13.04.2013 Views

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vidas e ilustrações de Santas penitentes desnudas, no deserto e em peregrinação,<br />

no Flos Sanctorum de 1513<br />

(6.) [O príncipe e a mulher, atemoriza<strong>do</strong>s falam com<br />

Madalena, a cujo Deus pedem um filho. Madalena obtémno]<br />

«& acordarõ ambos com grãde me<strong>do</strong> tremẽ<strong>do</strong>. & disselhe a molher.<br />

Senhor que faremos? Disselhe elle. Milhor he que façamos o que ella<br />

manda: que nõ cayamos na yra de d’s que ella preega. & porende<br />

reçebiã os proues: & reçeberõ a elles em sua casa & 77 dauãlhes<br />

o que auiã mester. E hũa vez disse este prinçipe a sctã maria<br />

magdanela. Tu cuidas de defender esto que preegas? & ella disse.<br />

Posso o defender [f. 103 d] assy como cousa prouada & affamada.<br />

& 78 por os milagres de cada dia: & polla pregaçam de meu mestre sam<br />

pedro que esta em roma. & disse o prinçipe. Nos queremos 79 fazer<br />

ho que tu mãdares: se tu nos ganhares <strong>do</strong> teu d’s que ajamos filho. E<br />

disse magdanela. esso rogarey a d’s. & logo rogou a d’s por elles. &<br />

de hy a poucos dias conçebeo a <strong>do</strong>na.»<br />

(7.) [O príncipe quer encontrar Pedro em Roma e a sua<br />

mulher, embora grávida, consegue que a leve consigo]<br />

«E o mari<strong>do</strong> queria hyr a roma a sam Pedro por prouar se era<br />

verdade ho que preegaua sancta maria magdanela de jhesu christo.<br />

& quã<strong>do</strong> esto ouuio a molher disse a seu mari<strong>do</strong>. Senhor tu cuydas<br />

de hyr sem my. d’s nunca o queyra que eu contigo quero hyr. & se tu<br />

folgares [=descansares] eu folgarey. & disse elle. Molher senhora esto<br />

no pode seer que tu estas prenhe: & no mar ha muytos perigos & tu<br />

ligeiramente [=facilmente] poderas pereçer. & por esto ficaras em tua<br />

casa & teeras cuyda<strong>do</strong> de nossos beens. E ella [muy afincadamente 80 ]<br />

chorã<strong>do</strong> lançouse a seus pees. & acabou ho que quis com seu<br />

mari<strong>do</strong>.»<br />

(8.) [Madalena faz-lhes o sinal da cruz sobre o ombro. A nave<br />

sofre uma tempestade, a mulher dá à luz e morre, ninguém<br />

pode amamentar o menino e os marinheiros querem lançar<br />

o cadáver ao mar]<br />

77 Também na Ls.Sevilla.1520-21: «en su casa recibieron, e» (ed. CABASÉS, 2007, 340 b). Em Ls.Burgos.1499<br />

não se fala que recebessem os pobres em sua casa.<br />

78 Também na Ls.Sevilla.1520-21: «e afamada, e» (ed. CABASÉS, 2007, 340 a). Expressão que falta em<br />

Ls.Burgos.1499.<br />

79 Também na Ls.Sevilla.1520-21: «queremos» (ed. CABASÉS, 2007, 340 a). Verbo que falta em Ls.Bur.1499.<br />

80 Expressão adverbial só existente nos textos catelhanos, Ls.Bur.1499 e Ls.Sev.1520-21 (ed. CABASÉS,<br />

2007, 340 b).<br />

127

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!