Termo de Ajustamento de Conduta – TAC Suinocultura da região da ...
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Referência:<br />
Estado <strong>de</strong> Santa Catarina<br />
Polícia Militar<br />
Guarnição Especial <strong>da</strong> Polícia Militar <strong>de</strong> Proteção Ambiental<br />
<strong>Termo</strong> <strong>de</strong> <strong>Ajustamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Conduta</strong> <strong>–</strong> <strong>TAC</strong><br />
<strong>Suinocultura</strong> <strong>da</strong> <strong>região</strong> <strong>da</strong> AMAUC<br />
Or<strong>de</strong>m do Comando <strong>da</strong> Gu Esp PMA<br />
Requisição do MP Estadual<br />
Missão Especifica:<br />
Intensificar a fiscalização ambiental na <strong>região</strong> do Consórcio Lambari e<br />
municípios a<strong>de</strong>rentes, vistoriando as ações que visem a<strong>de</strong>quar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s em<br />
que se pratica <strong>da</strong> suinocultura à legislação ambiental e sanitária, mitigando o<br />
impacto ambiental causado pelos <strong>de</strong>jetos suínos, mediante o cumprimento <strong>da</strong>s<br />
obrigações postas no referido <strong>TAC</strong>.
Execução:<br />
A Gu Esp PMA proce<strong>de</strong>rá nas ações fiscalizatórias conforme o acor<strong>da</strong>do<br />
nos <strong>Termo</strong>s <strong>de</strong> <strong>Ajustamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Conduta</strong>s (<strong>TAC</strong>) promovidos pelo MP Estadual e<br />
proprietários <strong>de</strong> estabelecimentos e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s em que se pratica <strong>da</strong> suinocultura<br />
na <strong>região</strong> <strong>da</strong> AMAUC, conforme acor<strong>da</strong>do em reunião no CME-MP no dia<br />
13/08/2007.<br />
Além <strong>da</strong>s previdências penais e administrativas para ca<strong>da</strong> caso concreto,<br />
<strong>de</strong>verá ser confeccionado um check list para ca<strong>da</strong> fiscalização realiza<strong>da</strong>.<br />
Procedimento realizados:<br />
Orientação aos empreen<strong>de</strong>dores no que tange ao cumprimento <strong>da</strong>s<br />
exigências estabeleci<strong>da</strong>s nas licenças ambientais expedi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordo com o <strong>TAC</strong><br />
e autuações dos empreendimentos que estavam operando em <strong>de</strong>sacordo e/ou sem a<br />
<strong>de</strong>vi<strong>da</strong> licença ambiental, lavrando os respectivos procedimentos administrativos e<br />
criminais, sendo posteriormente encaminhados ao MP ou PJ
CHECK LIST PARA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO <strong>TAC</strong> AMAUC<br />
2) Nome do Produtor/a:<br />
3) Locali<strong>da</strong><strong>de</strong>/Distrito:<br />
4) Município:<br />
5) Área <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
6) Integrado:<br />
7) Plantel <strong>de</strong> suínos existentes na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (N° <strong>de</strong> cabeças):<br />
Número <strong>de</strong> suínos matrizes (UPL):.................................<br />
Número <strong>de</strong> suínos matrizes (CC):...................................<br />
Número <strong>de</strong> suínos/crechário:...........................................<br />
Número <strong>de</strong> suínos Parceria/Terminação:........................<br />
7) Precisou a<strong>de</strong>rir ao <strong>TAC</strong>?<br />
8) Cumprimento <strong>da</strong>s Cláusulas do <strong>TAC</strong>:<br />
( ) Sim ( ) Não a<strong>de</strong>riu ( ) Não sabe informar .<br />
8.1.Cláusula Primeira - Comprovou o Licenciamento (apresentar comprovante):<br />
Protocolou projeto na FATMA? ( ) Sim ( )Não<br />
Possui Licença ambiental? ( ) Sim ( )Não<br />
8.2. Cláusula segun<strong>da</strong> - Recomposição <strong>da</strong> mata ciliar:<br />
Fez o isolamento <strong>da</strong> faixa mínima <strong>de</strong> 10 m (para cursos d’água até 10m)?<br />
( ) Sim ( )Não<br />
Isolamento <strong>da</strong> faixa mínima <strong>de</strong> 20 m (para cursos d’água <strong>de</strong> 10 a 50 m)?<br />
( ) Sim ( )Não<br />
8.3. Cláusula terceira <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong> armazenamento ou tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos:<br />
Possui sistema <strong>de</strong> tratamento ou esterqueira? ( ) Sim ( )Não<br />
Está impermeabilizado ? ( ) Sim ( )Não<br />
Foi isolado com cerca? ( ) Sim ( )Não<br />
Implementou medi<strong>da</strong>s para o <strong>de</strong>svio <strong>da</strong>s águas pluviais em relação ao sistema <strong>de</strong> tratamento ou esterqueiras, <strong>de</strong> modo a evitar<br />
incorporação <strong>de</strong>ssas águas nos <strong>de</strong>jetos? ( ) Sim ( )Não<br />
Recebeu assessoramento técnico <strong>da</strong> Integradora para executar as melhorias previstas no manejo e esterqueiras? ( ) Sim ( )Não<br />
Teve acesso ao sistema <strong>de</strong> financiamento ( troca-troca) ofertado pelas integradoras?<br />
( )Sim ( ) Não<br />
8.4. Cláusula quarta <strong>–</strong> Distribuição e aproveitamento dos <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> suínos:<br />
Destino <strong>da</strong>do aos <strong>de</strong>jetos (po<strong>de</strong> ser mais <strong>de</strong> uma opção):<br />
( ) Aplica na lavoura ( ) Aplica no pasto<br />
( ) Doa para vizinhos ( ) Outra opção (especificar)...........................................<br />
Faz análise <strong>de</strong> solo para verificação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos a aplicar no solo?<br />
( )Sim ( ) Não<br />
Recebe alguma orientação técnica para aplicação dos <strong>de</strong>jetos?<br />
( )Sim ( ) Não Caso afirmativo, quem realiza (ou)?...................................<br />
8.5. Cláusula quinta <strong>–</strong>Assistência técnica aos produtores:<br />
Recebeu orientação dos técnicos <strong>da</strong> integradora para cumprir as exigências previstas no <strong>TAC</strong>, como: a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong>s esterqueiras,<br />
isolamento <strong>da</strong> APP, aplicação dos <strong>de</strong>jetos, entre outras já cita<strong>da</strong>s nas cláusulas anteriores?<br />
( )Sim ( ) Não
Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s vis toria<strong>da</strong>s<br />
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Animais confinados<br />
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Integrados<br />
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Aplicação dos <strong>de</strong>jetos<br />
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Procedimentos Criminais<br />
104 E mpreendimentos vistoriados<br />
<strong>Termo</strong>s C ircunstanciados ...............<br />
21<br />
Art 60 <strong>da</strong>9.605/98 Falta <strong>de</strong> licenciamento e/ou operando em <strong>de</strong>sacordo com a<br />
outorga ambiental<br />
Notícia <strong>de</strong> Infração Penal ................<br />
04<br />
Art 54 <strong>da</strong> 9.605/98 - Poluição<br />
Autos <strong>de</strong> Infração .............................<br />
25<br />
Art 70 <strong>da</strong> 9.605/98 Consi<strong>de</strong>ra-se infração administrativa ambiental to<strong>da</strong> ação ou
Check-lis t <strong>da</strong> operação<br />
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Fonte: Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço/Cmdo<br />
GuEspPMA/2007 Operação <strong>TAC</strong> <strong>Suinocultura</strong><br />
AMAUC
Segundo Fernan<strong>de</strong>s e Oliveira (1995, p. 35), a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos<br />
em uma criação po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> acordo com o peso corporal dos suínos, com<br />
valores <strong>de</strong> 4,9 a 8,5% <strong>de</strong> seu peso vivo/dia, para animais na faixa <strong>de</strong> 15kg a<br />
100kg. Depen<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> urina que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente <strong>da</strong><br />
ingestão <strong>de</strong> água, que em terminação consomem <strong>de</strong> 5 a 10 litros <strong>de</strong><br />
água/animal/dia e produzem <strong>de</strong> 3 a 6 litros <strong>de</strong> urina/dia.<br />
O volume total <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> uma criação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, ain<strong>da</strong>, do sistema <strong>de</strong><br />
manejo adotado, bem como <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong>sperdiça<strong>da</strong> pelos<br />
bebedouros e do volume <strong>de</strong> água utilizado na higienização <strong>da</strong>s baias. Uma <strong>da</strong>s<br />
soluções alternativas é a limpeza a seco e o uso <strong>de</strong> piso ripado. Neste caso, a<br />
freqüência <strong>de</strong> limpeza é mínima e o uso <strong>da</strong> água se faz necessária somente na<br />
saí<strong>da</strong> dos animais. (OLIVEIRA, 1993, p. 25).
Os animais em fase <strong>de</strong> engor<strong>da</strong> produzem gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos e é nesta<br />
fase do ciclo que o produtor precisa tomar alguns cui<strong>da</strong>dos. Segundo Konzen (1983, p. 12),<br />
nesta fase o uso <strong>de</strong> jato <strong>de</strong> água não é muito recomen<strong>da</strong>do. Deve-se optar pela raspagem e<br />
varredura <strong>da</strong>s baias afim <strong>de</strong> diminuir o volume dos <strong>de</strong>jetos. A produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos é <strong>da</strong><strong>da</strong><br />
em ca<strong>da</strong> fase ou categoria dos animais.<br />
Produção média diária <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos nas diferentes fases produtivas dos suínos.<br />
Categoria Esterco<br />
(Kg/dia)<br />
Esterco +<br />
Urina (Kg/dia)<br />
Dejetos<br />
líquidos<br />
(Lt/dia)<br />
Produção M3<br />
animal/mês<br />
Terminação 2,30 4,90 7,00 0,25<br />
Porca<br />
3,60 11,00 16,00 0,48<br />
gestação<br />
Porca<br />
6,40 18,00 27,00 0,81<br />
lactação<br />
Macho 3,00 6,00 9,00 0,28<br />
Leitão creche 0,35 0,95 1,40 0,05<br />
Média 2,35 5,80 8,60 0,27<br />
Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Oliveira (1993, p.12).
Comparativo
1. Dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s<br />
Tempo para realização;<br />
Conclus ão<br />
Reduzido número <strong>da</strong> Amostra;<br />
Distância entre as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />
Tamanho <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e tempo reduzido para a vistoria;<br />
Em gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s houve reclamações quanto<br />
a vistoria para renovação <strong>da</strong> LAO.
1. Falta <strong>de</strong> perspectiva por parte do produtor;<br />
2. O Trabalho é executado sob condições <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ntes;<br />
3. As integradoras efetuam <strong>de</strong>pósito mesmo sem o<br />
atendimento dos requisitos <strong>da</strong> licença;<br />
4. Técnicos muitas vezes <strong>de</strong>scomprometidos com as<br />
questões ambientais, visam somente a produção;<br />
5. Baixo preço do produto na terminação;<br />
6. Falta <strong>de</strong> recursos para implementação <strong>de</strong> melhorias nas<br />
instalações;
1. Falta <strong>de</strong> recursos para implementação do isolamento <strong>da</strong><br />
mata ciliar;<br />
2. Aproveitamento do uso racional do terreno (proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />
com outras culturas;<br />
3. Nas pequenas e médias proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, fica claro que a<br />
produção está restrita a família, geralmente pelos genitores<br />
em i<strong>da</strong><strong>de</strong> avança<strong>da</strong>;<br />
4. Fica claro a falta <strong>da</strong> ALTO ESTIMA, em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong>s<br />
condições impostas pela ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>;
1. Falta <strong>de</strong> fiscalização e orientação;<br />
2. Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s pequenas sem local para <strong>de</strong>stinação <strong>da</strong><br />
Reserva Legal;<br />
3. Fica evi<strong>de</strong>nte a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subsídios para a melhoria<br />
<strong>da</strong> relação entre a suinocultura e o meio ambiente. A<br />
melhoria po<strong>de</strong>rá vir através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas<br />
tecnologias práticas e também <strong>da</strong> conscientização dos<br />
criadores
Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988<br />
CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE<br />
Art. 225. Todos têm direito ao meio<br />
ambiente ecologicamente equilibrado, bem<br />
<strong>de</strong> uso comum do povo e essencial à sadia<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, impondo-se ao Po<strong>de</strong>r<br />
Público e à coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>fendêlo<br />
e preservá-lo para as presentes e futuras<br />
gerações.