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Revestimentos tipo Travertino e Massa Raspada - Max Junginger

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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo<br />

Departamento de Engenharia de Construção Civil<br />

Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil e Urbana<br />

PCC 5816 – Tecnologia de Produção de <strong>Revestimentos</strong><br />

<strong>Revestimentos</strong> <strong>tipo</strong><br />

<strong>Travertino</strong> e <strong>Massa</strong> <strong>Raspada</strong><br />

Christian Botelho Borges<br />

<strong>Max</strong> <strong>Junginger</strong><br />

São Paulo, 18 de dezembro de 2000.


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3<br />

2 CARACTERIZAÇÃO ......................................................................................................................4<br />

2.1 MATERIAIS DE BASE CIMENTÍCIA................................................................................................................................................. 4<br />

2.2 MATERIAIS DE BASE POLIMÉRICA................................................................................................................................................ 8<br />

3 APLICAÇÃO....................................................................................................................................9<br />

3.1 EXIGÊNCIAS .................................................................................................................................................................................... 9<br />

3.2 REVESTIMENTOS TIPO TRAVERTINO.......................................................................................................................................... 10<br />

3.2.1 <strong>Revestimentos</strong> de base cimentícia..................................................................................................................................10<br />

3.2.2 <strong>Revestimentos</strong> de base acrílica.......................................................................................................................................13<br />

3.3 REVESTIMENTO TIPO MASSA RASPADA..................................................................................................................................... 14<br />

3.3.1 <strong>Revestimentos</strong> de base cimentícia..................................................................................................................................14<br />

3.3.2 <strong>Revestimentos</strong> de base acrílica.......................................................................................................................................15<br />

4 MANUTENÇÃO E LIMPEZA ..................................................................................................... 16<br />

5 ANÁLISE DE MERCADO........................................................................................................... 16<br />

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................... 18<br />

7 BIBLIOGRAFIA E CONTATOS................................................................................................ 19<br />

2


1 INTRODUÇÃO<br />

A busca dos arquitetos por novos materiais que valorizem as fachadas de suas obras tem tra-<br />

zido de volta alguns acabamentos já usados há muitos anos e pressionado os fornecedores de mate-<br />

rial a criar novos <strong>tipo</strong>s. Na cidade de São Paulo existem obras com acabamento do <strong>tipo</strong> travertino ou<br />

massa raspada com quase 100 anos. Durabilidade, portanto, não é o maior problema. A dificuldade<br />

maior está em manter o revestimento livre de sujeira, principalmente em ambientes agressivos e polu-<br />

ídos como é o caso da cidade de São Paulo.<br />

Outra preocupação de alguns fabricantes é a espessura da camada (consumo de material por<br />

metro quadrado), a facilidade de aplicação etc. Isso os levou ao desenvolvimento de revestimentos<br />

texturizados de base acrílica, que imitam o travertino e a massa raspada, mas que proporcionam me-<br />

nor consumo, maior velocidade de execução e, principalmente, que não são artesanais, isto é, não<br />

dependem tanto da habilidade do operador.<br />

Este trabalho tem por objetivo expor os diversos produtos, tanto de base cimentícia quanto de<br />

base acrílica, comparando sua técnica de execução, algumas características do material, custos, du-<br />

rabilidade, fornecimento (de material ou do produto aplicado), durabilidade etc.<br />

Para tanto, os autores entraram em contato com diversas empresas e visitaram três obras, to-<br />

das relacionadas no item 7. Praticamente toda a informação contida neste trabalho provém dos catá-<br />

logos técnicos das empresas, de entrevistas com os engenheiros e aplicadores e da observação da<br />

execução. A bibliografia científica sobre o assunto é, infelizmente, bastante escassa.<br />

3


2 CARACTERIZAÇÃO<br />

Os autores deste trabalho propõem a seguinte definição de revestimento, tendo por base a de-<br />

finição de revestimentos de argamassa dada por SABBATINI et al (1998).<br />

por objetivo:<br />

Revestimento é a camada ou o conjunto de camadas aplicadas sobre a vedação e que têm<br />

1. proteger os elementos de vedação contra a ação direta dos agentes agressivos;<br />

2. auxiliar as vedações no isolamento térmico, acústico, na resistência ao fogo e na estan-<br />

queidade ao ar e à água, de forma que o conjunto vedação-revestimento tenha desempe-<br />

nho adequado sob todos esses aspectos;<br />

3. contribuir para a estética da fachada e valorização do imóvel.<br />

Fica implícito, no item 2, que o revestimento não precisa responder sozinho por todo o de-<br />

sempenho. SABBATINI e BARROS, em notas de aula, descrevem genericamente as camadas dos<br />

revestimentos de argamassa da seguinte forma:<br />

1. Preparação do substrato (em geral, chapisco): serve como ponte de aderência. Não há<br />

consenso sobre esta camada pertencer ou não ao revestimento.<br />

2. Complementares: servem para melhorar alguns desempenhos específicos do revestimen-<br />

to. É o caso da impermeabilização, barreira de vapor, isolação termo-acústica etc.<br />

3. Regularização e absorção de deformações (papel em geral desempenhado pelo emboço)<br />

4. Fixação (argamassa colante para cerâmica, cola para placas melamínicas ou vinílicas<br />

etc.). Essa camada pode não existir, dependendo do acabamento.<br />

5. Acabamento de superfície (cerâmica, pintura etc.)<br />

O travertino e a massa raspada, tanto quanto seus congêneres poliméricos, são camadas de<br />

acabamento aplicadas sobre emboço, formando assim um revestimento de duas camadas. A Ibratin<br />

afirma que seus produtos podem ser aplicados diretamente sobre a alvenaria, necessitando apenas<br />

de uma camada de preparação. Nesse caso, o projetista precisa estar ciente de que o revestimento<br />

pouco contribuirá para o desempenho do conjunto e que a aparência final revelará a planicidade da<br />

base, como o contorno de blocos e juntas. A pequena espessura do revestimento também pode pro-<br />

vocar um fenômeno chamado de termoforese 1 . Os fabricantes não forneceram dados de ensaios de<br />

desempenho.<br />

2.1 Materiais de base cimentícia<br />

O travertino é uma argamassa de cimento, cal e carga mineral (calcário) e alguns aditivos (O<br />

Guia Weber, 2000), pigmentada pelas mais variadas tonalidades e cores. Ela recebe esse nome por<br />

4


tentar imitar o mármore travertino, de origem italiana. Assim, tem-se um acabamento nobre por um<br />

custo bem inferior ao original.<br />

A massa raspada, também composta de cimento, cal e carga mineral, da mesma forma se<br />

apresenta como uma opção de acabamento, com a diferença de que sua composição granulométrica<br />

é mais grossa. Segundo o engenheiro Fabio Nappi, da Italit, o principal aglomerante da massa raspa-<br />

da é a cal. Como todos os corpos-de-prova se apresentaram bastante fracos e quebradiços após os<br />

três dias de cura na câmara úmida, supomos que nem a massa raspada nem o travertino têm um teor<br />

de cimento muito alto. Foi preciso deixar um dia na câmara seca para que fosse possível desmoldar<br />

os CPs. Mesmo assim, dois dos quatro CPs de retração do travertino da Italit quebraram na desmol-<br />

dagem. Durante a apresentação do seminário, o engenheiro Alexandre, da Durex, informou que o<br />

traço do travertino e da massa raspada é de 1:1,5:1,5 (cimento, cal, agregado), contrapondo nossa<br />

suposição. Dirimindo as dúvidas, os professores informaram que os polímeros adicionados à arga-<br />

massa envolvem os grãos de cimento e dificultam a cura em câmara úmida. Ademais, a alta relação<br />

água/cimento pode explicar a baixa resistência mecânica final.<br />

Figura 1: Aspecto do <strong>Travertino</strong> e da <strong>Massa</strong> <strong>Raspada</strong><br />

Ao longo dos ensaios, percebeu-se que os materiais análogos da Italit (travertino e itaplast;<br />

massa raspada e maxcril) possuem aproximadamente a mesma curva granulométrica. De um fabri-<br />

cante para o outro, no entanto, as curvas podem variar bastante, como se pode notar na Figura 3.<br />

1 Fenômeno em que a diferença de temperatura numa mesma região do revestimento provoca atração diferencial<br />

de materiais particulados, como a poeira. A termoforese é um dos responsáveis pelo aparecimento do “fa ntome”<br />

(fantasmas, fotografias, radiografia dos blocos).<br />

5


Além disso, pode-se notar claramente que a composição granulométrica do travertino tem material<br />

mais fino do que a massa raspada.<br />

Porcentagem passante acumulada (%)<br />

Figura 2: Aspecto da Itaplast<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Por se tratarem de pigmentos de ori-<br />

gem mineral (óxidos de ferro, cobalto etc.), os<br />

fabricantes enfrentam dificuldades na manu-<br />

tenção da cor de uma partida para outra. Al-<br />

guns não garantem a mesma tonalidade do<br />

material nesses casos. Embora seja pequena,<br />

essa diferença é perceptível em grandes fa-<br />

chadas e os panos devem ser concluídos<br />

sempre com a mesma argamassa.<br />

0,01 0,1 1 10<br />

Abertura das peneiras (mm)<br />

<strong>Travertino</strong> Itaplast <strong>Massa</strong> raspada <strong>Max</strong>cril Durex - travertino Durex - massa<br />

Figura 3: Curva granulométrica das argamassas<br />

A Pivato emprega pigmento fornecido pela Minoscolor; a Italit, pela Bayer alemã (pigmento<br />

importado, por causa da maior confiabilidade no controle de uniformidade); a Durex também pela Ba-<br />

6


yer, mas o engenheiro Alexandre não soube informar se era importado ou nacional. É importante di-<br />

zer que os pigmentos podem ser orgânicos ou inorgânicos. Os primeiros são sensíveis aos raios ul-<br />

tra-violeta e por isso têm durabilidade bastante pequena (desbotam após poucos anos). Os segundos<br />

são altamente estáveis. No mercado brasileiro, costuma-se usar apenas o pigmento orgânico para os<br />

diversos tons de azul e verde, porque os pigmentos inorgânicos empregam óxidos mais de 40 vezes<br />

mais caros que o de ferro. No entanto, em geral nem se consulta o proprietário para saber se ele pre-<br />

fere pagar mais caro para ter maior durabilidade.<br />

Tanto o travertino como a massa raspada possuem diversas cores disponíveis e algumas em-<br />

presas produzem de acordo com a solicitação do comprador. Também é possível a adição de coran-<br />

tes disponíveis no comércio, com a ressalva de que eles não garantem homogeneidade ao longo da<br />

vida útil do material, podendo provocar manchas nos panos de fachada.<br />

A larga e crescente busca por esse <strong>tipo</strong> de material tem feito com que os fabricantes aumen-<br />

tem a disponibilidade de cores, tentando abranger as várias combinações requisitadas pelos arquite-<br />

tos.<br />

Embora o travertino e a massa raspada tenham sido desenvolvidos para um acabamento final<br />

específico, eles são materiais extremamente versáteis. Assim, essas argamassas permitem os mais<br />

variados <strong>tipo</strong>s de acabamento, como escovado, penteado, raspado, espatulado e tudo mais o que a<br />

criatividade do aplicador puder criar. A diferença de granulometria entre os diversos <strong>tipo</strong>s e a habili-<br />

dade do profissional não impõem limites para o acabamento final obtido. Isso também vale para os<br />

materiais de base polimérica.<br />

Os catálogos da Italit apresentam as resistências de aderência indicadas na Tabela 1 (os ou-<br />

tros fabricantes não forneceram dados de aderência.) Tais ensaios foram feitos em laboratório, com<br />

mistura mecânica, numa batedeira planetária ou de braço helicoidal. Vale lembrar que a aderência<br />

depende muito da base. Para os ensaios abaixo, empregou-se emboço 1:2:8, molhado nos primeiros<br />

sete dias e depois curado em condições ambientes por no mínimo três meses. Os outros fabricantes<br />

afirmaram já ter feito ensaios de aderência, mas disseram que os valores não estavam disponíveis.<br />

Material Aderência aos 28 dias (MPa)<br />

<strong>Travertino</strong> 0,3 a 0,4<br />

Itaplast 0,6 a 0,7<br />

<strong>Massa</strong> raspada 0,3 a 0,4<br />

<strong>Max</strong>cril 0,5 a 0,6<br />

Tabela 1: Resistências de aderência dos materiais da Italit<br />

Os valores acima são satisfatórios, uma vez que os requisitos mínimos de desempenho fixam<br />

em 0,3 MPa a aderência mínima de cerâmica em fachadas, acabamento muito mais pesado que os<br />

acima mencionados.<br />

7


2.2 Materiais de base polimérica<br />

Esses materiais surgiram como uma opção de substitutos dos compostos cimentícios por a-<br />

presentarem maior controle de fabricação, homogeneidade na cor entre lotes e facilidade de aplica-<br />

ção. Além disso, a resina acrílica aglomerante apresenta bom desempenho em termos de estanquei-<br />

dade.<br />

Materiais de base acrílica são impermeáveis à água e ao vapor, mesmo quando em espessu-<br />

ras de pintura normal (aproximadamente 0,15 mm por demão), de modo que a estanqueidade da ve-<br />

dação deve ser bastante melhorada por esses revestimentos. Por outro lado, a impermeabilidade ao<br />

vapor de água não permite que a parede “respire”. Se a parede estiver mais úmida que o ambiente,<br />

por infiltração, vazamento ou qualquer outro motivo, o vapor de água fará pressão sobre a película e<br />

tenderá a estufá-la, formando bolhas. No caso das isolações térmica e acústica, esses <strong>tipo</strong>s de mate-<br />

riais podem não ter condições de atender a esses quesitos, já que sua espessura final varia de 1 a<br />

5mm, na maioria dos casos situando-se no limite dos 3mm. Os fabricantes não forneceram ensaios<br />

de desempenho (acústico, estanqueidade e aderência). Esses materiais são encontrados em várias<br />

granulometrias e o acabamento final obtido não é fixo para cada <strong>tipo</strong>. Após aplicação sobre o substra-<br />

to, eles aceitam os mais variados <strong>tipo</strong>s de acabamento. As imitações de travertino e massa raspada<br />

são duas possibilidades.<br />

A cor é obtida por meio de uma mistura de pigmentos orgânicos e inorgânicos. Os inorgânicos<br />

proporcionam cores mais duráveis, porém menos vivas. Os orgânicos, ao contrário, geram cores mais<br />

vivas, porém possuem menor resistência aos raios ultra-violeta. Os materiais disponíveis no mercado<br />

oferecem inúmeras possibilidades de cor em seus catálogos. Se o cliente desejar, também é possível<br />

obter cores sob encomenda.<br />

Caso se deseje mudar a cor da fachada, a Ibratin fabrica uma tinta com adição de sílica fina-<br />

mente particulada, que confere à pintura uma textura levemente áspera, equivalente a uma lixa grana<br />

300. Assim, a pintura não descaracteriz a tanto o acabamento original. Essa particularidade é especi-<br />

almente visível quando se pintam revestimentos de base cimentícia.<br />

8


3 APLICAÇÃO<br />

3.1 Exigências<br />

Todos os materiais analisados, após aplicação, possuem uma espessura máxima que não<br />

chega a 1cm. Então, algumas exigências devem ser cumpridas previamente:<br />

1. a base deve estar plana, limpa, rústica e sem fissuras exageradas: o material não foi con-<br />

cebido para corrigir imperfeições da base. Uma textura rústica ajudará na aderência do re-<br />

vestimento. Se as fissuras forem pequenas, mas estiverem aumentando, o acabamento<br />

provavelmente não resistirá às tensões. Fissuras de 1mm podem ser pequenas para re-<br />

vestimentos cimentícios com camada de 1cm; porém, são grandes para uma película de<br />

alguns milímetros;<br />

2. a base deve estar curada há pelo menos 30 dias: pelo fato de serem camadas de pequena<br />

espessura, movimentações da base provocarão defeitos estéticos e perda de desempenho<br />

dos produtos;<br />

3. não deve haver previsão de chuva: como se trata de produtos de efeito estético inegável,<br />

as manchas provocadas pela chuva seriam inaceitáveis. Além disso, sua fina camada se-<br />

ria rapidamente destruída pela água. No caso de chover antes de 24h após a aplicação, o<br />

material ficará manchado. Dependendo da gravidade, pode ser necessário remover o ma-<br />

terial com espátula e reaplicá-lo. Outra alternativa seria remediar as manchas pintando to-<br />

do o local afetado. Entretanto, o material de base cimentícia perde suas características es-<br />

téticas quando pintado. Nesses casos, a Ibratin possui um produto, com sílica finamente<br />

particulada, que minimiza essa descaracterização;<br />

4. a aplicação em dias quentes e ensolarados deve ser evitada/amenizada: apesar de conte-<br />

rem aditivos retentores de água, a insolação pode comprometer sua cura e/ou desempe-<br />

nho, segundo os fabricantes. No entanto O Guia Weber 2000 considera adequadas para<br />

aplicação temperaturas de 5 o C até 27 o C da base e até 40 o C do ar ambiente, valor este que<br />

surpreendeu os autores deste trabalho. Em condições de alta temperatura, baixa umidade<br />

do ar e presença de vento, a base precisa ser molhada e, antes que seque, o revestimento<br />

deve ser aplicado. O não cumprimento dessas recomendações pode provocar fissuras e<br />

deficiência de cura, como ocorre em qualquer material de base cimentícia;<br />

5. as paredes devem estar divididas previamente em painéis que possam ser cobertos numa<br />

jornada de 2h, aproximadamente o tempo de vida da argamassa. Esses materiais não ad-<br />

mitem emendas e consertos sem que haja o aparecimento de manchas;<br />

9


6. durante a aplicação, deve ser evitado o uso de ferramentas ferrosas, pois elas podem so-<br />

frer abrasão pelos grãos de agregado. Então, com o passar do tempo, surgirão manchas<br />

ferruginosas sobre o acabamento;<br />

7. a Quartzolit recomenda que o emboço seja aditivado com hidrofugantes para melhorar o<br />

desempenho quanto à estanqueidade, embora um emboço de 25mm já seja teoricamente<br />

estanque por si só, sem a adição de hidrofugantes. Essa recomendação surgiu porque as<br />

espessuras médias do travertino e da massa raspada são inferiores a 10mm e as condi-<br />

ções ambientais e variações térmicas e higrométricas podem ser bastante severas, como<br />

no caso da cidade de São Paulo. No entanto, segundo informações do Prof. Sabbatini, a<br />

presença de hidrofugantes no emboço é desaconselhável por diminuir a aderência do<br />

revestimento;<br />

8. é fundamental deixar-se um rodapé de 60 a 80 cm de altura (ou até onde pode haver mai-<br />

or solicitação mecânica) nos revestimentos de base cimentícia, porque sua resistência à<br />

abrasão é muito baixa. No caso dos revestimentos de base acrílica, o rodapé não é im-<br />

prescindível, mas é recomendável.<br />

3.2 <strong>Revestimentos</strong> <strong>tipo</strong> travertino<br />

3.2.1 <strong>Revestimentos</strong> de base cimentícia<br />

O revestimento travertino é aplicado basicamente em duas fases:<br />

1. primeira fase: forma uma camada homogênea sobre toda a base (espessuras na Tabela<br />

2) e tem por objetivo cobrir o substrato com a mesma cor da camada final. Essa é, tam-<br />

bém, a camada que contribui para os quesitos de isolamentos acústico e térmico e estan-<br />

queidade;<br />

Figura 4: Aplicação da primeira camada<br />

10


2. segunda fase: é responsável pelo acabamento final que imita o mármore travertino.<br />

Figura 5: Exemplo de aplicadores: manual e pneumático<br />

Antes de se aplicar o revestimento, é necessário hidratar a base borrifando água com brocha<br />

ou borrifador (principalmente em dias quentes), para que o substrato não absorva água da argamas-<br />

sa. Caso contrário, a aderência e a coesão superficial do revestimento podem ser seriamente prejudi-<br />

cadas, ou seja, ele pode desplacar ou esfarelar ao toque. Além disso, o revestimento final pode ficar<br />

manchado se a molhagem não for adequada. Ela exige muita prática, pois é feita a olho e depende<br />

de uma série de fatores, como da temperatura ambiente, da sucção da base, da presença de vento<br />

etc.<br />

Figura 6: Aplicação da segunda camada e textura final<br />

Na primeira fase, aplica-se a argamassa com colher de pedreiro (ela proporciona maior sensi-<br />

bilidade do que a desempenadeira), por isso a argamassa deve ter consistência pastosa, semelhante<br />

à do gesso. Aproximadamente meia hora depois, aplica-se a segunda camada. Para isso a argamas-<br />

sa deve estar bem fluida, de modo que possa ser aspergida sobre a base com uma brocha até que o<br />

revestimento atinja de 5 a 7 mm. A textura resultante é muito semelhante a de um chapisco grosso.<br />

Após algum tempo, determinado pelo ponto em que a massa pode ser alisada sem grudar na colher<br />

de pedreiro (até “perder o brilho”, segundo alguns aplicadores), procede-se ao alisamento de todo o<br />

pano, com desempenadeira. Mas apenas as pontas mais salientes do “chapisco” são alisadas, quan-<br />

do se deseja obter a textura característica do travertino, que é a de uma superfície plana com depres-<br />

11


sões mais ou menos uniformemente distribuídas. Essas depressões não têm forma definida e possu-<br />

em textura semelhante à do chapisco.<br />

Como o travertino foi inventado para imitar o mármore de mesmo nome, isto é, para imitar re-<br />

vestimento de placas de pedra, os panos em geral são pequenos, fazendo-se juntas de trabalho (na<br />

altura da fixação da alvenaria) e de execução (término de execução do pano a cada dia) a cada 1,5 m<br />

no máximo. Quando o emboço já possui junta, o travertino a acompanha. Senão, elas devem ser fei-<br />

tas com o auxílio de um ferro redondo de 5mm de espessura:<br />

- pressiona-se o ferro contra a massa com o auxílio de uma régua. Do fundo da junta até o<br />

emboço deve existir algo em torno de 4mm de argamassa travertino;<br />

- alisa-se a junta para perfeito acabamento<br />

Embora alguns arquitetos gostem de panos contínuos, só com juntas horizontais de trabalho<br />

junto à fixação, é recomendável empregar juntas verticais, fazendo-se panos menores, de modo a<br />

permitir o “trabalho” dessa camada do revestimento. Podem ser adotados, por exemplo, panos de 1,5<br />

por 1,5 m. As juntas são também de importância fundamental quando uma parte do revestimento pre-<br />

cisa ser refeita. Como esse <strong>tipo</strong> de acabamento não aceita retoques, um pano completo deve ser<br />

removido e reaplicado, pano esse definido pelas juntas existentes.<br />

É aconselhável molhar o revestimento para melhorar as condições de cura, mas esse molha-<br />

mento só deve ocorrer 24 horas após a aplicação. Se chover antes desse prazo, o pano pode ficar<br />

manchado.<br />

Outra causa freqüente de manchamentos é a falta de homogeneidade da pasta, principalmen-<br />

te quando a mistura é feita com enxada numa masseira. A mistura mecânica é sempre aconselhável,<br />

pois gera resultados visivelmente melhores. A dosagem de água, que fica a cargo de um servente,<br />

influi na tonalidade do revestimento segundo o engenheiro Fabio Nappi. Nas obras visitadas, notou-<br />

se que a adição de água acontece mais ou menos a olho, sendo determinada pela consistência dese-<br />

jável para a argamassa. Ou seja, o critério é muito subjetivo.<br />

A Italit desenvolveu um produto bastante semelhante ao travertino, chamado itaplast (ver cur-<br />

va granulométrica na Figura 3), que é aplicado com projetor de argamassa.<br />

Após hidratar a base de forma análoga à do travertino, aplica-se uma camada de aproxima-<br />

damente 1 mm sobre o emboço, com uma desempenadeira de PVC. No dia seguinte (o intervalo mí-<br />

nimo é de 6 a 8 horas e deve ser respeitado), a camada já executada deve ser umedecida para rece-<br />

ber a textura, um chapisco que deve ser projetado em sucessivas camadas. Se for projetado de uma<br />

vez, pode haver saturação de água em algum ponto do revestimento, com o conseqüente apareci-<br />

mento de manchas indesejáveis. Esse trabalho pode ser feito com máquina de projeção manual (pe-<br />

quenas aplicações) ou pneumática, cuja pressão define a textura do acabamento (Figura 5). Depois<br />

que a camada atinge uma certa resistência, ela é alisada com desempenadeira de PVC.<br />

12


O travertino e a massa raspada também podem ser aplicados diretamente sobre o bloco, sem<br />

emboço, no caso de vedações muito planas e aprumadas, como costuma ocorrer em alvenaria estru-<br />

tural. Nesse caso, aplica-se uma camada de regularização do substrato com 2,5 a 3,0 mm de espes-<br />

sura, e o resto da aplicação é feito normalmente, como descrito acima.<br />

Consideração semelhante vale para o itaplast. Nesse caso, a camada é feita com um produto<br />

chamado Ancorex, que possui granulometria ligeiramente mais fina e teor de água bem menor (18 a<br />

20%) que o itaplast. As resistências de aderência são compatíveis. A estanqueidade e o conforto ter-<br />

mo-acústico devem ser proporcionados pela alvenaria.<br />

3.2.2 <strong>Revestimentos</strong> de base acrílica<br />

Os revestimentos de base acrílica da Ibratin já vêm misturados, prontos para aplicação. De-<br />

pendendo da rugosidade desejada para a textura (baixa, média ou alta), deve-se diluir o material com<br />

água até no máximo 5%, devagar, homogeneizando-o simultaneamente para não formar grumos.<br />

Além disso, deve-se diluir todo o material de uma vez (calcular a quantidade a partir da área e dos<br />

consumos), pois pequenas variações no teor de água geram grandes diferenças de tonalidade. O<br />

material deve ser homogeneizado permanentemente durante a execução.<br />

A superfície para aplicação deve estar limpa, bem acabada e plana, sem buracos nem sinais<br />

de desagregação superficial. A primeira camada é um fundo preparador (chama-se Permaselor no<br />

caso da Ibratin), é fabricado com as mesmas cores do revestimento e deve ser diluído em água (30 a<br />

40%) para que adquira uma consistência bem fluida. Deve-se aplica apenas uma demão, com rolo,<br />

sem sobrepor as bordas das faixas pintadas. A parede terá um aspecto manchado, porque o fundo é<br />

rico em resina, porém pobre em poder de cobertura. Como ele é mais fluido que a tinta e não possui<br />

carga de grande granulometria, consegue penetrar nos poros do substrato, ao qual adere mecanica-<br />

mente. Devem-se testar três diluições, 1:1, 1:2, 1:3, pois se for aplicado em excesso ou muito<br />

concentrado, a ponto de tornar brilhante a superfície (vitrificá-la), formará um filme, que prejudicará a<br />

aderência mecânica da camada seguinte.<br />

A textura que imita travertino é chamada de permalit etrusca, no caso da Ibratin, e travertino,<br />

no caso da Terracor. É aplicada preferencialmente com rolo para textura em panos delimitados por<br />

fita crepe. Também é possível aplicá-la com desempenadeira, mas esse procedimento aumenta mui-<br />

to o consumo. Após espalhamento uniforme do material, deve-se passar o rolo sempre na mesma<br />

direção, sobrepondo-se as faixas aproximadamente 10 cm. Então, depois que essa camada seca até<br />

um certo ponto, as partes mais salientes são alisadas para formar a textura típica do travertino. O<br />

ponto de desempeno é o ideal entre dois extremos: úmido demais, o material gruda na desempena-<br />

deira; seco demais, não a deixa deslizar.<br />

No caso de aplicação direta sobre alvenaria e concreto desformado, a superfície deve ser pla-<br />

na. A Ibratin fornece uma massa acrílica chamada Permafix, que é utilizada para regularizar peque-<br />

13


nas imperfeições da base (saliências e protuberâncias de até 2mm). Em geral, quando se opta por<br />

esse <strong>tipo</strong> de aplicação, o objetivo é deixar visíveis as juntas e contornos dos blocos.<br />

Esse <strong>tipo</strong> de acabamento também pode ser aplicado sobre pinturas existentes, desde que em<br />

boas condições (sem bolhas, desagregações etc.) Para tanto, é necessário abrir os poros da superfí-<br />

cie com uma lixa grana 60 ou 80. Depois, lavá-la com água sanitária diluída (30%) e deixá-la descan-<br />

sar por aproximadamente 3h. Então, basta lavá-la com água limpa e pintá-la.<br />

3.3 Revestimento <strong>tipo</strong> massa raspada<br />

3.3.1 <strong>Revestimentos</strong> de base cimentícia<br />

Assim como na dosagem do travertino, o controle de umidade é muito precário. A massa é ba-<br />

tida em argamassadeiras ou manualmente em masseiras. A mistura manual não é recomendada por-<br />

que a falta de homogeneidade pode provocar o aparecimento de manchas e grumos esbranquiçados,<br />

além de diferenças de tonalidade.<br />

A massa é aplicada (chapada) com colher de pedreiro ou desempenadeira. Quando atinge o<br />

ponto de sarrafeamento (teste do dedo, que não deve afundar quando pressionado contra a massa),<br />

ela é desempenada com régua. Algumas firmas desempenam durante a aplicação da massa, mas<br />

não sarrafeiam depois. Quando a argamassa adquire mais resistência e quase não desagrega com a<br />

passada de uma lâmina, ela é raspada, normalmente com as costas de um serrote. Essa lâmina deve<br />

ficar inclinada (veja esboço abaixo), e não perpendicular à parede, senão a superfície fica ranhurada.<br />

Figura 7: sentido de raspagem da massa<br />

14


Figura 8: Aplicação da massa raspada<br />

3.3.2 <strong>Revestimentos</strong> de base acrílica<br />

A aplicação da massa raspada direta-<br />

mente sobre alvenaria é análoga à do traverti-<br />

no.<br />

A Italit desenvolveu um produto análo-<br />

go à massa raspada chamado <strong>Max</strong>cril, tam-<br />

bém de base cimentícia, porém com granulo-<br />

metria mais fina, que é aplicado de forma aná-<br />

loga ao itaplast, mas sem alisamento. A apli-<br />

cação diretamente sobre concreto ou alvenaria<br />

também é análoga à do itaplast.<br />

As considerações feitas para os revestimentos de base acrílica que imitam travertino também<br />

valem para os que imitam massa raspada, chamados Permalit Cristallini (Italit) e Originale (Terracor).<br />

São aplicados com espátula de aço, isenta de ferrugem, que deve ser levemente inclinada para retirar<br />

o excesso de material, de modo que os grãos maiores fiquem à mostra. O acabamento final é dado<br />

com desempenadeira de plástico, que deve ser constantemente limpa com água. Deve-se deixar o<br />

produto secar por no mínimo 6 h antes de se executar o painel contíguo, senão a fita crepe pode da-<br />

nificar seu acabamento superficial.


4 MANUTENÇÃO E LIMPEZA<br />

A limpeza do travertino e da massa raspada deve ser feita com água. A alta rugosidade da<br />

massa facilita a deposição de sujeira, de modo que alguns edifícios com acabamento em travertino<br />

são pintados após algum tempo, principalmente no caso de pichações. Mas a pintura muda um pou-<br />

co o aspecto do travertino e precisa ser refeita a cada cinco anos, aproximadamente.<br />

Para minimizar a impregnação da sujeira na massa, é possível aplicar hidrofugantes que ve-<br />

dam os poros sem formar filme, de forma que não alteram a cor nem o aspecto da superfície. Para tal<br />

finalidade, a Italit fornece um produto chamado Aquaveda, à base de silanos e siloxanos, mais resis-<br />

tentes do que resinas acrílicas. Trata-se de uma emulsão permeável ao vapor de água, que deve ser<br />

aplicada, com brocha ou borrifador, no mínimo 30 dias após o término do revestimento, para que este<br />

possa curar.<br />

Por diminuir a absorção de água do revestimento, o selante pode minimizar o surgimento de<br />

eflorescências, manifestação patológica comum em massa raspada e travertino de base cimentícia.<br />

5 ANÁLISE DE MERCADO<br />

Como a aplicação do material, seja travertino, seja massa raspada, possui uma técnica bas-<br />

tante específica, os fabricantes preferem fornecer o produto aplicado ou trabalhar com aplicadores<br />

credenciados, única maneira de oferecer ao cliente uma garantia sobre o produto aplicado.<br />

A Pivato só fornece o material aplicado. A Durex chega a vender apenas o material, mas muito<br />

raramente; o mais comum é vendê-lo aplicado. A Italit e a Quartzolit possuem representantes, isto é,<br />

aplicadores credenciados.<br />

No caso dos revestimentos de base acrílica, o sistema é muito semelhante. Tanto a Ibratin<br />

quanto a Terracor vendem seus produtos por meio de representantes, os quais possuem aplicadores<br />

credenciados. A Ibratin fornece garantia de cor e rendimento de seus produtos, desde que o proble-<br />

ma seja averiguado antes de se concluir 5% da área total a ser revestida.<br />

Os dados técnicos de espessura, consumo, produtividade etc., bem como dados de mercado<br />

(custos) estão resumidos nas tabelas abaixo. Para efeito de comparação, foi feita uma composição<br />

de custos a partir de dados da revista Construção (22.5.2000 e 12.06.2000). Considerou-se:<br />

Revestimento de chapisco + massa única (2,5 cm de espessura média)<br />

Mão-de-obra: 1,30 + 7,30 = R$ 8,60 /m 2<br />

Material (R$ 90,00/m 3 ) = R$ 2,25 /m 2<br />

Total = R$ 10,85 /m 2<br />

Pintura acrílica (material aplicado)<br />

Com massa corrida = R$ 22,40 /m 2<br />

Com fundo preparador = R$ 15, 40 /m 2<br />

16


<strong>Travertino</strong><br />

Custo aplicado<br />

Fabricante Espessura<br />

(mm)<br />

Consumo<br />

(kg/m 2 Produtivi-<br />

)<br />

dade<br />

(m 2 /h*dia)<br />

Pano (R$/m 2 )<br />

Requadro<br />

(R$/m)<br />

Garantia<br />

(anos)<br />

Italit – travertino<br />

10 20 20 a 30 10,00 a 12,00 5,00 a 6,00<br />

Italit - itaplast 3 5 50 a 60 9,00 a 10,00 4,50 a 5,00 5<br />

Pivato 5 8 20 13,00 7,00 5<br />

Durex 3 a 5 6 a 8 20 a 23 14,50 a 15,50 7,50 5<br />

Quartzolit 5 a 6 6,5 a 7,8<br />

Ibratin 1 a 1,5 2,0 a 2,8 40 a 50 15,00 5<br />

Terracor 1 a 3 1,9 a 2,2 25 20,00 - 5<br />

Revista<br />

Construção<br />

- - - 13,00 - -<br />

Tabela 2 – Comparativo de custos do travertino<br />

<strong>Massa</strong> <strong>Raspada</strong><br />

Fabricante<br />

Espessura(mm)<br />

Consumo<br />

(kg/ m<br />

Custo aplicado<br />

2 )<br />

Produtividade<br />

(m 2 /h*dia) Pano (R$/m 2 Requadro<br />

)<br />

(R$/m)<br />

Garantia<br />

Italit – massa 5 a 8 20 20 a 30 12,00 a 14,00 6,00 a 7,00<br />

Italit – maxcril 3 5 50 a 60 9,00 a 10,00 4,50 a 5,00<br />

Pivato 6 a 7 12 a 15 20 15,00 7,5 5<br />

Durex 5 a 8 16 a 20 20 20,00 a 22,00 10 a 11 5<br />

Quartzolit 9 a 10 15 a 18<br />

Ibratin 1,0 a 2,0 2,5 a 3,5 15,00 - 5<br />

Terracor 0,5 a 1,0 1,4 a 1,8 25 16,00 - 5<br />

Tabela 3 – Comparativo de custos da <strong>Massa</strong> <strong>Raspada</strong><br />

17


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

De todos os aspectos abordados, fica claro que esses acabamentos não são capazes de a-<br />

tender a todos os requisitos de desempenho exigidos de um revestimento. Assim, é de fundamental<br />

importância que seu uso seja projetado de forma a integrá-los com as demais camadas desse subsis-<br />

tema. Também, para ambos os <strong>tipo</strong>s se pôde ver a necessidade de uma base adequada, ou seja,<br />

lisa, plana, rugosa e limpa.<br />

Comparativamente, se pode fazer as seguintes afirmações:<br />

Os revestimentos de base acrílica apresentam grande versatilidade nas cores: os fabricantes dis-<br />

ponibilizam seu material com a possibilidade de cores das máquinas tintométricas. Entretanto, de-<br />

ve ficar claro que pigmentos orgânicos perdem sua coloração sob ação do Sol;<br />

Os revestimentos de base acrílica apresentam grande versatilidade nas texturas: pelo fato de se-<br />

rem aplicados com técnicas de pintura, o acabamento final não é fixo e depende muito da criativi-<br />

dade do aplicador;<br />

Os revestimentos de base acrílica são menos influenciados pelas condições de cura e possuem<br />

um controle rígido no teor de água. Isso se deve ao fato de que já vêm pré-dosados de fábrica e<br />

as adições se resumem a aproximadamente 5%. No caso dos revestimentos de base cimentícia,<br />

o teor de água varia muito conforme o aplicador, muito embora os fabricantes estabeleçam limites<br />

estreitos para essa relação;<br />

Em ambos os <strong>tipo</strong>s, é muito difícil que a camada aplicada “esconda” os defeitos da base. Os des-<br />

vios de planeza são os mais graves, já que as camadas são de pequena espessura. Para os acrí-<br />

licos, pode-se assumir que esse <strong>tipo</strong> de correção é impossível.<br />

Por causa da técnica de aplicação, os de base acrílica apresentam uma produtividade maior. Por<br />

outro lado, seu custo é mais elevado.<br />

A execução do travertino e da massa raspada originais é uma técnica artesanal e, por isso,<br />

sua qualidade depende muito de mão-de-obra qualificada e habilidosa. Já os revestimentos acrílicos<br />

não exigem habilidade e nem muita prática, tendendo a substituir as técnicas artesanais e dominar o<br />

mercado paulatinamente. Os curtos prazos de execução das obras exigem técnicas rápidas de apli-<br />

cação dos acabamentos, muito embora algumas delas abram mão da qualidade para que isso acon-<br />

teça.<br />

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7 BIBLIOGRAFIA E CONTATOS<br />

KISS, Paulo. EFEITOS ESPECIAIS. Revista Téchne, vol 8, n o 41. Ed. Pini, São Paulo,<br />

1999.<br />

MANUAL TÉCNICO – Ibratin. São Paulo, 2000.<br />

MANUAL TÉCNICO – Italit. São Paulo, 1999.<br />

SABBATINI, Fernando. H.; BARROS, Mércia M. S. B.; MACIEL, Luciana L. Recomendações<br />

para a execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas<br />

e exteriores e tetos. São Paulo, EPUSP-PCC, 1998, 21p.<br />

SABBATINI, Fernando H. Argamassas. São Paulo, EPUSP-PCC, 1998, 37p.<br />

O Guia Weber - Quartzolit. São Paulo, 2000, 186p.<br />

CONTATOS<br />

Pivato<br />

Materiais de base cimentícia<br />

4486 1789; 7886 1789<br />

Argamassas<br />

João Pivato (dono): 9637 5851<br />

Italit Argamassas<br />

3641 2592; 3904 3338<br />

Espec iais<br />

Eng. Fábio Nappi: 3645 2818<br />

4144 2095<br />

Durex<br />

Eng. Alexandre: 9166 5772<br />

Moacir (dono): 9938 6070<br />

Quartzolit 0800 116979<br />

Materiais de base acrílica<br />

Ibratin<br />

0800 113397<br />

Sr. Francisco Teixeira (treinamento de aplicadores)<br />

Terracor 0800 550026<br />

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