservacionistas e manejo cuidadoso.
Avaliação do Meio Físico 101