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Carne Suína<br />
Catarinense<br />
A mais saudável e saborosa!<br />
Fórum para discutir integração na suinocultura é realizado SC<br />
Promover um amplo debate sobre as principais dificuldades<br />
enfrentadas pelos produtores que trabalham com sistema de integração e<br />
apresentar os principais pontos do Projeto de Lei 8.023/10 PLS 330/11.<br />
Este foi o objetivo do Fórum de Suinocultores de Santa Catarina, realizado<br />
no dia 26 de outubro, em Concórdia, promovido pela Associação<br />
Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com a Associação<br />
Catarinense dos Criadores de Suínos (<strong>ACCS</strong>).<br />
O encontro contou com a participação de produtores,<br />
lideranças da região, do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, do Diretor<br />
Executivo da ABCS, Fabiano Coser, do Professor da UNB, Dr. Josemar<br />
Xavier de Medeiros e de Luiz Eugênio do Ministério da Agricultura, para<br />
debater sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores<br />
integrados e ainda, apresentar os principais pontos do Projeto de Lei<br />
8.023/10, da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e<br />
Desenvolvimento Rural (CAPADR), que aguarda análise do Plenário da<br />
Casa e também do Projeto do Senado (PLS) 330/11, da senadora Ana<br />
Amélia (PP-RS), que está na Comissão de Constituição, Justiça e<br />
Cidadania (CCJ) do Senado, em que o relator será o senador Acir Gurgacz<br />
(PDT-RO).<br />
Durante o Fórum foram discutidas propostas para a criação de<br />
um parâmetro legal na relação entre criadores e empresas para balizar as<br />
relações contratuais no<br />
sistema de integração<br />
agroindustrial, no<br />
qual o produtor<br />
estabelece parceria<br />
com uma empresa<br />
para o fornecimento<br />
de animais para abate<br />
e industrialização.<br />
Atualmente, este<br />
modelo contempla<br />
cerca de 80% dos<br />
suinocultores no<br />
e s t a d o d e S a n t a<br />
SC segue na frente e forma novos empreendedores rurais<br />
Quem visita a região de Santa Catarina, que está localizada nos<br />
arredores de Treze Tílias, fica encantado. E não é apenas a paisagem que enche os<br />
olhos. O capricho e a organização mostram que o Meio Oeste Catarinense é de<br />
longe, uma das regiões mais desenvolvidas do estado e do país. E quando o<br />
assunto é Agronegócio, a evolução é ainda mais significativa. “Hoje, o<br />
empresário rural precisa conhecer, através de dados, a sua atividade, o que está<br />
realmente fazendo dentro e fora da propriedade, adquirindo conhecimento e<br />
gerando frutos”, explica o suinocultor Wagner De Bortoli.<br />
Nas palavras do suinocultor foi possível perceber um novo conceito. O<br />
de empresário rural. Mas qual é a diferença deste novo perfil de produtor? O<br />
presidente do Núcleo Municipal de Criadores de Suínos de Treze Tílias, Ricardo<br />
Pernlochner, responde. “Conhecer os capitais econômicos e humanos, saber<br />
sobre o desenvolvimento de sua propriedade, formar dados e desenvolver planos<br />
que sejam capazes de oportunizar resultados ao negócio já existente, esse é o<br />
perfil de sucesso”, declara.<br />
Nem todos os produtores de suínos ou de outras culturas do<br />
agronegócio são empresários rurais. Para atingir este novo modelo de<br />
profissionais é preciso muito esforço. Foi assim que um grupo de trabalhadores do<br />
campo se especializaram, e hoje já sabem que além de pegar no pesado é preciso<br />
fazer muito mais. Resultado do PER – Programa Empreendedor Rural realizado<br />
pelo Senar, com apoio de entidades como o Sindicato dos Produtores Rurais de<br />
Água Doce, Associação Catarinense de Criadores de Suínos, <strong>ACCS</strong> e Núcleo<br />
Regional de Criadores de Suínos do Rio do Peixe, na região de Treze Tílias. “Eles<br />
aprenderam a fazer análises detalhadas sobre suas atividades, produzindo<br />
diagnósticos, planos de atividades e observando os possíveis resultados,<br />
oportunidade que a agricultura e a pecuária nunca tiveram antes”, reforça o<br />
C a t a r i n a e<br />
corresponde a 65%<br />
d a p r o d u ç ã o<br />
brasileira. Neste<br />
modelo de contrato, a<br />
indústria fornece os<br />
i n s u m o s e a<br />
assistência técnica ao<br />
produtor, que em<br />
troca arca com as<br />
instalações e a mão<br />
d e o b r a , e<br />
f u t u r a m e n t e o s<br />
a n i m a i s s ã o<br />
comercializados com a empresa contratante. “No entanto, as regras<br />
desses contratos geralmente são definidas pelas indústrias e oferecem<br />
pouca margem de participação aos produtores”, explica o presidente da<br />
<strong>ACCS</strong>, Losivanio Luiz de Lorenzi.<br />
Segundo o professor da UNB, Dr. Josemar Xavier de Medeiros, o<br />
sistema de integração no Brasil tem um modelo de eficiência econômica<br />
na organização da produção e existe uma coordenação técnica da<br />
produção, “entretanto o que se coloca, é que este modelo não tem sido<br />
tão equitativo na distribuição de renda aos produtores, para tanto, é<br />
preciso buscar um equilíbrio nesta atividade que é tão importante para<br />
Santa Catarina e para o Brasil” destaca. Medeiros destacou também<br />
alguns pontos importantes das PL'S durante o encontro, entre eles a<br />
criação de uma comissão partidária entre produtores e indústrias para a<br />
discussão do sistema de integração e soluções controvérsia; e a discussão<br />
da velocidade do programa tecnológico aplicado pelo sistema de<br />
integração.<br />
Na avaliação do presidente da <strong>ACCS</strong>, o Fórum foi avanço<br />
quando se fala em discussão de contratos de integração. “Hoje<br />
defendemos uma proposta que equilibre a relação e que atenda bem<br />
tanto o criador como a indústria, sem prejudicar ambas partes” finaliza<br />
Lorenzi.<br />
facilitador do PER/Senar, Vilson Guidorsi. Planejamento Estratégico.<br />
Análise de Mercado. Estudo da Propriedade. Conhecimento sobre os<br />
Valores dos Produtos, Custo de Produção. “Para brigarmos que estamos<br />
recebendo pouco, é preciso conhecer em detalhes o Custo de Produção.<br />
O meu custo não é o mesmo do meu vizinho, é preciso conhecer<br />
exatamente nossas propriedades”, reitera o presidente do Núcleo Regional<br />
de Criadores de Suínos do Rio do Peixe, Rudi Altenburger.<br />
E esses são os segredos do empreendedorismo rural. A região<br />
que hoje possui a maioria de suas propriedades, modelos, evoluiu ainda<br />
mais com o PER. E mostrou outra realidade, os homens ainda não estão<br />
sozinhos no campo, os filhos querem continuar histórias de sucesso e as<br />
mulheres querem aprender mais. “Nosso papel também é de gestor, além<br />
de deixar as propriedades em dia, os animais alimentados, estamos ao lado<br />
deles sempre”, conta a empreendedora rural Denise Altenburger. O PER<br />
será incentivado pela <strong>ACCS</strong> para<br />
que outras regiões do estado e<br />
produtores também sejam<br />
b e n e f i c i a d o s . “ N o s s a<br />
intenção é levar estes cursos<br />
para as outras regiões do<br />
estado, as necessidades e os<br />
r e s u l t a d o s m o s t r a m a<br />
importância da realização”,<br />
finaliza o presidente da<br />
<strong>ACCS</strong>, Losivanio Luiz de<br />
Lorenzi.<br />
Primeiro Encontro de Produtores de Material Genético é realizado em SC<br />
A união faz a força e neste<br />
caso faz a suinocultura. Pela<br />
primeira vez produtores de<br />
material genético estiveram<br />
reunidos em Santa Catarina.<br />
Focados em uma única pretensão,<br />
“o futuro”, suinocultores que<br />
fizeram do estado o que hoje é<br />
considerado qualidade quando o<br />
assunto é carne suína, mudaram<br />
suas rotinas para acompanhar o<br />
evento pioneiro que certamente ficará na história. “O evento foi uma<br />
troca de experiência, a <strong>ACCS</strong> foi fundada há 52 anos por estes<br />
desbravadores de material genético pela necessidade de melhorar a<br />
qualidade genética e hoje temos o reconhecimento com os resultados<br />
obtidos o qual é momento para comemorar” declara o presidente da <strong>ACCS</strong><br />
Losivanio Luiz de Lorenzi. O primeiro encontro de produtores de material<br />
genético do Estado abriu espaço para que os suinocultores pudessem ser<br />
ouvidos. Todas as dificuldades do dia-a-dia e a gratificação da profissão<br />
foram explanadas. “Já passamos por períodos muitos difíceis e neste<br />
momento foi a hora do despertar e buscar novas informações para<br />
continuar na atividade” destaca Mauro Zampieron da Granja Zampieron.<br />
Santa Catarina é reconhecida por possuir o que há de melhor em<br />
genética suína. Produtores que fazem o aprimoramento das raças e<br />
produzem animais sem camadas de gordura, machos resistentes e fêmeas<br />
com altíssima capacidade de reprodução. Trabalho que movimenta a<br />
atividade e garante a evolução dos plantéis. “É uma atividade que precisa<br />
evoluir no dia-a-dia com o material genético, temos um compromisso com<br />
a sociedade e buscamos sempre nos aprimorar cada vez mais e<br />
precisamos contar com a <strong>ACCS</strong>” diz Clair Lusa da Granja Suruvi.<br />
Comprometimento que colocou o Brasil na frente em suinocultura.<br />
História que pode ser contada por quem acompanhou todo esse processo.<br />
Segundo Médico Veterinário Gilberto Provenzano, “a evolução foi muito<br />
grande sem dúvida nenhuma, além de Santa Catarina estar na liderança de<br />
muitos programas o que nos deixa muito satisfeitos, o resultado de<br />
trabalho do passado fizeram com que o Estado tivesse o desenvolvimento<br />
bem superior aos demais estados” destaca.<br />
Mas além de avaliações o 1º Encontro de Produtores de Material<br />
Genético também abriu debate para o planejamento. Com foco na<br />
qualidade da produção de suínos e também na qualidade de vida do<br />
produtor e suas famílias, orientações foram ouvidas atentamente.<br />
<strong>ACCS</strong> e Embrapa Clima Temperado implantam “Quintais Orgânicos” em SC<br />
Valorizar a técnica e conceituar os princípios da produção<br />
orgânica, contribuindo com a segurança alimentar e ambiental de<br />
diferentes comunidades, este é o objetivo do “Projeto Quintais<br />
Orgânicos”, que é desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado, em<br />
parceria com a Eletrobrás e FAPEG. Com este intuito que a Associação<br />
Catarinense de Criadores de Suínos, <strong>ACCS</strong> buscou a parceria com a<br />
Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, implantou o projeto em cinco<br />
propriedades suinícola do Estado, e ainda, na Polícia Militar Ambiental de<br />
Concórdia. De acordo com o presidente da <strong>ACCS</strong>, Losivanio Luiz de<br />
Lorenzi, as propriedades suinícolas nas quais foram implantados o projeto<br />
são de produtores que participaram<br />
do Programa Empreendedor Rural,<br />
PER realizado pelo Senar em<br />
parceria com a <strong>ACCS</strong> e Núcleo<br />
Regional do Rio do Peixe, em Treze<br />
Tílias, projeto este que teve o<br />
encerramento na última sextafeira.<br />
“A entidade sempre está em<br />
busca do aperfeiçoamento de seus<br />
associados e acreditamos que o<br />
“Primeiro todos nós temos a necessidade de ter uma atividade lucrativa<br />
senão nós não permanecemos nesta atividade, segundo é respeitar as<br />
questões ambientais, ou seja conviver bem com tranquilidade com o<br />
meio ambiente e o terceiro aspecto é o meio social, é fazer as pessoas<br />
sentirem que elas não nasceram apenas para trabalhar e sim que elas têm<br />
famílias amigos pessoas que fazem parte do seu trabalho. E quando<br />
conseguimos fazer isto de uma forma harmoniosa conseguimos trabalhar<br />
com mais motivação, entusiasmo e com isso os resultados melhoram”<br />
explica o palestrante João Batista Schneiders.A preocupação da <strong>ACCS</strong><br />
com a continuidade da suinocultura motivou o primeiro de muitos<br />
encontros que ainda serão realizados. As Granjas de Material Genético<br />
sempre existiram e vão continuar oferecendo ao mercado o melhor em<br />
suinocultura. O reflexo disso é a produção e a qualidade do produto final<br />
que chega até o consumidor.<br />
Opinião do presidente<br />
O presidente da <strong>ACCS</strong>, Losivanio Luiz de Lorenzi definiu o<br />
encontro como: “Um grande evento”. “Na sexta-feira o jantar de<br />
confraternização deixou todos bem à vontade para aquele bate-papo ao<br />
som de uma excelente música ao vivo, onde alguns até se aventuraram<br />
em cantar e tocar gaita e violão”. No sábado, depois do café da manhã<br />
começaram os trabalhos da Entidade para que os produtores tivessem ali<br />
um momento de informação, e com isso traçar os caminhos da atividade<br />
para o ano de 2012. Depois da abertura, o Presidente da Cidasc, Enori<br />
Barbieri e Diretor de Defesa Agropecuária,<br />
Roni Barbosa falaram sobre status<br />
sanitário, mercado e sanidade. Para<br />
finalizar, uma palestra motivacional com o<br />
João Batista Schneiders, um consultor de<br />
empresas e motivador. “Foi também um<br />
momento importante de reflexão que<br />
nossos Empresários Rurais da atividade<br />
puderam fazer sobre todos os aspectos de<br />
sua propriedade, desde o seu trabalho até<br />
da qualidade de vida de sua família, algo<br />
essencial para que possamos trabalhar<br />
motivados e termos o resultado esperado”.<br />
P a r a f i n a l i z a r , o a l m o ç o d e<br />
confraternização fechou este que foi o 1º<br />
Encontro de tantos outros que virão a cada<br />
ano.<br />
“Projeto Quintais Orgânicos” beneficia os produtores que fizeram o PER”<br />
destaca.<br />
Cada quintal foi composto por cinco mudas de cada espécie,<br />
num total de 80 mudas. As propriedades beneficiadas serão: Duas de<br />
Treze Tílias, uma de Ibicaré, duas de Água Doce. Polícia Militar Ambiental<br />
de Concórdia, esta como modelo com intuito instrutivo para a<br />
comunidade. Os trabalhos foram coordenados pelo departamento de<br />
Meio Ambiente da <strong>ACCS</strong>.<br />
O projeto conta com 16 espécies<br />
Amoreira-preta (Rubus sp.), Araticum (Rollinia regulosa),<br />
Araçazeiro (Psidium cattleyanum), Caquizeiro (Diospyrus kaki),Cerejeira<br />
do Rio Grande (Eugenia involucrata), Figueira (Ficus carica),Goiabeira<br />
(Psidium guajava), Guabijuzeiro (Myrcianthes pungens), Guabirobeira<br />
(Campomanesia spp), Jabuticabeira (Plínia Trunciflora), Laranjeira (Citrus<br />
sinensis), Limoeiro (Citrus limon), Pessegueiro (Prunus persica),<br />
Pitangueira (Eugenia uniflora), Romãzeira (Punica granatum),<br />
Tangerineira (Citrus reticulata), Uvaieira (Eugenia uvalha), Videira (Vitis<br />
labrusca).