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Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho - ifsuldeminas

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causa da variação <strong>de</strong> H. vastatrix tem sido relacionada com mutações genéticas, uma vez que<br />

a fase sexuada, assim como hospe<strong>de</strong>iros alternativos, ainda não foram encontrados.<br />

Nos últimos anos, tem sido caracterizadas raças <strong>de</strong> ferrugem com gran<strong>de</strong> espectro <strong>de</strong><br />

virulência, como é o caso da raça XXXIX, com sete genes <strong>de</strong> virulência.<br />

Além da gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> que a ferrugem apresenta em adquirir novos genes <strong>de</strong><br />

virulência, tem sido verificado que alguns isolados po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r genes <strong>de</strong> virulência não<br />

necessários para a infecção <strong>de</strong> certos genótipos <strong>de</strong> cafeeiros. Esse fenômeno acontece quando<br />

alguns isolados são mantidos durante muito tempo em cafeeiros caturra (com genes <strong>de</strong><br />

resistência) e, seguidamente, confrontados com hospe<strong>de</strong>iros possuindo vários genes <strong>de</strong><br />

resistência.<br />

3.2 Mecanismos <strong>de</strong> resistência do cafeeiro a Hemileia vastatrix<br />

Durante a evolução, as plantas têm <strong>de</strong>senvolvido gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa para resistirem à colonização <strong>de</strong> agentes patogênicos. A resistência envolve não apenas<br />

a proteção estática, como barreiras físicas e químicas pré-existentes, mas também diversos<br />

mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa induzidos. Na interação Coffea spp._ H. vastatrix não há evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong><br />

barreiras constitutivas, mas tudo indica que diversos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa são ativados após<br />

a infecção por raças virulentas.<br />

O processo <strong>de</strong> infecção por H. vastatrix nos tecidos foliares do cafeeiro inicia-se com a<br />

germinação <strong>de</strong> uredósporos e a diferenciação dos opressórios sobre os estômatos. É a partir do<br />

opressório (primeira estrutura <strong>de</strong> infecção)que o fungo penetra no interior dos tecidos foliares<br />

, formando uma hifa <strong>de</strong> penetração, que cresce em direção a câmara subestomática e se<br />

ramifica , irradiando hifas para as células subsidiárias e as do mesófilo, on<strong>de</strong> se formam<br />

haustódios. Em cafeeiros susceptíveis, a colonização do mesófilo se caracteriza por<br />

numerosas hifas intercelulares, com muitos haustódios, que acabam por originar os soros<br />

uredospóricos, que saem em bouquê através do estômato ( RIJO e RODRIGUES JR; 1977).<br />

Nos genótipos <strong>de</strong> cafeeiros com resistência completa a H. vastatrix tem-se verificado<br />

que o fungo cessa seu crescimento nas primeiras fases <strong>de</strong> infecção, com maior freqüência<br />

após a formação do primeiro hastódio, on<strong>de</strong> ocorre uma <strong>de</strong>sorganização do conteúdo<br />

citoplasmático das estruturas <strong>de</strong> infecção do fungo. Nos cafeeiros resistentes uma das<br />

primeiras respostas a resistência é a morte rápida das células da planta na zona <strong>de</strong> infecção-<br />

reação <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> (SILVA et al;2002). Essa reação é consi<strong>de</strong>rada a expressão mais<br />

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