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ESPAÇ AERO - DECEA

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DTCEA-Natal - novo radar de terminal Star 2000<br />

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - <strong>DECEA</strong><br />

<strong>AERO</strong><br />

N O T Í C I AS - Ano 5 - nº33<br />

<strong>ESPAÇ</strong>


Artigo:<br />

Inglês:<br />

a língua franca a<br />

serviço da globalização<br />

Seção:<br />

Notícias do SISCEAB<br />

Venbra V e Poraquê -<br />

o apoio do <strong>DECEA</strong> nas Operações Militares<br />

Seção:<br />

Notícias do SISCEAB<br />

GEIV e DTCEA-YS são destaques<br />

na Barretos Aviation 2008<br />

Seção:<br />

Notícias do SISCEAB<br />

Acordo Operacional de Busca e<br />

Salvamento - mais uma ação preparatória do<br />

<strong>DECEA</strong> para a auditoria da OACI em 2009<br />

Reportagem:<br />

Apoio Meteorológico do CGNA: há mais<br />

de um ano de atuando ininterruptamente<br />

4<br />

8<br />

12<br />

15<br />

20<br />

Nossa capa<br />

DTCEA-Natal - novo radar de<br />

terminal Star 2000<br />

O DTCEA Natal vem investindo em grandes<br />

obras. Uma delas é o Radar de Terminal Star<br />

2000 – com previsão de funcionamento<br />

ainda para 2008. O novo radar transmitirá<br />

seu sinal a um novo complexo operacional: APP (Controle de Aproximação) moderno, equipado com<br />

consoles X-4000, além do ILS (Sistema de Aproximação de Precisão), em fase de homologação.<br />

O efetivo do Destacamento tem orgulho da sua importância para o tráfego aéreo militar e civil<br />

da região e de ter obtido para seus órgãos operacionais, o certificado ISO 9001:2000. E, para<br />

manter essa qualificação, continua trabalhando com bom desempenho – tanto é que em junho<br />

deste ano, foram registradas 13.885 operações de pouso e decolagem.<br />

Índice<br />

6<br />

10<br />

13<br />

16<br />

23<br />

Seção:<br />

Notícias do SISCEAB<br />

Oficiais do <strong>DECEA</strong> apresentam<br />

temas atuais do SISCEAB na<br />

TranspoQuip Latin América 2008<br />

Seção:<br />

Notícias do SISCEAB<br />

FAB assina protocolo de<br />

Software Livre em Brasília<br />

Seção:<br />

Usina de Idéias<br />

Gerenciamento no Controle de Tráfego<br />

Aéreo – Planejamento em Órgão ATC<br />

Expediente<br />

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - <strong>DECEA</strong><br />

produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/<strong>DECEA</strong><br />

Diretor-Geral:<br />

Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso<br />

Assessor de Comunicação Social e Editor:<br />

Paullo Esteves - Cel Av R1<br />

Redação:<br />

Daisy Meireles (RJ 21523-JP)<br />

Telma Penteado (RJ 22794-JP)<br />

Daniel Marinho (MTB 25768-RJ)<br />

Diagramação:<br />

Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)<br />

Reportagem:<br />

<strong>DECEA</strong> comemora<br />

sétimo aniversário<br />

de olhos postos no futuro<br />

Seção:<br />

Conhecendo o DTCEA<br />

Natal – RN<br />

Fotografia & Capa::<br />

Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)<br />

Contatos:<br />

Home page: www.decea.gov.br<br />

Intraer: www.decea.intraer<br />

Email: esteves@ciscea.gov.br / aeroespaco@decea.gov.br<br />

Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro<br />

CEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJ<br />

Telefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691<br />

Editado em outubro/2008<br />

Fotolitos & Impressão: Ingrafoto


Editorial<br />

O<br />

sétimo ano do <strong>DECEA</strong> abre-se com novas perspectivas<br />

e com muitas possibilidades, decorrentes de nossos<br />

atos de planejamento. Porém, estamos certos de que<br />

algumas estão submetidas ao imponderável, ao inusitado,<br />

ao imprevisível. Fatos e acontecimentos que vão exigir - de<br />

cada um de nós - adaptação, pronta resposta, equilíbrio e<br />

criatividade.<br />

Há sete anos, o Comando da Aeronáutica transformou<br />

a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) em<br />

Departamento, integrando-o ao seu Alto Comando com a<br />

missão de controlar o espaço aéreo brasileiro. Isso aconteceu<br />

pela necessidade de dar às atividades de vigilância, defesa<br />

aérea e ordenação do fluxo do tráfego aéreo no País uma<br />

outra dimensão institucional.<br />

Nesse tempo transcorrido, o <strong>DECEA</strong> caminhou com<br />

competência e superação, motivado por um espírito<br />

empreendedor. Continuou contribuindo para a manutenção da<br />

segurança da navegação aérea e a prevenção de acidentes<br />

aeronáuticos.<br />

Passamos por lutas, mas nos revigoramos com a certeza de<br />

que a segurança da navegação é nosso principal objetivo.<br />

Passamos por ataques, mas nos fortalecemos com as conquistas<br />

do trabalho em equipe. O <strong>DECEA</strong> conta com milhares de<br />

profissionais, produtores de tecnologia, que garantem a<br />

segurança de vôo e que respondem com extrema competência<br />

e ânimo pela manutenção e operação de equipamentos de<br />

alta performance.<br />

Neste sétimo aniversário, agradecemos a todos os componentes<br />

do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro pelas<br />

soluções que são responsáveis pelo nosso sucesso.<br />

Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso<br />

Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>


INGLÊS:<br />

A LÍNGUA FRANCA A SERVIÇO<br />

DA GLOBALIZAÇÃO<br />

Em termos de<br />

relacionamento humano<br />

nada acontece sem que haja<br />

comunicação. Desde seus<br />

primórdios as civilizações<br />

têm buscado meios de fazer<br />

contato com seus mais<br />

diversos interlocutores,<br />

esforçando-se para<br />

estabelecer um código<br />

comum que lhes permitisse<br />

o alcance global de suas<br />

idéias. A globalização<br />

é, pois, em sentido lato,<br />

esse processo antigo de<br />

difusão de relações, onde a<br />

comunicação é inerente e a<br />

língua sua essência.<br />

No início, disse o Criador à sua criatura:<br />

“Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra,<br />

e sujeitai-a” (Gênesis 1:28). A criatura<br />

inteligente, do barro moldada, evoluiu de<br />

Homo habilis a Homo erectus, daí ao<br />

Homo sapiens. Seu cérebro superou suas<br />

mandíbulas e sua criatividade extrapolou<br />

as fronteiras do Éden. Seguindo então o<br />

que ditara seu Mestre, multiplicou-se e<br />

espalhou-se por cada palmo de terra firme<br />

deste planeta água. A dispersão foi tal que<br />

em cada continente começaram a surgir<br />

aglomerados urbanos. Cada um desenvolvendo,<br />

dentro de suas fronteiras, identidade<br />

própria e uma forma particular de<br />

comunicação.<br />

Com o tempo (muito tempo, aliás),<br />

aprenderam a fazer registros de sua rotina,<br />

de seu patrimônio, de seus descendentes e<br />

antepassados, vindo, por uma forma rudimentar<br />

e isolada de código escrito, de onde<br />

surgiriam protolínguas e posteriormente as<br />

diversas famílias lingüísticas, a contar sua<br />

própria estória, a nossa história.<br />

Antonio Ivan Rodrigues BARRETO - SO R1<br />

O autor é especialista em língua inglesa e lingüística. Professor e tradutor<br />

inglês/português, atua como tradutor no Serviço de Atendimento ao<br />

Consumidor (SAC) do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA)<br />

Vencer as distâncias geográficas ou ideológicas<br />

e fazer contato era a regra, e uma<br />

linguagem “universal” que lhe propiciasse<br />

compreender o alienígena e fazer-se compreendido<br />

era vital para essa interação. Então,<br />

disperso por diferentes regiões da terra,<br />

o homem se mobilizava num processo<br />

ímpar de autoconhecimento, enfrentando<br />

obstáculos geográficos e lingüísticos. Nesta<br />

marcha, desencadearia um fenômeno ao<br />

qual seus descendentes chamariam, bem<br />

mais tarde, de globalização, palavra empregada<br />

pela primeira vez em 1960, para<br />

designar a difusão mundial de relações econômicas<br />

e comerciais (Kidd, 2002).<br />

Durante muito tempo as comunidades<br />

ignoravam a existência de outros povos e,<br />

quando se encontravam, a única linguagem<br />

universalmente entendida era a estupidez<br />

da guerra, que mascarava a ignorância das<br />

letras. Muitas vezes, visando evitar conflitos,<br />

arquétipos de tradutor/intérprete como<br />

os escribas ou os turgimões, no meio de um<br />

deserto ou de supostas fronteiras, tiveram<br />

sua importância na tentativa de arbitrar interesses<br />

divergentes entre povos de línguas<br />

distintas.<br />

Passamos pelas grandes navegações, pelas<br />

conquistas e colonizações, que, embora o<br />

conceito de globalização ainda não tivesse<br />

sido cunhado, constituiriam os primeiros<br />

fenômenos globalizantes. Assim, enquanto<br />

se observava o domínio do homem sobre o<br />

homem, a civilização foi da roda ao vapor<br />

num piscar de olhos; do motor a combustão<br />

interna ao avião a jato num pulinho. As<br />

distâncias pareciam cada vez mais curtas e<br />

as sociedades cada vez menos presas a conceitos<br />

de espaço geográfico e fronteiras.<br />

A necessidade de se falar a língua do outro<br />

tornou-se mais premente. Nesta torrente,<br />

idiomas como o Grego, o Latim e<br />

o Francês, entre outros, tiveram sua vez de<br />

4<br />

língua universal. Durante o Século XIV, em<br />

busca da língua universal, experimentou-se<br />

na região do Mediterrâneo a Língua Franca<br />

para fins comerciais e diplomáticos; consistia<br />

de uma mistura da língua italiana com<br />

o Francês, o Espanhol, o Grego, o Persa, e<br />

o Árabe.<br />

Bem mais tarde, em 1887, com a mesma<br />

intenção, o polonês Dr. Ludvig Zamenhof<br />

criou o Esperanto, uma língua sem cultura,<br />

que assim como a Língua Franca do Mediterrâneo<br />

foi efêmera no seu papel de língua<br />

universal.<br />

Nos últimos dois séculos a humanidade<br />

experimentou um progresso “assustador”.<br />

Quando o mundo parecia girar em torno<br />

da Europa, mais precisamente da Inglaterra,<br />

a Revolução Industrial, outro grande<br />

fenômeno globalizante, foi pivô de uma<br />

explosão tecnológica mundial que muito<br />

contribuiria para a difusão da cultura britânica<br />

a partir do Século XVIII. A Inglaterra,<br />

enquanto fomentava o desenvolvimento<br />

nos campos da agricultura, da tecelagem e<br />

maquinaria, agregava seu idioma à ciência<br />

e à tecnologia, ao mesmo tempo em que<br />

A língua inglesa tem<br />

desempenhado um<br />

papel importantíssimo<br />

como ferramenta<br />

de unificação de<br />

ideologias e metas e<br />

de interação mundial,<br />

apesar da xenofobia<br />

de alguns países


promovia em todo mundo a transição de<br />

uma economia agrária para uma economia<br />

industrial. Por todo o planeta veículos de<br />

transporte e de comunicação evoluíam de<br />

forma surpreendente, reduzindo distâncias<br />

e favorecendo o diálogo. Neste período<br />

conhecemos o telégrafo (1844), o rádio<br />

(1874) e o telefone (1876).<br />

No período pós Segunda Guerra, o mundo,<br />

já polarizado entre capitalistas e socialistas,<br />

conhece outro domínio imperialista.<br />

Os EUA, ex-colônia britânica, se estabeleciam<br />

como grande potência econômica<br />

mundial e seguiam soberanos, mais uma<br />

vez disseminando a cultura e a língua inglesas,<br />

embarcadas em tecnologia de ponta.<br />

Conhecemos então a TV, o computador<br />

e a Internet, nascida do sistema americano<br />

ARPANET em 1969. Tempo e espaço<br />

agora se confundem e se encontram em um<br />

ponto virtual.<br />

Agora somos todos parte da mesma “aldeia<br />

global” (McLuhan) e precisaremos<br />

tratar de assuntos de interesse internacional,<br />

tais como: patrimônio da humanidade,<br />

reservas mundiais, direito internacional,<br />

direitos humanos, preservação ambiental e<br />

efeito estufa.<br />

A julgar pelos cerca de 6.900 idiomas e<br />

os milhares de dialetos falados no mundo,<br />

que língua falaremos? Atualmente, além<br />

do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País<br />

de Gales e Irlanda do Norte), que constitui<br />

a matriz da língua inglesa, todas as excolônias<br />

britânicas falam inglês, quer seja<br />

como primeira língua, quer como segunda<br />

língua.<br />

No continente Americano: EUA, Canadá,<br />

Guiana e Belize; no Caribe: Jamaica,<br />

Trindade e Tobago, Santa Lúcia, Guiana,<br />

entre outros; na África: Gana, Gâmbia, Lesoto,<br />

África do Sul, por exemplo; na Ásia:<br />

Índia e Taiwan; na Oceania: Austrália e<br />

Nova Zelândia, entre muitos outros. Ou<br />

seja, em qualquer continente em que ponhamos<br />

os pés, existem anglofalantes. Ao<br />

todo, dentre as mais de 200 nações independentes,<br />

quase um terço fala inglês como<br />

primeira ou segunda língua.<br />

Até a China, com mais de 1,3 bilhões de<br />

falantes de Mandarim, língua oficial dos<br />

chineses, rendeu-se à excelência da anglofonia.<br />

Ao ver-se em palpos de aranha para<br />

receber dezenas de outras culturas, que literalmente<br />

invadiram seu território em busca<br />

de medalhas durante as Olimpíadas de Pequim,<br />

teve que correr para aprender inglês<br />

da noite para o dia.<br />

O idioma shakespeareano, sem dúvida, a<br />

língua mais difundida no mundo, afigura-<br />

se como a solução mais viável, no que se<br />

refere à comunicação internacional, para<br />

que a panacéia da Globalização possa sair<br />

da retórica. Em exportações, alfândega, direito<br />

internacional, tecnologia da informática,<br />

indústria de games e Internet (cerca de<br />

80% das páginas da web estão disponíveis<br />

em inglês), em navegação em águas internacionais,<br />

o inglês é o idioma praticado,<br />

assim como também na aviação.<br />

Em aviação civil em geral e em comunicações<br />

aeronáuticas, embora o berço da<br />

aviação tenha sido a França, a língua inglesa<br />

também se estabeleceu, pois foi na Inglaterra<br />

e nos Estados Unidos que a aviação teve<br />

seu grande impulso. Enquanto os franceses<br />

ficavam encantados com o romantismo dos<br />

balões e dos dirigíveis, ingleses e americanos<br />

desenvolviam o “mais pesado que o ar”<br />

e faziam o sonho do nosso “Petit Santos”<br />

literalmente decolar.<br />

A OACI institui<br />

como obrigatória<br />

para pilotos e<br />

controladores de<br />

vôo, desde março de<br />

2008, a proficiência<br />

comprovada em<br />

língua inglesa<br />

A vitória dos anglófonos nas duas Grandes<br />

Guerras, com a participação efetiva da<br />

aviação, veio consolidar o uso da língua<br />

inglesa no campo da Aeronáutica. Tanto<br />

assim que quando se pensou em criar regras<br />

de vôo a língua inglesa já se encontrava<br />

impregnada em todos os seus níveis. Prova<br />

disto é que os primeiros manuais e cartas de<br />

vôo foram produzidos nos EUA, em 1934,<br />

pela empresa Jeppesen.<br />

Hoje, a Organização Internacional<br />

de Aviação Civil (OACI), instituída em<br />

1944 pela Organização das Nações Unidas<br />

(ONU) na Convenção de Chicago, e que<br />

pratica o inglês como uma de suas seis línguas<br />

oficiais de divulgação, institui como<br />

obrigatória para pilotos e controladores de<br />

vôo, a partir de março de 2008, a proficiência<br />

comprovada em língua inglesa.<br />

Ainda, fomentando a tese do inglês como<br />

língua franca, a grande maioria dos organismos<br />

internacionais adota a língua ingle-<br />

5<br />

sa como língua oficial: ONU; Organização<br />

Mundial de Saúde (OMS), Organização dos<br />

Estados Americanos (OEA), Organização<br />

Mundial do Comércio (OMC), Organização<br />

das Nações Unidas para a Educação, a<br />

Ciência e a Cultura (Unesco), Organização<br />

Internacional do Trabalho (OIT) - e são<br />

os mais conhecidos. Também empresas<br />

multinacionais como a Nokia (Finlândia),<br />

Sansung (Coréia) e Siemens (Alemanha),<br />

adotam o inglês como língua oficial.<br />

Sem querer parecer anglófilo, a língua inglesa<br />

tem desempenhado um papel importantíssimo<br />

como ferramenta de unificação<br />

de ideologias e metas e de interação mundial,<br />

apesar da xenofobia de alguns países. Porém,<br />

para que a tão almejada globalização possa ser<br />

um instrumento de justiça social e de direitos<br />

humanos (não considerando aqui seus estigmas)<br />

e não apenas de interesses políticos, é necessário<br />

que haja uma padronização das ferramentas<br />

administrativas; que haja a unificação<br />

de moedas e mercados e que caia por terra a<br />

noção tradicional de fronteiras, como sustentam<br />

Anderson (1983) e Cohen (1989).<br />

Por fim - para que tenhamos acesso amplo<br />

ao conhecimento e possamos lutar por um<br />

índice de desenvolvimento humano (IDH)<br />

parelho, independente de fronteiras físicas,<br />

políticas ou culturais, terreno em que a língua<br />

inglesa tem se revelado ferramenta prestimosa<br />

- é primordial que falemos a mesma língua.<br />

Parafraseando Frank Baum, se existe uma<br />

estrada de tijolinhos amarelos capaz de conduzir<br />

ideologias e movimentos universais à<br />

grande “magia” da globalização e capaz de nos<br />

permitir sonhar com uma grande comunidade<br />

“monolíngüe” multicultural, esta seria a<br />

língua inglesa, a Língua Franca da vez.<br />

Bibliografia:<br />

ANDERSON, Benedict. Imagined communities:<br />

reflections on the origin and spread of nationalism -<br />

rev. ed., New York: Courier Companies, 1983.<br />

CIA World Factbook. Enciclopédia dos Países. Directorate<br />

of Intelligence, CIA, 2008.<br />

COHEN, Anthony P. The symbolic construction of<br />

community. London: Routledge, 1989.<br />

KENNEDY, Paul. Preparando para o Século XXI.<br />

Rio de Janeiro: Campus, 1993.<br />

KIDD, Warren. Culture and Identity. New York:<br />

Palgrave, 2002.<br />

MAGNOLI, Demétrio. Globalização: Estado Nacional<br />

e Espaço Mundial. São Paulo: Moderna,<br />

1999.<br />

MARTINEZ, Ron. Inglês made in Brazil: Origens<br />

e Histórias das Palavras do Inglês Usadas no Nosso<br />

Português. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.<br />

ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. São Paulo:<br />

Brasiliense, 1994.


<strong>DECEA</strong> comemora sétimo<br />

aniversário de olhos<br />

postos no futuro<br />

No dia 2 de<br />

outubro, no<br />

hangar do Grupo<br />

de Inspeção<br />

em Vôo (GEIV),<br />

o <strong>DECEA</strong> comemorou<br />

o sétimo aniversário de<br />

sua criação.<br />

A data marca o instante<br />

em que o Comando da Aeronáutica<br />

deu às atividades de<br />

defesa aérea e controle do<br />

tráfego aéreo no País uma<br />

outra dimensão institucional,<br />

transformando a Diretoria de<br />

Eletrônica e Proteção ao Vôo<br />

(DEPV) em Departamento integrado<br />

ao Alto-Comando.<br />

Nesses sete anos, o <strong>DECEA</strong><br />

caminhou com competência<br />

e superação, motivado por<br />

um espírito empreendedor e<br />

continua contribuindo para a<br />

manutenção da segurança da<br />

navegação aérea e a prevenção<br />

de acidentes aeronáuticos.<br />

A cerimônia militar foi prestigiada<br />

por autoridades como<br />

o Comandante da Aeronáutica,<br />

Ten Brig Ar Juniti Saito, e<br />

o Presidente do Superior Tribunal<br />

Militar, Ten Brig Flávio<br />

de Oliveira Lencastre, bem<br />

como de chefes, comandantes,<br />

presidentes e diretores<br />

das Organizações Militares<br />

subordinadas ao <strong>DECEA</strong>.<br />

Após a entoação do Hino<br />

Nacional Brasileiro por to-<br />

dos os presentes – a cerimônia<br />

seguiu com a entrega de<br />

prêmios ao graduado, praça<br />

e servidor civil padrão do<br />

<strong>DECEA</strong>, como reconhecimento<br />

pelos seus esforços no<br />

trabalho, contribuindo para o<br />

crescente sucesso da missão<br />

conjunta do Departamento.<br />

O graduado padrão SO SAD<br />

Geraldo Ferrucio de Santana,<br />

o praça padrão CB SAD Alexandre<br />

Ferreira Garcia e o<br />

servidor público civil padrão<br />

Ícaro Gomes de Araújo foram<br />

escolhidos por refletirem legítimas<br />

personificações dos<br />

mais elevados valores éticos<br />

e morais, assim como serviram<br />

de exemplo de competência<br />

e dedicação ao SISCEAB.<br />

Em seguida, foi realizada<br />

pelo Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>,<br />

Ten Brig Ar Ramon Borges<br />

Cardoso, e pelo Vice-Diretor,<br />

Maj Brig Ar Élcio Pichi, a entrega<br />

de medalhas militares<br />

por tempo de serviço:<br />

20 anos<br />

medalha de prata:<br />

• Ten Cel Sílvia Magalhães<br />

• Maj Loureiro<br />

• 2º Ten Avelar<br />

• SO Grace Mary<br />

• SO Claudia Marques<br />

• SO Gláucio<br />

• 2S Nélio<br />

6<br />

10 anos<br />

medalha de bronze:<br />

• Cap Godinho<br />

• 1ª Ten Lislaine<br />

• 1º Ten Deoclides<br />

• 1S Pinheiro<br />

• 2S Souza Lima<br />

• 3S Júnior<br />

O Ten Brig Ramon – em sua<br />

Ordem do Dia alusiva ao aniversário<br />

– disse que uma organização<br />

como o <strong>DECEA</strong> tem<br />

que estar atenta às mudanças<br />

conjunturais, ao desenvolvimento<br />

tecnológico, a novos<br />

conceitos operacionais e às<br />

prováveis transformações<br />

que se interpuseram para fazer<br />

face aos novos desafios.<br />

“Temos que agir, nos mobilizando<br />

para buscar o cumprimento<br />

da missão sem deixar<br />

de acolher e tratar cada situação<br />

com a mesma pertinácia<br />

e profissionalismo que nos<br />

caracterizam” – proclamou o<br />

Diretor-Geral.<br />

Finalizando, o Ten Brig Ramon<br />

declarou que o <strong>DECEA</strong><br />

comemora o seu 7º aniversário<br />

inspirado pelos exemplos<br />

do passado, mas “com os pés<br />

firmemente calcados na realidade<br />

do presente e de olhos<br />

postos no futuro, aceitando<br />

com tranqüilidade o que estiver<br />

por vir, porque estamos<br />

preparados”.


1<br />

2 3<br />

4 5<br />

1 – O Comandante da Aeronáutica e o Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong> / 2 – Ten Brig Ar Ramon – buscando fazer o melhor para o gerenciar<br />

o espaço aéreo brasileiro / 3 - SO SAD Geraldo Ferrucio de Santana, CB SAD Alexandre Ferreira Garcia e o civil Ícaro Gomes de<br />

Araújo – respectivamente graduado, praça e servidor civil padrão do <strong>DECEA</strong>-2008 / 4 – Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong> faz a entrega de<br />

medalhas militares por tempo de serviço / 5 – O cumprimento do Ten Brig Saito ao Ten Brig Ramon ao final da cerimônia<br />

7


SEÇÃO:<br />

NOTÍCIAS DO SISCEAB<br />

VENBRA V e PORAQUÊ<br />

O apoio do <strong>DECEA</strong> nas Operações Militares<br />

Em agosto deste ano, o Centro de<br />

Computação da Aeronáutica do Rio<br />

de Janeiro (CCA-RJ) e o Primeiro<br />

Grupo de Comunicações e Controle<br />

(1º GCC) participaram de operações<br />

militares importantes, envolvendo a<br />

Força Aérea Brasileira (FAB): Venbra<br />

V e Poraquê.<br />

Sob forte chuva, militares chegaram<br />

- no dia 03 de agosto - em Moura<br />

(AM), às margens do Rio Negro,<br />

com o objetivo de instalar e operar<br />

um equipamento HF para transmissão<br />

de voz e dados durante a Operação<br />

Poraquê. Esta foi a primeira<br />

vez que um posto de comunicação da<br />

Força Aérea era montado na pequena<br />

cidade, que abrigou cerca de 20<br />

militares responsáveis também pelo<br />

abastecimento das aeronaves, segurança<br />

e alimentação do grupo.<br />

Apesar da infra-estrutura limitada,<br />

os militares conseguiram montar o<br />

equipamento, que foi imediatamente<br />

utilizado. O Posto de Comunicação<br />

24 (PCOM24) recebeu com sucesso<br />

uma mensagem da Célula de Operações<br />

Correntes (COC) da Força Aérea<br />

Componente (FAC 107), possibilitando<br />

uma segura e eficaz coordenação<br />

das atividades aéreas naquela<br />

região do conflito simulado<br />

Nos dias seguintes (de 04 a 12 de<br />

agosto), foi a vez da participação do<br />

CCA-RJ na Operação Poraquê - que<br />

teve como cenário um embate armado<br />

fictício entre os países Verde e<br />

Amarelo, decorrente da disputa por<br />

territórios na região. Aproximadamente<br />

3500 militares do Exército,<br />

Marinha e Aeronáutica participaram<br />

do exercício.<br />

Para esta operação, foi deslocado<br />

um shelter de TI (tecnologia da informação)<br />

contendo onze servidores<br />

que disponibilizaram diversos serviços,<br />

tais como: correio eletrônico,<br />

antivírus, página Web da Poraquê,<br />

firewall e Proxy, ferramentas de gerência<br />

de rede, servidor de arquivos<br />

e helpdesk.<br />

O 1º GCC e o CCA-RJ foram os responsáveis pela rede lógica que enviou e recebeu dados<br />

importantes com agilidade por todos envolvidos nas operações militares<br />

Na semana seguinte, de 18 a<br />

22 de agosto, a cidade de Boa<br />

Vista (RR) sediou a quinta<br />

edição da Operação de Defesa<br />

Aérea - Venbra V. A operação<br />

militar conjunta envolveu a<br />

FAB e a Aviação Militar Venezuelana<br />

(AMV).<br />

O propósito da manobra<br />

foi preparar pilotos e controladores<br />

de vôo dos países<br />

participantes, consolidando<br />

procedimentos específicos de coordenação<br />

de forma a combater o tráfego<br />

aéreo ilícito. O exercício combinado<br />

ocorrido nos estados do Amazonas e<br />

de Roraima, integrou e preparou as<br />

três forças armadas para atuarem em<br />

possíveis conflitos na região amazônica.<br />

O 1º GCC proporcionou as comunicações,<br />

terra-terra e terra-ar, necessárias<br />

ao desenvolvimento da Operação<br />

Venbra V. Os técnicos operaram<br />

um Sistema de Comunicação por satélite,<br />

que viabilizou todos os contatos<br />

entre os envolvidos na Operação,<br />

8<br />

fazendo um enlace entre as cidades<br />

de Boa Vista (RR), Manaus (AM),<br />

Brasília (DF) e Santa Elena de Uairén<br />

(Venezuela).<br />

Foi montado um Posto de Comunicação<br />

na Seção de Controle de Operações<br />

Aéreas Militares (SCOAM) da<br />

BABV, a fim de viabilizar todo esse<br />

trabalho.<br />

O CCA-RJ, através de uma equipe<br />

composta por oito militares, permaneceu<br />

em solo roraimense por 13<br />

dias, trabalhando na preparação, organização<br />

e manutenção da estrutura<br />

de Tecnologia de Informação (TI) da<br />

manobra.


Foram disponibilizados serviços<br />

vitais à operação, tais como: correio<br />

eletrônico, antivírus e firewall, controladores<br />

de domínio, servidor de<br />

operações, página web da Venbra V,<br />

entre outros.<br />

É importante ressaltar que o CCA-<br />

RJ construiu e disponibilizou uma<br />

rede independente cujo objetivo era<br />

atender especificamente a Venbra V,<br />

proporcionando aos participantes da<br />

manobra o acesso rápido e seguro a<br />

sistemas como Hércules e Intragar.<br />

Durante a operação, a equipe de<br />

TI foi dividida nas áreas de Helpdesk,<br />

Web, Segurança, Gerência e Monitoramento<br />

de Rede. O helpdesk forneceu<br />

o atendimento de primeiro nível<br />

aos usuários nos assuntos relacionados<br />

à TI e à infra-estrutura.<br />

Foram registrados 425 chamados<br />

durante os nove dias de operação.<br />

As equipes de web e segurança foram<br />

compostas por militares do CCA-RJ<br />

e CCA-BR.<br />

A equipe de web realizou a manutenção<br />

da página da operação, disponibilizando<br />

uma interface de acesso<br />

aos principais sistemas e informações<br />

de apoio aos usuários.<br />

Já a equipe de segurança trabalhou<br />

de modo a possibilitar uma comunicação<br />

segura entre as diversas redes<br />

utilizadas na operação, tais como rede<br />

interna da Poraquê, Internet, Intraer<br />

e rede dos equipamentos servidores.<br />

O <strong>DECEA</strong> - com união e<br />

proatividade - vem apoiando<br />

essas operações militares. Além<br />

do CCA-RJ e do 1º GCC e<br />

seus esquadrões subordinados,<br />

participaram dessas missões<br />

equipes do PAME-RJ, CCA-<br />

SJ, CCA-BR, CINDACTA IV,<br />

DTCEA-EG, DTCEA-MN,<br />

DTCEA-BV, DTCEA-BE,<br />

CINDACTA I, DTS e do<br />

próprio <strong>DECEA</strong>, com ações<br />

de planejamento, instalação e<br />

manutenção de meios de infraestrutura<br />

de telecomunicações,<br />

detecção, energia e tecnologia da<br />

informação necessárias. Mais uma<br />

vez, o <strong>DECEA</strong> demonstra a sua<br />

capacidade de unir esforços para<br />

prover o suporte às operações<br />

militares com profissionalismo e<br />

motivação.<br />

Workshop no<br />

Rio discute a<br />

reestruturação da<br />

navegação aérea na<br />

Bacia de Campos<br />

Os participantes demonstraram interesse em tecnologias que viabilizam o emprego de<br />

navegação GNSS<br />

O <strong>DECEA</strong>, através da Comissão<br />

de Implantação do Sistema CNS/<br />

ATM, realizou no Hotel Rio Internacional,<br />

no Rio de Janeiro, em<br />

parceria com a Federal Aviation Administration<br />

(FAA), um workshop,<br />

nos dias 27, 28 e 29 de agosto do<br />

corrente ano, para debater a reestruturação<br />

da navegação aérea na Bacia<br />

de Campos.<br />

Considerando que o foco principal<br />

do workshop foi identificar alternativas<br />

de solução para a Bacia de<br />

Campos, houve especial interesse<br />

em tecnologias que viabilizassem<br />

o emprego de navegação GNSS e<br />

vigilância baseada no ADS-B e/ou<br />

MLAT.<br />

Participaram do evento pilotos e<br />

representantes das empresas aéreas<br />

que atuam na região da Bacia de<br />

Campos, de engenheiros e técnicos<br />

9<br />

da Petrobras, e de empresas e indústrias<br />

internacionais que apresentaram<br />

sua visão sobre o tema, bem<br />

como possibilidades de implementações<br />

baseadas em experiências adquiridas<br />

de projetos similares.<br />

A FAA enviou especialistas em vigilância<br />

e navegação aérea, que proferiram<br />

palestras de grande interesse,<br />

nas quais mostraram a estratégia<br />

utilizada pelos Estados Unidos na<br />

implantação de tecnologia similar<br />

no Golfo do México, onde estão<br />

instaladas mais de 600 plataformas<br />

de petróleo.<br />

No término do evento, o <strong>DECEA</strong> e<br />

as empresas participantes se comprometeram<br />

a compor um grupo de<br />

trabalho para o desenvolvimento de<br />

uma concepção operacional para a<br />

reestruturação da navegação do espaço<br />

aéreo da Bacia de Campos.


SEÇÃO:<br />

NOTÍCIAS DO SISCEAB<br />

Oficiais do <strong>DECEA</strong> apresentam<br />

temas atuais do SISCEAB na<br />

TranspoQuip Latin América 2008<br />

TranspoQuip é um evento internacional<br />

que fornece uma visão geral<br />

completa do know-how e tecnologia<br />

do setor em todos os seus modais e<br />

reuniu vendedores e compradores de<br />

equipamentos e serviços para rodovias,<br />

ferrovias, estações, portos, vias fluviais<br />

e aeroportos. Esta feira apresenta expositores<br />

com a oportunidade única de<br />

vender para as indústrias do setor de<br />

transporte alternativas, além de se dedicar<br />

a seus clientes convencionais.<br />

A edição 2008 da TranspoQuip – que<br />

apresentou o tema “O encontro das indústrias<br />

e infra-estrutura para um transporte<br />

seguro, eficiente e confortável via<br />

terra, água e ar” - ocorreu no período<br />

de 09 a 11 de setembro.<br />

O transporte aéreo num país de<br />

dimensões continentais como o Brasil<br />

assume papel mais que relevante, estando<br />

diretamente ligado à vida social,<br />

econômica e política das pessoas e instituições.<br />

Com a justificativa apresentada acima,<br />

o <strong>DECEA</strong> enviou três palestrantes<br />

ao evento para enfocar temas da atualidade<br />

no sentido de colaborar para um<br />

melhor conhecimento das nossas atribuições<br />

e as perspectivas para o futuro,<br />

abrindo a possibilidade de um fecundo<br />

diálogo com os setores afins.<br />

“Toda e qualquer iniciativa que traga<br />

à discussão a complexidade dos sistemas<br />

de transporte e suas interações<br />

multimodais no Brasil é importante,<br />

especialmente no segmento aeronáutico<br />

onde as interações e coordenações<br />

entre a gestão operacional do tráfego<br />

aéreo, a gerência da aviação civil e suas<br />

conseqüentes autorizações de freqüências<br />

de vôos, bem como a qualidade e<br />

a oferta da infra-estrutura aeroportuária<br />

necessitam, fundamentalmente,<br />

de um permanente diálogo para bem<br />

cumprirem suas atribuições individuais<br />

e atender à demanda da sociedade<br />

como um todo” – declarou<br />

o Ten Brig Ramon sobre<br />

a sobre a participação do<br />

<strong>DECEA</strong> no programa paralelo<br />

à TranspoQuip Latin<br />

América 2008, no dia 9 de<br />

setembro.<br />

O primeiro palestrante do<br />

<strong>DECEA</strong> a se apresentar foi<br />

o coordenador de implantação<br />

da comissão CNS/<br />

ATM, Cel Av Luiz Antonio<br />

Hemerly, com o tema “O<br />

Conceito CNS/ATM – Comunicação,<br />

Navegação, Vigilância<br />

e o Gerenciamento<br />

de Tráfego Aéreo por Satélite<br />

– uma realidade brasileira”.<br />

O Cel Hemerly mostrou a<br />

posição que o Brasil ocupa<br />

na Organização de Aviação<br />

Civil Internacional (OACI)<br />

– sendo um dos 190 Estados<br />

Membros – e a visão estratégica<br />

do Conceito CNS/<br />

ATM, que é promover a<br />

implementação de um sistema<br />

interoperável e global<br />

de gerenciamento de tráfego<br />

aéreo, visando atender todos<br />

os usuários em todas as fases<br />

do vôo, atendendo os níveis<br />

de segurança operacional,<br />

sendo economicamente viável<br />

e ambientalmente sustentável.<br />

De acordo com este conceito<br />

será possível vetorar<br />

e visualizar as aeronaves ao<br />

longo de todo o vôo, cobrindo<br />

todos os pontos,<br />

independente de obstáculos e de transmissões<br />

em solo. Neste novo conceito<br />

a comunicação não será feita por voz,<br />

mas por dados.<br />

Na aérea de navegação o destaque foi<br />

10<br />

O <strong>DECEA</strong> apresentou temas atuais: CNS/ATM,<br />

CGNA e cobertura radar – respectivamente –<br />

pelos Cel Hemerly, Cel Gustavo e Ten Cel Esteves<br />

para o SBAS, que é o Sistema de Aumentação<br />

de Sinais baseado em satélite<br />

geoestacionário.<br />

Em 2009, conforme anunciou o Cel<br />

Av Hemerly, este sistema será implantado<br />

nas quatro pistas do Aeroporto


Internacional Tom Jobim (Galeão), no<br />

Rio de Janeiro, que irá abranger também<br />

o Aeroporto Santos-Dumont.<br />

Em seguida, veio a palestra do chefe<br />

do CGNA (Centro de Gerenciamento<br />

de Navegação Aérea - unidade mais<br />

nova do COMAER), Cel Av Gustavo<br />

Adolfo Camargo de Oliveira – que<br />

apresentou o tema: O CGNA – Centro<br />

de Gerenciamento da Navegação<br />

Aérea do Decea e o Sistema de Transporte<br />

Aéreo no Brasil.<br />

O CGNA tem por missão a harmonização<br />

do gerenciamento do fluxo de<br />

tráfego aéreo, do espaço aéreo e das<br />

demais atividades relacionadas com<br />

a navegação aérea, proporcionando a<br />

gestão operacional das ações correntes<br />

do SISCEAB e a efetiva supervisão de<br />

todos os serviços prestados.<br />

O primeiro ponto destacado pelo<br />

Cel Av Gustavo foi a análise dinâmica<br />

da demanda, que é feita por um software<br />

de apoio à decisão elaborado e<br />

desenvolvido pela Fundação ATECH.<br />

Durante sua explanação ele falou sobre<br />

as responsabilidades do CGNA na<br />

circulação aérea.<br />

Por fim, chegou a vez do chefe da divisão<br />

de Gerenciamento de Navegação<br />

Aérea (DGNA) do <strong>DECEA</strong>, Ten Cel<br />

Av Fábio Almeida Esteves, que apresentou<br />

o tema “Cobertura Radar no<br />

Brasil – Mitos e Realidade”.<br />

O Ten Cel Esteves mostrou as características<br />

do nosso espaço aéreo, que<br />

possui um enorme aérea de responsabilidade,<br />

grandes demandas distintas por<br />

região e uma complexa coordenação<br />

de sistema de tráfego aéreo regional.<br />

Mais adiante, o palestrante mencionou<br />

que o Brasil possui 166 radares de 19 tipos<br />

diferentes. Explicou que os radares<br />

fixos podem ser classificados como de<br />

Controle de Aproximação, Controle de<br />

Solo ou de Meteorologia e que há também<br />

radares transportáveis bi e tridimensionais.<br />

Quase no final da apresentação<br />

ele afirmou que não há os chamados<br />

“buracos negros” na cobertura radar,<br />

mostrando – através de gráficos – que<br />

em muitas áreas do nosso território há<br />

muitas zonas de cobertura duplicada,<br />

ou seja, uma mesma área coberta pelo<br />

alcance de dois radares distintos.<br />

<strong>DECEA</strong> realiza última<br />

visita de inspeção de<br />

2008 no CINDACTA IV<br />

Brig Peclat (à direita) conduz os oficiais-generais do <strong>DECEA</strong> na visita ao CINDACTA IV<br />

Finalizando as inspeções às OM subordinadas<br />

do calendário 2008, previstas<br />

na ICA 121-7, o <strong>DECEA</strong> realizou<br />

- no período de 2 a 4 de setembro – a<br />

visita ao CINDACTA IV.<br />

Presidida pelo Vice-diretor do DE-<br />

CEA, Maj Brig Picchi, a comitiva foi recebida<br />

pelo comandante do CINDAC-<br />

TA IV, Brig Ar Carlos Eurico Peclat dos<br />

Santos, que apresentou a situação administrativa,<br />

técnica e operacional da OM<br />

- permitindo à comitiva do <strong>DECEA</strong><br />

uma avaliação do desempenho daquela<br />

Unidade.<br />

O CINDACTA IV – que hoje conta<br />

com pouco mais de 1500 pessoas em<br />

seu efetivo - executa as atividades relacionadas<br />

com a vigilância e o controle da<br />

circulação aérea geral, bem como conduz<br />

as aeronaves que têm como missão a<br />

manutenção da integridade e da soberania<br />

do espaço aéreo brasileiro, nas áreas<br />

definidas como de sua responsabilidade.<br />

São 26 DTCEAs (19 com comandantes<br />

e sete com equipes comissionadas), além<br />

de 10 Unidades de Telecomunicações<br />

subordinados à OM.<br />

O comandante contou a história da<br />

Organização, desde o início com a rádio-goniométrica<br />

da Panair, em 1938,<br />

até a ativação do CINDACTA IV, em<br />

11<br />

23 de novembro de 2005 – quando o<br />

extinto Serviço Regional de Proteção ao<br />

Vôo de Manaus (SRPV-MN), ao receber<br />

os radares e demais ativos de vigilância,<br />

implantados pelo projeto Sistema<br />

de Vigilância da Amazônia (Sivam) na<br />

Amazônia ficou em condições de atuar<br />

como CINDACTA IV, logo após a<br />

entrada em operação do COpM4. Fato<br />

que consolidou um antigo sonho do<br />

SISCEAB: ter os 8,5 milhões de km 2<br />

de seu território completamente visualizado<br />

por radares fixos, transportáveis e<br />

aeroembarcados, garantindo a segurança,<br />

a fluidez e a regularidade do tráfego<br />

aéreo civil e militar.<br />

Também foram citadas pelo Brig Peclat<br />

as principais realizações das divisões<br />

(Operacional, Técnica e Administrativa,<br />

incluindo a Siat – Seção de Instrução e<br />

Atualização Técnica de Manaus) da organização<br />

e – ainda - as preocupações e a<br />

visão prospectiva.<br />

No debrifim, após as orientações da<br />

comitiva do <strong>DECEA</strong> ao CINDACTA<br />

IV, o Maj Brig Picchi agradeceu ao<br />

Brig Peclat a recepção e parabenizou<br />

ao efetivo pelo trabalho realizado e<br />

também pelo seu entrosamento com<br />

o comandante.


SEÇÃO:<br />

NOTÍCIAS DO SISCEAB<br />

GEIV e DTCEA-YS são destaques<br />

na Barretos Aviation 2008<br />

O Grupo Especial de Inspeção em Vôo<br />

(GEIV) e o Destacamento de Controle do<br />

Espaço Aéreo de Pirassununga (DTCEA-YS) representaram,<br />

com grande sucesso, o <strong>DECEA</strong> na<br />

primeira edição da Barretos Aviation 2008 –<br />

feira comercial e de entretenimento aeronáutico<br />

do interior de São Paulo.<br />

Realizada nos dias 13 e 14 de setembro, a<br />

feira movimentou a cidade, levando ao pátio<br />

do Aeroporto Estadual Chafei Amsei diversas<br />

aeronaves - civis e da FAB - equipamentos,<br />

instrumentos e stands com informações<br />

sobre a atividade aeronáutica brasileira.<br />

O <strong>DECEA</strong> expôs, através das duas organizações<br />

militares, o dia-a-dia da unidade<br />

responsável pela inspeção dos auxílios à navegação<br />

e forneceu ao Aeroporto de Barretos<br />

serviços de controle de tráfego aéreo, meteorologia<br />

aeronáutica, informações AIS, dentre<br />

outros.<br />

O GEIV surpreendeu o público ao expor<br />

o jato H800XP, uma de suas aeronaves-laboratório,<br />

que terminou por se tornar a grande<br />

sensação do evento. Filas enormes se formaram<br />

ao longo dos dois dias de feira para que<br />

o público pudesse conhecer a aeronave e os<br />

equipamentos usados em terra pela Unidade<br />

aérea do <strong>DECEA</strong>.<br />

O público também teve a oportunidade de<br />

conhecer e aprender um pouco mais a respeito<br />

das atividades de aferição dos auxílios<br />

à navegação aérea no stand do GEIV, onde<br />

uma equipe da Assessoria de Comunicação<br />

do <strong>DECEA</strong> esclarecia as funções dos auxílios<br />

- expostos um a um em cartazes explicativos -<br />

e distribuía folders informativos e exemplares<br />

da revista Aeroespaço.<br />

O DTCEA de Pirassununga, por sua vez,<br />

responsabilizou-se pelo fornecimento da<br />

infra-estrutura e da mão-de-obra necessárias<br />

para a utilização do aeroporto de Barretos,<br />

ativando Sala AIS, Controle de Aproximação,<br />

Estação Meteorológica de Superfície<br />

(EMS), além da Torre de Controle do aeroporto.<br />

Para o evento, o Destacamento<br />

disponibilizou uma equipe, comandada<br />

pelo Maj Sinicio, de 15 militares (meteorologistas,<br />

controladores, técnicos de AIS<br />

e técnicos em geral).<br />

1<br />

2<br />

3<br />

1 - H800XP do GEIV – a grande sensação do evento<br />

2 - Militares do GEIV em contato direto com o público infantil<br />

3 – O público da feira revelando o interesse por aeronaves militares<br />

12


FAB assina protocolo de<br />

software livre em Brasília<br />

Brig Villaça assina o protocolo, ratificando a participação da Aeronáutica na política governamental de incentivo ao uso de SL<br />

O maior debate do País sobre políticas<br />

públicas ligadas à tecnologia da informação<br />

e comunicação com foco principalmente em<br />

inclusão digital foi realizado em Brasília. O<br />

Congresso Internacional Sociedade e Governo<br />

Eletrônico (CONSEGI) aconteceu<br />

no período de 27 a 29 de agosto e contou<br />

com ministros, deputados federais, senadores<br />

e diversas autoridades e lideranças<br />

da área de tecnologia do governo federal<br />

em sua abertura, que foi marcada pela<br />

assinatura do protocolo Open Document<br />

Format (ODF) por dirigentes de diversos<br />

órgãos, tais como: Caixa Econômica Federal,<br />

Serpro, Banco do Brasil, Exército,<br />

Aeronáutica, dentre e outros.<br />

O Comitê de Implantação de Software<br />

Livre (CISL), do qual a Comando da<br />

Aeronáutica participa, encaminhou um<br />

documento para os órgãos de governo visando<br />

adesão ao padrão ODF.<br />

O comandante da Aeronáutica, Ten<br />

Brig Ar Juniti Saito, nomeou como representante<br />

do COMAER, o chefe do Subde-<br />

partamento de Tecnologia da Informação<br />

do Decea (SDTI - órgão central de tecnologia<br />

da informação), Brig Ar José Luiz<br />

Villaça Oliva, que assinou o protocolo,<br />

ratificando a participação da Aeronáutica<br />

na política governamental de incentivo ao<br />

uso de software livre (SL).<br />

O interesse do Comitê com a instituição<br />

do padrão ODF, que já é uma norma brasileira,<br />

é consolidar o SL no Governo; ratificar<br />

a liderança do Brasil nesse protocolo e,<br />

ainda, diminuir custos com a manutenção<br />

de softwares.<br />

A adesão ao protocolo garante a troca<br />

de documentos entre os órgãos federais no<br />

padrão ODF, excluindo a necessidade da<br />

utilização de suíte proprietária por órgãos<br />

federais que já estejam utilizando o padrão<br />

ODF.<br />

A assinatura foi uma manifestação voluntária<br />

do COMAER, que alinha a política<br />

interna de TI da FAB com as normas e diretrizes<br />

governamentais que entrarão em vigor<br />

a partir de janeiro de 2009 e auxilia o pro-<br />

13<br />

cesso de migração do COMAER que teve<br />

início em 2007. O plano de migração prevê<br />

até o final de 2008 o uso da suíte BrOffice<br />

em todas as unidades do COMAER e a<br />

migração de servidores e serviços até o<br />

final de 2010.<br />

O uso da suíte BrOffice não implicará na<br />

deleção da plataforma Microsoft Office, porém<br />

deverá ser obrigatória a instalação da<br />

mesma para convívio paralelo visando abertura<br />

de documentos no padrão ODF.<br />

Outra implicação da assinatura são os<br />

documentos disponibilizados pelos grandes<br />

comandos e unidades do COMAER<br />

na internet, ou seja, para a sociedade. Estes<br />

documentos deverão obrigatoriamente ser<br />

disponibilizados também no padrão ODF,<br />

ou seja, que não obrigue a aquisição de software<br />

proprietário pelo cidadão para acessar<br />

um conteúdo disponibilizado pelo FAB.<br />

A suíte BrOffice e o protocolo ODF estão<br />

disponibilizados para download no portal<br />

do software livre da Intraer: http://softwarelivre.intraer


SEÇÃO:<br />

NOTÍCIAS DO SISCEAB<br />

ASEGCEA realiza curso de fatores<br />

humanos para os psicólogos do SISCEAB<br />

No DTCEA-GL os psicólogos experimentaram a rotina de um órgão operacional de controle de tráfego aéreo<br />

O <strong>DECEA</strong>, através da ASEGCEA<br />

(Assessoria de Segurança do Controle<br />

do Espaço Aéreo), realizou no<br />

período de 08 a 12 de setembro, no<br />

auditório da CISCEA (Comissão de<br />

Implantação do Sistema de Controle<br />

do Espaço Aéreo), o Curso de Fatores<br />

Humanos – Aspecto Psicológico,<br />

no Controle do Espaço Aéreo (ASE<br />

002).<br />

O principal objetivo do curso é<br />

capacitar os psicólogos que atuam<br />

no SISCEAB ou que possuem uma<br />

interface com o Sistema, visando<br />

dotá-los de conhecimento específico<br />

sobre ambiente de tráfego aéreo,<br />

para que possam atuar com padronização<br />

e qualidade nas atividades de<br />

Segurança Operacional no SISCEAB<br />

e ter, assim, um papel decisivo na<br />

Prevenção de acidentes e incidentes<br />

aeronáuticos.<br />

O ASE 002 capacitou os psicólogos<br />

recém-chegados aos CINDACTA,<br />

SRPV-SP e INFR<strong>AERO</strong>, além de ter<br />

contado com a participação de psicólogos<br />

da Marinha (Base Aérea de São<br />

Pedro D’Aldeia), da EEAR, do CEMAL,<br />

do IPA, do HASP e da oficial pedagoga do<br />

ICEA.<br />

Essa diversidade de organizações foi<br />

importante, pois propiciou integração<br />

e troca de conhecimentos e realidades<br />

entre os diversos profissionais<br />

de Psicologia que atuam diretamente<br />

ou indiretamente no SISCEAB: na<br />

seleção, na formação, na capacitação,<br />

na clínica e no acompanhamento diário<br />

dos controladores de tráfego aéreo<br />

nos órgãos operacionais.<br />

As disciplinas ministradas visaram<br />

dar aos alunos noções fundamentais<br />

para que adquirissem uma compreensão<br />

inicial dos aspectos dos fatores<br />

humanos que afetam o desempenho<br />

dos controladores na operação.<br />

Desta forma, dentre outros conteúdos,<br />

puderam conhecer os aspectos<br />

fisiológicos que permeiam a atividade<br />

de controle, o perfil do controlador<br />

de tráfego aéreo, os requisitos ergonômicos<br />

para o ambiente de ATC,<br />

noções de como proceder junto à<br />

equipe de controle nos pós-acidentes<br />

14<br />

ou incidentes de tráfego aéreo e refletir<br />

sobre a ética profissional, além de<br />

terem recebido aulas sobre normas<br />

SEGCEA, SMS e noções básicas sobre<br />

os Serviços de Tráfego Aéreo.<br />

Os alunos puderam também simular<br />

uma investigação de incidente de<br />

tráfego aéreo, aspecto psicológico,<br />

tomando conhecimento da metodologia<br />

de investigação e conhecendo<br />

a documentação pertinente a esta<br />

atividade da psicologia na Segurança<br />

Operacional.<br />

Além disso, fizeram exercício de<br />

auditoria de segurança simulada<br />

no DTCEA-GL, onde puderam experimentar<br />

a rotina de um órgão<br />

operacional de controle de tráfego<br />

aéreo.<br />

A atuação dos fatores humanos<br />

aplicados à segurança operacional<br />

está cada vez mais estruturada e<br />

atenta para atender às necessidades<br />

atuais e futuras do Sistema de Controle<br />

do Espaço Aéreo Brasileiro.


Acordo Operacional de Busca<br />

e Salvamento - mais uma ação<br />

preparatória do <strong>DECEA</strong> para a<br />

auditoria da OACI em 2009<br />

O <strong>DECEA</strong>, como órgão responsável<br />

pela prestação do Serviço de Busca e<br />

Salvamento no País vem se adequando<br />

às recomendações da Organização de<br />

Aviação Civil Intenacional (OACI) em<br />

sua caminhada em prol da normatização<br />

das atividades do Sistema de Busca<br />

e Salvamento Aeronáutico.<br />

Prova disso é que - em um esforço<br />

conjunto com o Comando-Geral do Ar<br />

(COMGAR), o <strong>DECEA</strong> assinou um<br />

Acordo Operacional com o objetivo<br />

de regular a relação sistêmica existente<br />

entre os Centros de Coordenação de<br />

Salvamento (RCC) e o Centro de Operações<br />

Aéreas da Segunda Força Aérea<br />

(COA-2).<br />

O Acordo foi assinado pelo Brig do<br />

Ar José Roberto Machado (chefe do<br />

Subdepartamento de Operações) e pelo<br />

comandante da Segunda Força Aérea<br />

(FAeII), Brig do Ar Robinson Velloso<br />

Filho, no dia 23 de setembro, nas dependências<br />

do <strong>DECEA</strong>.<br />

Desde o ano de 2000, o COA-2 é o<br />

órgão da FAB designado como alocador<br />

de recursos aéreos e aeroterrestres para<br />

a execução das Operações de Busca e<br />

Salvamento. A responsabilidade pela<br />

aplicação destes recursos é dos RCC,<br />

presentes nas estruturas dos Centros<br />

Integrados de Defesa Aérea e Controle<br />

de Tráfego Aéreo (CINDACTAs), que<br />

- de forma racional e responsável - envida<br />

os esforços necessários em prol da<br />

vida humana.<br />

Segundo o chefe da Divisão de<br />

Busca e Salvamento (D-SAR), Maj<br />

Av Silvio, este acordo é mais uma<br />

ação do <strong>DECEA</strong> com o objetivo<br />

de se preparar para a auditoria da<br />

O Acordo – assinado pelo Brig Roberto (<strong>DECEA</strong>) e pelo Brig Robinson (FAe II) – confere<br />

segurança a quem trabalha diretamente na relação sistêmica RCC-COA2<br />

OACI que será realizada em 2009.<br />

“Seguindo a política adotada pelo<br />

<strong>DECEA</strong>, nós da D-SAR também estipulamos<br />

nossos compromissos a fim de<br />

que todas os nossos problemas relacionados<br />

à Auditoria sejam resolvidos de<br />

maneira satisfatória e em tempo”, comenta.<br />

O acordo em questão, datado de<br />

2000, não abrangia todas as necessidades<br />

do D-SAR. “Assim, a solução foi nos<br />

reunirmos algumas vezes para, de forma<br />

conjunta e coordenada, colocarmos no<br />

papel aquilo que vai regulamentar o que<br />

já fazemos a tantos anos na prática, ou<br />

seja, transformar a prática (cultura<br />

informal) em algo que está previsto<br />

em algum lugar (cultura formal)”,<br />

define o Maj Silvio.<br />

15<br />

O Acordo é dividido basicamente<br />

em duas partes: a primeira sobre<br />

o treinamento conjunto do pessoal<br />

envolvido, conforme previsto no<br />

Manual Internacional Aeronáutico e<br />

Marítimo de Busca e Salvamento; a<br />

segunda que regula a relação RCC-<br />

COA2 no que tange à designação de<br />

recursos de busca e salvamento.<br />

“Desta forma, o Acordo é importante<br />

não só por causa da Auditoria<br />

mas porque confere segurança a<br />

quem trabalha diretamente nesta relação<br />

RCC-COA2, bem como agiliza<br />

procedimentos de Busca e Salvamento,<br />

o que sempre é muito bem-vindo<br />

quando tratamos de salvar a vida de<br />

outras pessoas”, declara Silvio.


SEÇÃO:<br />

USINA DE IDÉIAS<br />

Gerenciamento no Controle<br />

de Tráfego Aéreo<br />

Planejamento<br />

em Órgão ATC<br />

Este projeto foi elaborado para auxiliar na resolução dos<br />

problemas existentes no planejamento e gerenciamento dos<br />

serviços de Controle de Tráfego Aéreo em Órgãos ATC.<br />

1 – GENERALIDADES<br />

O serviço realizado num órgão de Controle de Tráfego Aéreo<br />

tem, normalmente, uma elevada carga de atribuições e<br />

responsabilidades, pois é destinado à proteção de vidas humanas<br />

e de equipamentos de grande valor, e os seus erros<br />

podem gerar acidentes de trágicas conseqüências, grandes<br />

prejuízos econômicos, dor e sofrimento para nossos semelhantes.<br />

A responsabilidade imposta é tal que, o volume de tráfego<br />

nunca deve exceder a capacidade operacional do órgão ATC.<br />

Portanto, as autorizações para adentrar estes espaços aéreos<br />

deverão ser planejadas visando à manutenção de segurança,<br />

geração de economia e confiança para o Usuário.<br />

2 - OBJETIVO<br />

Determinar as separações mínimas ideais para a manutenção<br />

da seqüência de pouso, horários de decolagem e a autorização<br />

coerente de SLOT de oportunidade.<br />

3 - PLANEJAMENTO<br />

O planejamento em um órgão ATC tem como objetivo a manutenção<br />

da segurança e o fluxo acelerado e ordenado do<br />

tráfego previsto.<br />

Para se realizar o planejamento, ou seja, a preparação do<br />

trabalho seguindo roteiros e métodos preestabelecidos é necessário<br />

conhecer os parâmetros que irão determinar a sua<br />

capacidade operacional.<br />

Estes parâmetros serão determinados através de medições<br />

ou de cálculos.<br />

A seqüência para o pouso tem a sua origem na aproximação<br />

final, e se estende até o aeroporto de origem, sempre man-<br />

16<br />

Uma idéia do Eng José Antonio OUTEIRO Loshe<br />

Supervisor de Tráfego Aéreo - APP-SP<br />

tendo a separação mínima necessária, preferencialmente em<br />

tempo.<br />

Portanto, o primeiro parâmetro a ser determinado é a separação<br />

na aproximação final.<br />

4 - SEPARAÇÃO NA APROXIMAÇÃO FINAL<br />

A separação na aproximação final deve ser calculada para<br />

permitir as operações de pousos e decolagens com segurança,<br />

considerando as características dos órgãos envolvidos.<br />

A separação na aproximação final em tempo é calculada<br />

considerando a velocidade e a distância entre os pousos.<br />

t final = separação na aproximação final, em minutos.<br />

x final = separação na aproximação final, em milhas.<br />

VS média = velocidade no solo média das aeronaves na aproximação<br />

final, em kt.<br />

Obs.: a VS média é a média das velocidades médias no solo,<br />

na aproximação final, obtida através de medições.<br />

5 – CAPACIDADE DE POUSOS<br />

É o número máximo de pousos possíveis em um intervalo<br />

de tempo.<br />

C ARR = número de pousos possíveis em um período de tempo<br />

T TOTAL = tempo disponível para as aproximações<br />

t final = separações em tempo entre as aproximações


6 – CAPACIDADE OPERACIONAL<br />

Capacidade operacional é o número máximo possível de<br />

aeronaves voando simultaneamente na TMA, saindo ou com<br />

destino a um mesmo aeroporto, e deve ser observada e mantida,<br />

visando a segurança e o fluxo ordenado.<br />

Ela é diretamente proporcional a capacidade de pousos e<br />

decolagens dos aeroportos, ou seja, o fator determinante é a<br />

capacidade aeroportuária, tais como: número de pistas, tipos<br />

de operações de pousos, pistas de táxi de saídas rápidas, pátio<br />

etc.<br />

7 – CÁLCULO DA CAPACIDADE OPERACIONAL<br />

C = capacidade operacional<br />

X total = espaço destinado ao seqüenciamento, pertencente a<br />

um grupo de STAR destinado à uma mesma pista, compreendido<br />

entre o FAF e o limite da TMA<br />

X méd acft = média do espaço médio ocupado por uma aeronave<br />

necessária para se manter a seqüência para o pouso<br />

1 = aeronave estabilizada na aproximação final sobre o FAF<br />

Obs.: X total = é obtido através de medição direta dos procedimentos.<br />

X méd acft = parâmetro calculado em função das velocidades<br />

indicadas e das altitudes determinadas para cada fase do<br />

vôo.<br />

1 = é a aeronave referência para a seqüência de pouso.<br />

8 – <strong>ESPAÇ</strong>O PARA O SEQÜENCIAMENTO<br />

Os aeroportos com pistas paralelas que possuem separação<br />

entre eixos inferiores a 760m, não permitem aproximações simultâneas,<br />

dependentes ou segregadas.<br />

Portanto, as separações entre aeronaves devem ser as previstas<br />

para operações em pista única, respeitando-se os mínimos<br />

para efeito de esteira de turbulência.<br />

Logo, as STAR existentes para uma mesma pista não podem<br />

ser utilizadas como se fossem independentes, e sim<br />

como um único procedimento, portanto, as suas trajetórias<br />

deverão ser rebatidas e sobrepostas, tornando-se um único<br />

procedimento.<br />

Portanto, X total é o comprimento da trajetória da STAR,<br />

que será destinado à manutenção do seqüenciamento das aeronaves.<br />

9 – SEGMENTO<br />

As trajetórias dos procedimentos STAR (rebatidas e sobrepostas)<br />

serão dividas em segmentos.<br />

Segmento é o trecho de um procedimento com velocidade<br />

e duração preestabelecidas, e terá o seu comprimento dimensionado<br />

em função da IAS ideal e da altitude média.<br />

17<br />

10 – CÁLCULO DO SEGMENTO<br />

X seg = comprimento do segmento, em NM<br />

VS média = velocidade no solo média dentro do segmento, em<br />

KT<br />

T seg = tempo previsto para a duração do vôo no segmento<br />

Obs: a VS média é calculada em função da velocidade indicada<br />

e da altitude média do segmento.<br />

T seg: o tempo ideal é igual a 6 minutos, ou seja 0,1 hora.<br />

11 – CÁLCULO DA VS média<br />

IAS = velocidade indicada prevista para o segmento<br />

FL1 = nível inicial do segmento<br />

FL2 = nível final do segmento<br />

0,002 = correção da velocidade em função da altitude<br />

12 – <strong>ESPAÇ</strong>O OCUPADO PELAS <strong>AERO</strong>NAVES<br />

O espaço ocupado por uma aeronave é diretamente proporcional<br />

à sua velocidade, ou seja, quanto maior for a velocidade<br />

maior será o espaço destinado à seqüência.<br />

13 – CÁLCULO DO <strong>ESPAÇ</strong>O OCUPADO<br />

X acft = espaço ocupado por uma aeronave necessário para se<br />

manter a seqüência para o pouso<br />

VS média = velocidade no solo média, prevista para um segmento<br />

do procedimento de chegada.<br />

t final = separação na aproximação final, em minutos<br />

14 – CÁLCULO DAS SEPARAÇÕES MÍNIMAS<br />

A separação mínima entre as aeronaves a ser proporcionada<br />

pelos órgãos transferidores deverá considerar a capacidade<br />

operacional do órgão receptor e o número de aeronaves<br />

previstas.<br />

15 - CÁLCULO DE T<br />

T = separação mínima, em minutos, na entrada da TMA.<br />

N = número máximo de aeronaves previstas para pouso, em<br />

um período.<br />

C = capacidade operacional do APP.<br />

t final = intervalo de tempo, em minutos, entre os pousos.


16 – CORREÇÃO DA PREVISÃO DAS CHEGADAS<br />

N = número de aeronaves previstas no período.<br />

n = número de aeronaves constantes do RPL.<br />

k = percentagem de vôos FPL em relação ao movimento registrado<br />

na semana anterior.<br />

17 - CÁLCULO DE T CORRIGIDO<br />

Caso o número de aeronaves procedentes de um dos órgãos<br />

transferidores supere o número de “SLOT” a este destinado,<br />

deve-se redistribuir os horários disponíveis, visando<br />

manter a vazão necessária, porém respeitando-se as separações<br />

previstas.<br />

n = número de aeronaves previstas por fixo de transferência.<br />

T CORRIGIDO = correção do ∆t para cada setor em função do<br />

tráfego previsto.<br />

T = separação mínima, em minutos, na entrada da TMA.<br />

T PARCIAL = tempo adicional ao ∆t considerando-se o número<br />

de “Gates”.<br />

G = número de fixos de transferências (Gates)<br />

17.1 - CÁLCULO T TOTAL<br />

17.2 - CÁLCULO T PARCIAL<br />

17.3 - CÁLCULO DE X TMA<br />

X TMA = separação mínima, em NM, na entrada da TMA.<br />

VS MÁX = velocidade no solo máxima prevista das aeronaves<br />

no limite da TMA, em minutos.<br />

18 - CÁLCULO DE SLOT DE OPORTUNIDADE<br />

O número de SLOT de oportunidade que pode ser autorizado<br />

deve ser calculado de modo a não comprometer as separações<br />

mínimas previstas.<br />

18<br />

18.1 – CÁLCULO DO N POSSÍVEL<br />

N possível = número máximo de pousos possíveis durante um<br />

período<br />

T possível = tempo que permite o número máximo de pousos<br />

em um período<br />

C = capacidade operacional do APP.<br />

t final = intervalo de tempo, em minutos, entre os pousos.<br />

18.2 - CÁLCULO DO T POSSÍVEL<br />

T possível = tempo que permite o número máximo de pousos<br />

em um período<br />

T = separação mínima, em minutos, na entrada da TMA.<br />

0,4 = acréscimo máximo possível<br />

18.3 – CÁLCULO DO SLOT oportunidade<br />

SLOT oportunidade = número máximo possível sem comprometer<br />

as separações mínimas<br />

N = número máximo de aeronaves previstas para pouso, em<br />

um período.<br />

19 – CONCLUSÃO<br />

Após estes cálculos é possível realizar o PLANEJAMEN-<br />

TO, ou seja, a preparação do trabalho visando à segurança<br />

e o fluxo acelerado e ordenado do tráfego aéreo, minimizando<br />

as restrições e gerando economia e confiança para<br />

os usuários.<br />

Para facilitar os cálculos e o planejamento podemos utilizar<br />

de tabelas que relacionam separação na aproximação<br />

final com o número de aeronaves previsto e que nos fornecem<br />

a separação mínima para ingresso na terminal em<br />

tempo e em distância.<br />

Para os cálculos de separação mínima de ingresso na<br />

terminal, número máximo de pousos, número de SLOT de<br />

oportunidade possível e de horário de decolagens podemos<br />

utilizar uma planilha do Microsoft Excel.


SEPARAÇÕES MÍNIMAS EM DISTÂNCIAS<br />

PARA INGRESSO NA TERMINAL<br />

Obs.: Esta tabela permite determinar a separação mínima<br />

em distâncias para ingresso na terminal<br />

19<br />

SEPARAÇÕES MÍNIMAS EM TEMPOS<br />

PARA INGRESSO NA TERMINAL<br />

Obs.: Esta tabela permite determinar a separação mínima<br />

em tempos para ingresso na terminal<br />

Obs.: Esta planilha permite efetuar os seguintes cálculos:<br />

- número máximo de pousos possíveis por<br />

hora;<br />

- separação mínima para ingresso na terminal<br />

para o tráfego total previsto em tempo;<br />

- separação mínima para ingresso na terminal<br />

para o tráfego total previsto em distância;<br />

- separação mínima para ingresso na terminal<br />

para o tráfego previsto por órgão transferidor<br />

em tempo;<br />

- separação mínima para ingresso na terminal<br />

para o tráfego previsto por órgão transferidor<br />

em distância;<br />

- número de SLOT de oportunidade máximo<br />

para a separação planejada;<br />

- hora de decolagem em função da separação<br />

mínima prevista para ingresso na terminal.


Apoio Meteorológico do CGNA:<br />

há mais de um ano atuando<br />

ininterruptamente<br />

Tudo começou no dia 02 de julho de 2007.<br />

Após um dia conturbado, quando um forte nevoeiro tomou<br />

conta do Aeroporto de Guarulhos, provocando dezenas de cancelamentos<br />

de vôos e atrasos que transformaram o saguão do<br />

aeroporto num verdadeiro caos, a decisão foi tomada: havia a<br />

necessidade de disponibilizar a previsão de impactos na aviação<br />

de forma mais direta aos passageiros. Para isso, foi implementada<br />

a Escala de Previsor Meteorológico ao Centro de Gerenciamento<br />

de Navegação Aérea (CGNA), em caráter contínuo (H-24), com<br />

o objetivo de coletar, analisar e adequar as previsões disponibilizadas<br />

na rede às necessidades operacionais do CGNA, divulgandoas<br />

aos usuários.<br />

O CGNA já contava com uma equipe de um oficial especialista<br />

em Meteorologia (Maj Robson Ressurreição) e cinco graduados<br />

BMT (SO Marco Aurélio Silva de Souza, SO Augusto César<br />

Resende Félix, 1S Emerson Azevedo Tavares, 1S Robson Pires<br />

Cardoso e 1S Antonio Soares Nogueira Junior), os quais já realizavam<br />

o monitoramento das condições meteorológicas dos principais<br />

aeroportos, divulgando-as à Gerência Nacional (GNAC).<br />

Posteriormente, foram agregados à equipe o SO Rogério Padilha<br />

dos Reis e o 2S Guilherme Maia Ramos Rodrigues.<br />

Entretanto, havia a necessidade de convocar oficiais previsores<br />

para, assessorados pelos auxiliares, realizarem o trabalho de<br />

análise e adequação das previsões para divulgação aos usuários.<br />

Foram, então, acionados os previsores das Unidades do Rio de<br />

Janeiro: <strong>DECEA</strong> e Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo<br />

dos Afonsos e Santa Cruz (DTCEA-AF e DTCEA-SC), bem<br />

como dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle<br />

de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV) e de seus Destacamentos,<br />

além de previsores do Instituto de Controle do Espaço<br />

Aéreo (ICEA).<br />

Durante esses meses de atuação da Subseção de Meteorologia<br />

do CGNA, é unânime a opinião dos oficiais aviadores e especialistas<br />

em tráfego aéreo que cumprem a escala de Gerente Nacional<br />

no CGNA de que as informações meteorológicas passaram<br />

a ter maior confiabilidade e aplicação prática, permitindo que as<br />

empresas aéreas e os usuários possam tomar conhecimento antecipado<br />

da previsão de impraticabilidade dos principais aeroportos<br />

do País, devido a condições adversas de tempo.<br />

Os previsores, vindos dos quatro cantos do Brasil, têm trazido<br />

em suas bagagens um misto de experiência e conhecimento profissional,<br />

contribuindo para o sucesso da missão do CGNA e têm<br />

relatado que levam consigo outra carga de experiência, em virtude<br />

de realizarem um trabalho de análise a nível nacional, fato que<br />

os levam a melhorar ainda mais a qualidade de suas previsões, em<br />

suas Unidades.<br />

As informações produzidas por eles são divulgadas em boletins<br />

20<br />

A equipe de meteorologistas do CGNA: o monitoramento das<br />

condições meteorológicas dos principais aeroportos – maior<br />

confiabilidade e aplicação prática<br />

com duração aproximada de seis horas, através de briefings diários<br />

ao GNAC e representantes das empresas aéreas e, também, no<br />

portal da Intraer e no site da FAB na Internet, contendo a previsão<br />

de impactos na operacionalidade dos aeroportos.<br />

Dentre os vários trabalhos realizados pela equipe meteorológica<br />

do CGNA, vale citar o fato ocorrido no dia 15 de junho<br />

deste ano, quando um ramo de frente fria cruzou o Estado de<br />

São Paulo, formando uma linha de instabilidade que inviabilizou<br />

qualquer tentativa de progressão das aeronaves cujas rotas passassem<br />

pelo citado Estado. A formação meteorológica apresentava<br />

uma base a partir de 4.000 pés, chegando a altitude de 20.000<br />

pés. Várias aeronaves retornaram aos aeródromos de origem e outras<br />

buscaram alternativas, após a constatação de que a barreira<br />

natural seria intransponível.<br />

A ocorrência citada foi prevista pelos meteorologistas do CGNA<br />

em seu primeiro briefing diário, às 09h, quando os representantes<br />

das empresas aéreas Tam e Gol receberam a informação acerca<br />

da natural barreira que se intensificaria no período da tarde, em<br />

função do aquecimento local na cidade de São Paulo.<br />

As conseqüências negativas das condições severas de tempo foram<br />

sentidas, mais significativamente, na Área de Controle Terminal<br />

São Paulo (TMA-SP), onde houve a necessidade da aplicação<br />

de diversas medidas ATFM (Gerência de Fluxo de Tráfego<br />

Aéreo) táticas durante o turno de serviço do GNAC. A utilização<br />

das ferramentas de gerenciamento de fluxo teve como objetivo<br />

manter um fluxo de tráfego aéreo contínuo, porém reduzido,<br />

evitando a saturação das áreas terminais, mantendo assim, o balanceamento<br />

entre a demanda e a capacidade disponível.<br />

A partir das 15h15, foram suspensas as aproximações para o


aeródromo de Congonhas em função de rajadas de vento na aproximação<br />

final da pista 35, o qual permaneceu operando apenas<br />

para decolagens. A partir daquele momento, diversas aeronaves<br />

iniciaram esperas nos limites da TMA-SP, aguardando a melhoria<br />

das condições de pouso. Diante de tal situação, o GNAC, em<br />

coordenação com o chefe de Sala do Controle de Aproximação<br />

de São Paulo (APP-SP), optou por suspender as decolagens das<br />

Regiões de Informação de Vôo de Cuiabá (FIR-CW) e Brasília<br />

(FIR-BS) e da TMA-RJ, para as aeronaves com destino a TMA-<br />

SP. Essa medida ATFM foi utilizada para minimizar os efeitos da<br />

saturação, além de reduzir as esperas nos limites da referida área.<br />

A partir das 15h37, apesar da chuva forte, algumas aeronaves<br />

efetuaram aproximações para a pista 17R de Congonhas. As decolagens<br />

de Congonhas para o setor sul da TMA-SP foram suspensas,<br />

a partir das 15h57, uma vez que as aeronaves em aproximação<br />

estavam utilizando o setor de saída para evitarem as formações<br />

pesadas no setor sul da TMA-SP. Às 16h20min, houve uma degradação<br />

nas condições meteorológicas, obrigando a uma nova<br />

suspensão das decolagens da FIR-CW, da FIR-BS e da TMA-RJ,<br />

para as aeronaves com destino a TMA-SP. A partir das 17h10min,<br />

com o afastamento das formações pesadas, houve uma melhora<br />

nas condições operacionais da TMA-SP, permitindo que o fluxo<br />

de aeronaves fosse retomado para o aeródromo de São Paulo e<br />

encerrando as esperas no interior da TMA e nos seus limites. Às<br />

21h35, as restrições para a TMA-SP foram encerradas.<br />

Algumas aeronaves que tentaram romper a barreira natural<br />

amargaram prejuízos econômicos, tendo que retornar aos aeródromos<br />

de partida ou seguir para alternativas, assim como correram<br />

o relativo perigo pela aproximação e retorno diante da significativa<br />

condição meteorológica. Houve relatos de ventos fortíssimos,<br />

chuva, turbulência e granizo em vários pontos da Capital<br />

Paulista.<br />

Com o início do período do outono e inverno, intensificamse<br />

as ocorrências de nevoeiro, fenômeno causador de inúmeros<br />

impactos na aviação, em virtude de causar o fechamento de aeroportos<br />

importantes no cenário nacional, como os das cidades de<br />

Guarulhos, Curitiba e Porto Alegre.<br />

Com o objetivo de aprimorar as previsões de tal fenômeno, a<br />

Subdivisão de Climatologia Aeronáutica do ICEA tem se empenhado<br />

em disponibilizar produtos climatológicos e de modelagem<br />

numérica, o que tem sido de grande utilidade tanto para os<br />

previsores do CGNA, quanto para os demais previsores da rede.<br />

21<br />

INFORMAÇÕES SOBRE NEVOEIRO NA PÁGINA DO ICEA<br />

Cabe ressaltar que para alcançar o objetivo maior do CGNA,<br />

ou seja, o gerenciamento eficaz e dinâmico, além da contribuição<br />

dos oficiais previsores, a equipe de graduados BMT do CGNA,<br />

sob a chefia do Maj Robson, tem se empenhado em realizar suas<br />

tarefas da forma mais correta e responsável possível, angariando<br />

elogios por parte dos previsores, conforme relatado no livro de<br />

ocorrências:<br />

“Aproveito a oportunidade para registrar o notável desempenho<br />

da equipe de auxiliares desse Centro, onde tais profissionais demonstram<br />

incontinenti espírito de equipe, conhecimento profissional,<br />

dedicação e, principalmente, postura ética e militar irrepreensíveis”<br />

- Cap Esp Met Messias – DTCEA-FZ.<br />

“...tenho a grata satisfação de relatar o<br />

excelente padrão militar/operacional apresentado<br />

pelos Graduados BMT desse Centro,<br />

ressaltando a disciplina, presteza, educação,<br />

respeito, dedicação, responsabilidade e operacionalidade<br />

empregados no dia-a-dia” - Cap<br />

Esp Met Valadares – DTCEA-CF.<br />

Ciente da relevância da Meteorologia<br />

para o Gerenciamento da Navegação<br />

Aérea e da necessidade constante de<br />

aperfeiçoamento tanto humano como<br />

tecnológico, o CGNA não tem medido<br />

esforços para proporcionar ao seu efetivo<br />

e aos oficiais previsores de outras<br />

Unidades as condições de trabalho necessárias<br />

ao bom desempenho de suas<br />

funções, a atualização técnica através<br />

de cursos, bem como tem se empenhado<br />

em conseguir as ferramentas ideais<br />

para se alcançar o maior grau de confiabilidade<br />

nas previsões meteorológicas.


O cenário atual apresenta,<br />

em ritmo crescente,<br />

órgãos públicos, empresas<br />

privadas e organizações<br />

militares investindo<br />

apreciável soma de<br />

recursos na implantação<br />

de projetos de segurança,<br />

chegando, em alguns<br />

casos, a comprometerem<br />

parcela significativa dos<br />

seus orçamentos. Isso<br />

se deve, obviamente, ao<br />

aumento da criminalidade<br />

e reflexo do tráfico de<br />

drogas, cujas raízes estão<br />

na questão social e cultural<br />

da nossa gente.<br />

No âmbito do SISCEAB, contrapondo-se<br />

à escalada de roubos, furtos<br />

e vandalismos, resolveu-se ampliar a<br />

proteção dos sítios com vigilância eletrônica,<br />

sem dúvida, um dos segmentos<br />

que mais cresce no País, impulsionado<br />

pela busca da segurança orgânica, física<br />

e operacional e, evidentemente, pelo leque<br />

de opções tecnológicas disponíveis<br />

num mercado altamente inovador.<br />

Costumamos dizer que não há uma<br />

única “receita” que atenda todas as necessidades<br />

dos nossos sítios/empreendimentos,<br />

cada caso tem que ser analisado<br />

em função de múltiplos aspectos, que<br />

veremos mais adiante. Somente assim<br />

Projetos de<br />

Segurança<br />

para o<br />

SISCEAB<br />

poderemos tornar a segurança eficaz,<br />

adequada e menos onerosa, simultaneamente.<br />

No ambiente do SISCEAB, vale<br />

dizer, todo o País, o tema segurança<br />

tem sido priorizado em função de freqüentes<br />

delitos, especialmente furtos<br />

de cabeamentos, que tantos prejuízos<br />

materiais e operacionais têm acarretado<br />

ao Sistema. Ocorre, entretanto, que<br />

a capilaridade do Sistema se torna um<br />

grande desafio, uma vez que os sítios/<br />

empreendimentos, muitas vezes, por<br />

necessidades técnicas e operacionais,<br />

são implantados em locais inóspitos,<br />

isolados e desassistidos. Aí está a dificuldade<br />

em protegê-los, não obstante<br />

os conhecidos óbices logísticos.<br />

Basicamente, para definição do Projeto<br />

de Segurança, além da indispensável<br />

experiência e sensibilidade do profissional<br />

de Segurança e Defesa, outros fatores,<br />

que chamamos de “pilares básicos”,<br />

têm que ser analisados, ainda na fase de<br />

concepção. São eles:<br />

• grau de ameaça ao sítio/empreendimento<br />

(histórico do ambiente<br />

onde está inserido);<br />

• importância operacional para o<br />

SISCEAB (análise de risco - impactos<br />

por degradação parcial ou<br />

total);<br />

• valor dos bens (patrimônio /equipamentos);<br />

e<br />

• capacidade de respostas às ameaças<br />

(força de reação disponível).<br />

O resultado da análise desses “pilares<br />

básicos”, confrontado com as condições<br />

do sítio/empreendimento (assistido,<br />

isolado...) definem a configuração<br />

22<br />

Antonio Carlos FIGUEIREDO de Almeida – Cel Av R1<br />

O autor é assessor de segurança e analista de<br />

inteligência da CISCEA<br />

do Projeto de Segurança, que deverá<br />

contemplar combinações adequadas<br />

das seguintes barreiras:<br />

• física (cercas, muro, gradil, concertina,<br />

grades, portas e cadeados especiais<br />

etc.);<br />

• humana (equipe de serviço);<br />

• eletrônica (STVV - sistema de TV<br />

de vigilância; SICA - sistema de<br />

controle de acesso; SISP - sistema<br />

de segurança perimetral, central de<br />

alarme, alarmes sonoros, luzes de<br />

movimento etc.); e<br />

• psicológica (câmeras desativadas).<br />

Assim, por exemplo: a vigilância eletrônica<br />

não necessita ser potencializada<br />

em locais onde não seja possível reagir<br />

às ameaças com oportunidade e, ao<br />

contrário, deve ser incrementada onde<br />

haja supervisão e força de reação disponível.<br />

A “dosagem do remédio depende<br />

da doença e do paciente”. Sítios/empreendimentos<br />

próximos a comunidades<br />

carentes, por exemplo, geralmente<br />

precisam de maiores cuidados, mas...<br />

temos que ter sempre em mente que<br />

por melhor que seja o projeto, não há<br />

segurança inexpugnável.<br />

A Concepção do Projeto de Segurança,<br />

portanto, exige criteriosa análise de<br />

todos aspectos citados para torná-lo o<br />

mais eficiente possível, além de dissuasório.<br />

O foco dos trabalhos tem sido a prevenção,<br />

antes que danos comprometam<br />

a operacionalidade, confiança e credibilidade<br />

do Sistema, eis a grande missão.<br />

Segurança é preciso!


Conhecendo o DTCEA<br />

NATAL - RN<br />

Morro do Careca Radar Star 2000 Forte dos Reis Magos<br />

23<br />

Por Daisy Meireles<br />

Colaboração de Daniel Marinho


O histórico do DTCEA-NT<br />

Os serviços prestados pelo Destacamento de Controle do<br />

Espaço Aéreo de Natal tiveram sua origem juntamente com<br />

a atividade aérea nos céus potiguares em 1942, pela imprescindível<br />

necessidade de se garantir um ordenamento seguro<br />

e uma infra-estrutura adequada à evolução da aviação militar<br />

em apoio à Segunda Guerra Mundial.<br />

Localizado no Setor Oeste da Base Aérea de Natal (BANT),<br />

na cidade de Parnamirim-RN, o DTCEA-NT é subordinado<br />

administrativamente à BANT e técnico-operacional ao Terceiro<br />

Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego<br />

Aéreo (Cindacta III).<br />

O Destacamento completou 30 anos de atividades no dia<br />

20 de abril deste ano e o seu efetivo se orgulha de ter registrado,<br />

no último mês de junho, a expressiva marca de 13.885<br />

operações de pouso e decolagem controladas pela torre de<br />

aproximação Natal.<br />

Devido à importância do tráfego aéreo militar e civil na região,<br />

o DTCEA-NT está investindo em grandes obras, como o<br />

radar de terminal Star 2000, com previsão de funcionamento<br />

ainda para este ano e que transmitirá seu sinal a um novo<br />

complexo operacional, um Controle de Aproximação moderno,<br />

equipado com consoles X-4000, além do ILS (Sistema de<br />

Aproximação de Precisão), em fase de homologação.<br />

O DTCEA-NT tem seus órgãos operacionais certificados<br />

segundo a norma ISO 9001:2000. A manutenção dessa qualificação<br />

traz resultados extremamente positivos e atesta o<br />

trabalho desempenhado pelos militares da Unidade.<br />

O efetivo<br />

O Destacamento que conta com 137 militares e oito civis,<br />

exerce, com eficiência e eficácia, o controle de tráfego aéreo<br />

na terminal Natal, que envolve a Circulação Aérea Geral<br />

(CAG) e a Circulação Operacional Militar (COM). Faz, também,<br />

a vigilância e o rastreamento do espaço aéreo sob sua<br />

responsabilidade e realiza a manutenção dos diversos sistemas<br />

em operação.<br />

O efetivo se reúne em volta da churrasqueira ou na quadra<br />

de futebol – localizados ao lado do prédio administrativo do<br />

Destacamento - para confraternizar ou comemorar.<br />

A BANT promove diversos eventos – o que também congrega<br />

o efetivo com os militares das outras OM e seus familiares<br />

– como portões abertos, festa de Natal e outras.<br />

A integração das famílias também se dá no clube dos SO/<br />

SGT – Albatroz – que realiza diversas festas. A Asfan (Ação<br />

O DTCEA-NT conta com 137 militares e oito civis para cumprir<br />

sua missão<br />

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Social da Família Aeronáutica de Natal) também desenvolve<br />

projetos sociais de atendimento às famílias menos favorecidas.<br />

Distribuição de cestas básicas, brechós, cursos e palestras<br />

realizados congrega as famílias dos militares.<br />

Conjunto da vila habitacional<br />

A vila habitacional<br />

Os militares da BANT são atendidos por três vilas militares,<br />

localizadas em Parnamirim, a cargo da Prefeitura de Aeronáutica<br />

de Natal: CHAS (Conjunto Habitacional Augusto<br />

Severo) – 118 imóveis (localizado a 3km do Destacamento);<br />

CHBG (Conjunto Habitacional Bartolomeu de Gusmão) – 70<br />

imóveis (a 2,5 km do DTCEA-NT); CHSD (Conjunto Habitacional<br />

Santos Dumont) – 101 imóveis (distante 1km do Destacamento).<br />

Atualmente, 20 militares do DTCEA-NT (dois oficiais, 17<br />

graduados e um cabo) ocupam casas nas vilas. Os demais<br />

continuam na fila de espera por PNR.<br />

Na BANT os militares e civis da Aeronáutica contam com<br />

o hotel de trânsito (que apóia os SO/SGTS) e o cassino para<br />

os oficiais.<br />

Educação<br />

A escola pública Santos-Dumont, localizada na BANT,<br />

atende a 800 estudantes do ensino fundamental e 700 do ensino<br />

médio. Há muita concorrência, principalmente porque<br />

as vagas são assim distribuídas: 50% para filhos de militares<br />

e civis da Aeronáutica e 50% para a comunidade.<br />

Fora da BANT, Parnamirim e Natal têm bons colégios de<br />

ensino médio e fundamental. Em Natal, as melhores opções<br />

são: Objetivo, Salesiano, Marista e outros, além do CEFET.<br />

Para estudantes de nível superior, as Universidades Federal<br />

e Estadual do Rio Grande do Norte e muitas particulares<br />

oferecem ensino de excelência e com cursos variados.<br />

As assistências médica e odontológica<br />

O Esquadrão de Saúde atende, além dos militares do<br />

DTCEA-NT, todo o efetivo da BANT, das unidades sediadas<br />

e do Centro de Lançamento Barreira do Inferno, e<br />

também os inativos, pensionistas e seus dependentes em<br />

28 especialidades básicas, inclusive odontologia. Algumas<br />

têm deficiência de pessoal, como otorrino, psiquiatria e<br />

cardiologia, mas deverá ser suprida até o final do ano.<br />

O Esquadrão tem mais de 8.500 prontuários ativos<br />

e, para reforçar o atendimento, está sendo construído<br />

um novo prédio, ao lado do aeroporto, com


Construção do novo prédio do Esquadrão de Saúde<br />

previsão de entrega para janeiro de 2009.<br />

Vale ressaltar que a BANT possui o maior efetivo de<br />

pensionistas e aposentados, cerca de 3.700.<br />

O efetivo do DTCEA-NT conta também com o Plano<br />

Unimed Plaza (opcional), que tem bom atendimento<br />

em Natal e Parnamirim.<br />

O comandante<br />

Natural de São Paulo, o Maj Av<br />

Ricardo Ferreira Botelho tem 37<br />

anos, é casado com Ticiana e é pai<br />

de Mariana – de um ano.<br />

Ingressou na AFA em 1990. No<br />

período de 1994-1995 fez o curso de<br />

piloto de caça – em Natal, no antigo<br />

Catre. Após o curso foi transferido<br />

para Santa Maria (RS), onde tra-<br />

Maj Av Ricardo<br />

balhou por sete anos (1995-2002)<br />

no 3º/10º GAv, exercendo várias<br />

funções. Nesta fase participou da implantação da aeronave<br />

A-1, da qual é instrutor. Ainda em Santa Maria, trabalhou<br />

no 4º/1º GCC, por três anos<br />

(2003-2005), quando fez o curso de<br />

chefe controlador e exerceu, dentre<br />

outras funções, a de chefe da Seção de<br />

Operações do Esquadrão.<br />

De volta a Natal (2006-2007), foi<br />

instrutor no 2º/5º GAv, onde também<br />

exerceu as funções de chefe das<br />

seções de pessoal e material.<br />

O Maj Botelho possui a qualificação<br />

operacional de Líder de Esquadrão<br />

de Caça e mais de 1700 horas<br />

de vôo na respectiva aviação.<br />

Em dezembro de 2007, assumiu<br />

o comando do DTCEA-NT e, após<br />

quatro anos de efetivo trabalho no<br />

Sisceab, segue sua carreira militar<br />

enfrentando desafios como o término<br />

da modernização do APP-NT,<br />

bem como a preparação para a Operação<br />

Cruzex IV, a ser realizada em<br />

Natal em novembro.<br />

Parque das Dunas – visto da Via Costeira<br />

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A cidade do sol<br />

Natal é sinônimo de beleza e qualidade de vida. Morar na<br />

capital do estado do Rio Grande do Norte, a “cidade do sol” -<br />

como é chamada devido aos seus eternos dias de céu azul - é<br />

hoje sonho de consumo de muitos brasileiros. Fácil explicar:<br />

reúne a tranqüilidade de um município ainda pouco povoado<br />

para os padrões das metrópoles brasileiras, com uma boa<br />

infra-estrutura urbana, bons índices de desenvolvimento humano<br />

e vida social agitada de uma cidade que é hoje a meca<br />

do turismo nordestino.<br />

Com uma população de 774 mil habitantes, situa-se no litoral<br />

do estado, às margens do Rio Potengi, numa área de 171<br />

Km². Vizinha de Parnamirim (onde está localizado o DTCEA-<br />

NT e o Aeroporto Internacional Augusto Severo), Natal recebe<br />

quase dois milhões de turistas anualmente.<br />

Possui 420km de litoral com belíssimas praias, dunas, lagoas,<br />

salinas e coqueirais, bem como o interior, com suas paisagens<br />

únicas de sertão, serras e sítios arqueológicos.<br />

O clima é tropical úmido e temperatura média anual de<br />

28ºC. Sua localização na “esquina” do continente é extremamente<br />

privilegiada para a renovação do ar, característica que<br />

a faz receber ventos constantes, o que torna o ar mais puro<br />

e renovável. Para se ter uma idéia dessa peculiaridade potiguar,<br />

um estudo feito pela Nasa concedeu a Natal o título de<br />

cidade do ar mais puro das Américas.<br />

A cidade é movida por uma economia pequena, mas moderna<br />

e dinâmica. Possui uma das menores desigualdades<br />

sociais, dentre as capitais, e apresenta um IDH (Índice de<br />

Desenvolvimento Humano) educacional de 0,887 - considerado<br />

elevado.<br />

Ainda não sofre de problemas de trânsito, dada a sua baixa<br />

frota de automóveis, estimada em 130 mil, para sua vasta<br />

extensão.<br />

Um dado relevante a se destacar são os baixíssimos índices<br />

de violência. Segundo um estudo realizado pelo Instituto<br />

de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em todo<br />

País, Natal é considerada - hoje - a capital mais segura<br />

para se morar no Brasil.


<strong>DECEA</strong> moderniza Torre<br />

do Aeroporto Tom Jobim<br />

Após oito meses de reformas, o Aeroporto Internacional<br />

do Rio de Janeiro (Galeão - Antônio Carlos<br />

Jobim) já pode dispor do que há de mais moderno no<br />

mundo em termos de equipamentos e softwares para<br />

torres de controle de tráfego aéreo. Com a entrada em<br />

operação dos novos sistemas fornecidos pela empresa<br />

norueguesa ACAMS Airport Tower Solutions - com o<br />

suporte da EBCO Systems - a torre do aeroporto automatizou<br />

por completo seus procedimentos operacionais,<br />

integrando-os em sistemas mais ágeis, eficazes e<br />

seguros.<br />

Os estudos para a modernização da torre começaram<br />

em setembro de 2007, quando a Comissão de<br />

Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo<br />

(CISCEA) deu início a implementação da reforma<br />

com o apoio das empresas contratadas. A revitalização,<br />

orçada em cerca de dois milhões de Euros na ocasião<br />

da contratação, trará mais agilidade ao trabalho dos<br />

controladores de tráfego aéreo ao diminuir o número<br />

de tarefas e seus tempos de execução, proporcionando<br />

mais velocidade para as autorizações de movimentos<br />

de aviões no pátio de pousos e decolagens.<br />

O elemento chave desse upgrade foi a integração<br />

de diversos componentes, antes separados e analógicos,<br />

em uma plataforma comum, acessível a todos os<br />

profissionais do controle: o CWP (Controller Working<br />

Positions). Os CWP, interface homem-máquina, são<br />

equipamentos que processam e disponibilizam as informações<br />

trabalhadas pelo setor. Com ele, algumas<br />

funções antes realizadas por equipamentos analógicos<br />

dispersos em diversas máquinas e localidades, passam<br />

a ser executadas integralmente com um toque na tela<br />

do computador.<br />

Outras modificações dizem respeito à comodidade<br />

da própria sala de controle. A reforma das instalações<br />

físicas melhorou substancialmente o ambiente de trabalho<br />

dos profissionais. Somadas às funcionalidades<br />

operacionais e à integração digital dos procedimentos,<br />

essas melhorias propiciarão, enfim, um dos objetivos<br />

mais almejados pelo SISCEAB: a redução do<br />

stress no trabalho cotidiano dos controladores.<br />

Mais velocidade, eficácia e, sobretudo, segurança.<br />

Do alto dos 56 metros de altura da imponente<br />

torre do Galeão, os profissionais e controladores<br />

que diariamente respondem por tamanha responsabilidade,<br />

comemoram. Mas quem ganha é toda<br />

a sociedade brasileira.<br />

Velocidade, segurança e eficácia: algumas funções, antes realizadas por<br />

equipamentos analógicos, passam a ser executas integralmente com<br />

apenas um toque na tela - melhorando o ambiente de trabalho dos<br />

controladores<br />

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Literalmente Falando<br />

Literalmente Falando<br />

Tela em quase branco<br />

Alexandre FREITAS - S2 SSG<br />

Gabinete / <strong>DECEA</strong><br />

Do planador vejo uma tela<br />

Verde, verde e verde como é ela<br />

Vasta de pureza e riqueza<br />

Linda cujo nome é natureza.<br />

O cheiro exalado é incomparável<br />

A fauna e a flora, admirável<br />

Os rios se transformam em corredeiras<br />

Que formam as mais belas cachoeiras.<br />

O som que por ela é recitada<br />

Em risco está sendo colocada<br />

Por seres que não amam seu país<br />

Que tiram sua vida, sua “raiz”.<br />

Expirando e inspirando o próprio ar<br />

O pulmão já não consegue respirar<br />

O sol que a ilumina e a conduz<br />

É a força, é a vida, é a luz.<br />

Lançamento do livro DESCONEXOS<br />

de Fabiana Borgia<br />

Dia 04 de dezembro, às 19h - Livraria<br />

Prefácio - Rua Voluntários da Pátria, 39<br />

Botafogo - Rio de Janeiro, RJ<br />

http://fabianaborgia.blogspot.com<br />

Duas faces<br />

Amar sem amor<br />

É doer mais que a dor<br />

É sentir o não sentir<br />

É chorar e não sorrir.<br />

É caminhar no perdido<br />

Não achar o escondido<br />

É viver sem viver<br />

É sofrer o sofrer.<br />

É o escuro no clarão<br />

É o frio da paixão<br />

É o olhar sem direção.<br />

E respirando novos ares<br />

Paro, sento, crio versos, escrevo frases<br />

E um poema de amor com um coração<br />

e duas faces.<br />

27<br />

A asa e a pena<br />

TARCÍSIO Fonseca - 1S BMT<br />

DTCEA Belém<br />

O amor são asas<br />

Esperança tem penas<br />

E eu tenho pena<br />

De quem não tem asas<br />

Paixão é um vôo<br />

De asas e penas<br />

Cai em parafuso<br />

Mas vale a pena<br />

Solidão é pouso<br />

Forçado sem pena(s)<br />

As asas se foram<br />

Eu digo: que pena!<br />

Um pouco de dor<br />

Na ave pequena<br />

Das asas do amor<br />

Restaram-me as penas.

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