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Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

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Vidas e ilustrações de Santas penitentes desnudas, no deserto e em peregrinação,<br />

no Flos Sanctorum de 1513<br />

92 foyse pera o hermo: 93 & em este logar nẽ auia solaz de aguas nẽ<br />

de heruas: nẽ de aruores. 94 E ally esteue trinta annos. 95 & nosso<br />

snõr a fartaua cada dia de seus mãjares celestiaes. & cada dia a<br />

alçauã os anjos da terra sete vezes: & ouuia cõ suas orelhas cãtares<br />

gloriosos <strong>do</strong>s anjos no çeeo: & despois punhãna em seu logar. &<br />

nõ tinha cuyda<strong>do</strong> de comer outros manjares terreaes.»<br />

(15.) [Um sacer<strong>do</strong>te, que fez a cela ali perto, viu como<br />

Madalena era levada ao céu e devolvida à terra]<br />

«E huũ saçer<strong>do</strong>te desejan<strong>do</strong> de fazer vida apartada: fez hũa çella<br />

açerca de aquelle logar a <strong>do</strong>ze esta<strong>do</strong>s [=estádios, medida de<br />

comprimento]. E huũ dia abrio 96 nosso [f. 104 c] senhor [Dios] 97<br />

os olhos deste sacer<strong>do</strong>te & vio magnifestamente [sic] 98 os anjos<br />

descender em aquelle logar onde moraua scã maria magdanela &<br />

a alçauã no aar: & a cabo da ora traziãna a seu logar cõ cantares<br />

muy <strong>do</strong>çes. 99 E queren<strong>do</strong> este sacer<strong>do</strong>te saber a verdade desta<br />

visom tã grãde: encomen<strong>do</strong>use a d’s & foyse a esse logar cõ grãde<br />

atreuimẽto: & chegouse a ella quãto seria huũ lançou[sic] de<br />

pedra. & começarõlhe de tremer as pernas & to<strong>do</strong> o corpo cõ<br />

o grande me<strong>do</strong>. & nõ podia chegar a aquelle logar porque lho<br />

defendia a fraqueza da alma & <strong>do</strong> corpo. & elle 100 entendeo que<br />

aquelle sacramẽto era celestial: que homẽ <strong>do</strong> mũ<strong>do</strong> nõ podia la<br />

chegar:<br />

(16.) [Madalena revela ao sacer<strong>do</strong>te quem é ela e pede que<br />

anuncie a S. Maximino que em breve será levada ao seu<br />

oratório]<br />

92 Não se fala de penitência. Mas sabemos como to<strong>do</strong> este episódio é decalca<strong>do</strong> da legenda de Sta. Maria<br />

Egipcíaca – Lilia SEBASTIANI, Tra/Sfigurazione. Il personaggio evangelico di Maria di Magdala e il mito<br />

della peccatrice redenta nella tradizione occidentale, Brescia, Queriniana, © 1992 (ISBN 88-399-0958-3),<br />

249.<br />

93 A Madalena vai para o ermo não para fazer penitência, mas para contemplar.<br />

94 Era, pois, um lugar deserto.<br />

95 Não se fala no texto que estivesse nua. A nudez deve ser contaminação com a história de Sta. Maria<br />

Egipcíaca e sinal de esta<strong>do</strong> paradisíaco, como se pode inferir da estampa de Koberger (fig. 14).<br />

96 «obrio», no texto – gralha clara <strong>do</strong> tipógrafo.<br />

97 acrescento só no texto de Loyola, Ls.Sev.1520-21 (ed. CABASÉS, 2007, 343 a).<br />

98 tanto aqui como na Ls.Sev.1520-21 (ed. CABASÉS, 2007, p. 343 a), contrariamente à Ls.Bur.1499, que<br />

tem «manifiestamẽte».<br />

99 Ver ilustração deste episódio, v.g., na estampa de Alberto Dureiro (http://bibliotecadigitalhispanica.bne.es/<br />

view/action/singleViewer.<strong>do</strong>?dvs=1262115034949~773&locale=pt_PT&DELIVERY_RULE_ID=10&fram<br />

eId=1&usePid1=true&usePid2=true).<br />

100 Existência <strong>do</strong> pronome só na Ls.Bur.1499 e aqui, não figuran<strong>do</strong> na Ls.Sev.1520-21 (ed. CABASÉS, 2007,<br />

343 a).<br />

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