13.04.2013 Views

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vidas e ilustrações de Santas penitentes desnudas, no deserto e em peregrinação,<br />

Epílogo<br />

no Flos Sanctorum de 1513<br />

(18.) [O abade <strong>do</strong> mosteiro feito pelo duque da Borgonha<br />

manda buscar as relíquias de Madalena a Aix. Um monge<br />

encontra-as no meio das ruínas e leva-as para o mosteiro]<br />

& aconteçeo que <strong>do</strong>m giral<strong>do</strong> duque de bregonia nõ poden<strong>do</strong><br />

auer filho de sua molher daua 104 quãto tinha aos proues. & fazia<br />

muytas ygrejas & fez huũ moesteiro. E ho abade de aquelle<br />

moesteiro mã<strong>do</strong>u a huũ seu mõje que fosse aa cidade de aquis<br />

[= Aix-en-Provence]: & que trouxesse das reliquias de scã maria<br />

magdanela. & vijn<strong>do</strong> este monje a aquella cidade achoua destruyda<br />

<strong>do</strong>s mouros: & achou por vẽtura huũ sepulcro em que jazia o<br />

corpo da magdanela segũ<strong>do</strong> que mostraua o sepulcro que era<br />

de marmore. E tinha ha sua estorea entalhada marauilhosamẽte<br />

nelle: & fezeo de noyte quebrar & tomou de hy as reliquias &<br />

leuouas 105 . E essa noyte apareçeo a magdanela ao mõje dizẽ<strong>do</strong>lhe<br />

que nõ ouuesse me<strong>do</strong>: mas que acabase o que começara. &<br />

quan<strong>do</strong> tornou a seu moesteiro ãte d’ mea legoa nõ podia de hy<br />

mouer as reliquias ẽ nenhũa maneira atee que veo o abade com<br />

os mõjes a reçeber as requias [sic] cõ grãde hõrra & procissam.<br />

(19.) [Um cavaleiro devoto de santa Maria Madalena<br />

ressuscita para se confessar]<br />

Outrosi huũ caualleiro que cada anno soya vijr ao sepulcro de<br />

sctã maria magdanela: & matarõno ẽ hũa batalha: & seus parẽtes<br />

faziã por elle grãde <strong>do</strong>o & diziã assi. Sãta maria magdanela<br />

como lexaste morrer o teu deuoto sem penitẽçia & sem cõfissom. E<br />

marauilhan<strong>do</strong>se to<strong>do</strong>s leuãtouse o corpo subpitamẽte & chamou<br />

huũ sacer<strong>do</strong>te: & confessouse & comũgou & finouse logo.»<br />

1.2.2. As ilustrações:<br />

Praticamente toda esta legenda está pintada a fresco por Giotto di Bon<strong>do</strong>ne<br />

na capela da Madalena, na Basílica inferior de S. Francisco, em Assis 106 : 1. A ceia<br />

em casa <strong>do</strong> fariseu, 2. A ressucitação de Lázaro, 3. Noli me tangere, 4. Viagem a<br />

Marselha e milagre da família <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r, 5. A Madalena eremita na gruta<br />

chamada Santa Bauma, 6. Madalena elevada to<strong>do</strong>s os dias da Santa Bauma<br />

104 «dana», no texto – gralha clara <strong>do</strong> tipógrafo.<br />

105 «a su ostal» [ou «ostial»], acrescentam os textos castelhanos, Ls.Bur.1499 e Ls.Sev.1520-21 (ed.<br />

CABASÉS, 2007, 344 a), respectivamente.<br />

106 <br />

133

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!