VIDA DE SÃO GERALDO MAJELLA

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CAPÍTULO XXV Glorificação após a morte 393 A alta consideração que se tinha de Geraldo em vida e a confiança em sua intercessão junto de Deus, não cessaram após a sua morte. Todos estavam convencidos de que no pobre irmão leigo, cujos restos mortais jaziam na sacristia de Caposele, tinham um novo santo, intercessor e amigo junto do trono de Deus. Na Congregação redentorista um só era o pensamento de todos: possuíam um santo confrade no céu a quem podiam invocar com toda a confiança. Santo Afonso precedeu a todos com o seu exemplo; considerava-o como um segundo Paschoal Baylon; tão grande era a estima que dele tinha, e a convicção da sua santidade que quis pegar da pena para deixar aos pósteros recordação perene do santo; infelizmente não pôde realizar o seu intento devido aos múltiplos trabalhos, enfermidades e urgentes ocupações. Entre as cartas de Santo Afonso possuímos uma que comunica a um religioso o despacho de algumas relíquias de Geraldo. Mesmo em seu leito de morte Santo Afonso testemunhou veneração ao servo de Deus; quando lhe apresentavam a sua efígie, pegou-a com a expressão de profunda confiança, apertou-a contra o peito e recomendou-se à intercessão do santo. Não lhe foi estranho o pensamento de

394 se introduzir o processo para a beatificação, e só não o fez por causa das diversas dificuldades que o preocupavam então. Os filhos espirituais imitaram o pai, interessandose vivamente pela honra e glória do santo. Geraldo sempre lhes fora um modelo consumado de virtude e como tal, proposto por modelo mormente aos jovens confrades. Estampas do servo de Deus eram distribuídas com profusão nas missões, e o povo era concitado a invocá-lo. Quarenta anos após a sua morte, o quarto onde Geraldo morreu foi transformado em capela consagrada a Santo Estanislau, tendo a lápide à entrada os seguintes dizeres: CUBICULUM QUOD EXIMIA INNOCENTIA AC PIETATE VIR, FRATER GERARDUS MAJELLA, MURANUS, CONGREGATIONIS SANCTISSIMI REDEMPTORIS, PRAESENTIA QUONDAM USUQUE COHONESTANS, SANCTORUM TANDEM MORTE DECORAVIT; ADOLESCENTULORUM INNOCENTISSIMO, ANGELICARUM PULCHRITUDINE ET ODORE VIRTUTUM PULCHERRIMI INSTAR FLORIS INTER COELITES NITENTI, BEATO STANISLAO KOSTKA, IN SACELLI FORMAM REDACTUM, PATRES EJUSDEM CONGREGATIONIS DOMUM HANC INCOLENTES, TERTIO IDUS JULII A. D. MDCCXCVI. Em português: Este quarto que o Irmão Geraldo Majella de Muro, membro da Congregação do Santíssimo Redentor, modelo de inocência e piedade, honrou com sua

CAPÍTULO XXV<br />

Glorificação após a morte<br />

393<br />

A alta consideração que se tinha de Geraldo em<br />

vida e a confiança em sua intercessão junto de Deus,<br />

não cessaram após a sua morte. Todos estavam convencidos<br />

de que no pobre irmão leigo, cujos restos<br />

mortais jaziam na sacristia de Caposele, tinham um<br />

novo santo, intercessor e amigo junto do trono de<br />

Deus.<br />

Na Congregação redentorista um só era o pensamento<br />

de todos: possuíam um santo confrade no<br />

céu a quem podiam invocar com toda a confiança.<br />

Santo Afonso precedeu a todos com o seu exemplo;<br />

considerava-o como um segundo Paschoal<br />

Baylon; tão grande era a estima que dele tinha, e a<br />

convicção da sua santidade que quis pegar da pena<br />

para deixar aos pósteros recordação perene do santo;<br />

infelizmente não pôde realizar o seu intento devido<br />

aos múltiplos trabalhos, enfermidades e urgentes<br />

ocupações. Entre as cartas de Santo Afonso possuímos<br />

uma que comunica a um religioso o despacho<br />

de algumas relíquias de Geraldo. Mesmo em seu leito<br />

de morte Santo Afonso testemunhou veneração ao<br />

servo de Deus; quando lhe apresentavam a sua efígie,<br />

pegou-a com a expressão de profunda confiança,<br />

apertou-a contra o peito e recomendou-se à intercessão<br />

do santo. Não lhe foi estranho o pensamento de

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