PPC do Curso de Engenharia Elétrica - UNIPAMPA Cursos
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econômicos. Região de grande vulto na produção de arroz na agropecuária (Rumos 2015, 2006), seu modelo produtivo é também causa do seu atual atraso social e econômico, caracterizado pelo latifúndio, pela monocultura e pecuária extensiva. Tendo a produção industrial se tornado progressivamente irrelevante na matriz econômica local, devida a competição externa imposta pelo processo de abertura da economia, a região passou a depender fortemente do setor primário e do setor de serviços. Essa realidade econômica, caracterizada pela desaceleração econômica e uma crescente desindustrialização, notadamente a partir da década de 60, tem afetado fortemente a geração de empregos e os indicadores sociais, especialmente os relativos à educação e à saúde (PI, 2009, p.6). A superação da situação atual tem sido dificultada por uma combinação de fatores, entre eles o baixo investimento público per capita, que reflete a baixa capacidade financeira dos municípios; a baixa densidade populacional e alta dispersão urbana; a estrutura fundiária caracterizada por médias e grandes propriedades; a distância dos polos desenvolvidos do estado, que juntos prejudicam a competitividade, a atração de benefícios, entre outras consequências. Na indústria, pouco expressiva no âmbito estadual, os únicos setores que se destacam são os relacionados ao Processamento de Produtos de Origem Vegetal e Animal que juntos somam mais de dois terços da produção industrial da região. O ramo de equipamentos e instalações agrícolas e agroindustriais, atividade cujo desenvolvimento poderia eventualmente alavancar a economia da região, permanece, majoritariamente dedicado à manutenção. A pequena participação na produção de bens e equipamentos se deve à sazonalidade típica do agronegócio e à incerteza de um mercado futuro dependente do clima e da política econômica. No setor agrícola, a orizicultura é a principal atividade, representando mais de três quartos da produção agrícola regional. A produção tem crescido de tal forma que atualmente 41% do arroz gaúcho é produzido em dois dos COREDEs em que a UNIPAMPA está inserida: Fronteira Oeste e Campanha. Além da produção também tem crescido o processamento de arroz, com incipientes tentativas de incorporação da casca de arroz na construção civil e na geração de energia. Outro setor de vulto é o da soja, no qual a região responde por 17,5% da produção estadual, que é a mais eficiente do Estado, embora seja de apenas um quinto daquela obtida no Mato Grosso. Atualmente a região não atua localmente no processamento desse grão. A produção de trigo perdeu sua importância na região, embora bastante eficiente nestes dois COREDEs, atingindo nacionalmente o 3º lugar. Na pecuária, a região se caracteriza por conter mais de um terço dos rebanhos bovinos estaduais, em torno de 5 milhões de cabeças de gado, e metade dos ovinos - mais de 2 milhões de cabeças. Houve um incremento do processamento desse tipo de carne nos últimos anos, fazendo com que a região responda atualmente por 32% dessa atividade no estado. Há um bom potencial de oferta de leite e de queijo de ovelha no estado, porém é preciso fazer uma estimativa apurada da demanda destes
produtos no mercado nacional e regional com vistas a fomentar o desenvolvimento regional a partir do interesse em investir neste segmento. A concentração fundiária na região é notável. Segundo os dados do Censo Agropecuário de 1996, das quase 120 propriedades rurais gaúchas com mais de 5 mil hectares, metade estava localizada nas regiões Fronteira Oeste e Campanha, ocupavam 381 mil hectares e eram responsáveis por 6,3% do total da área das propriedades agropecuárias na região. A metade sul do RS vem perdendo espaço no cenário do agronegócio nacional, tanto pelo avanço da fronteira agrícola para mais próximo de importantes centros consumidores, quanto pela distância geográfica e pelas dificuldades de logística de distribuição e pela demora dos complexos agroindustriais em se instalar na região. Há ainda certa resistência na adoção de novas tecnologias, bem como uma falta sistemática de coordenação limitando o avanço de cadeias agroindustriais coordenadas, por exemplo, a da bovinocultura de corte e produção de charque, que mudou significativamente a partir da década de 1960, com impacto negativo no setor industrial da metade sul. Mesmo assim, alguns frigoríficos vêm buscando instalar-se na região focando na organização da cadeia produtiva e agregação de valor ao produto, tanto na produção de carne bovina, como também da carne ovina. Alguns setores produtivos, como a ovinocultura de lã, nos quais a região é competitiva, tiveram seus mercados sensivelmente reduzidos pela entrada do Brasil no mercado globalizado e pelo desenvolvimento de produtos substitutos sintéticos. Outro destaque é a indústria de celulose e papel (com investimento de empresas de capital nacional, como a Votorantin Celulose e Papel e de capital estrangeiro, como a Estora Enzo), que ao longo dos últimos anos vem adquirindo terras e ampliando a formação de maciços florestais, principalmente de eucalipto, que servirão de matéria prima para plantas industriais a serem instaladas nos próximos anos. Há atualmente uma tentativa de ampliar o número de atividades econômicas na região, na tentativa de diminuir a dependência que a economia local tem da pecuária extensiva e da cadeia de arroz irrigado, atividades cujo nível de geração de emprego é baixo. O relatório Rumos 2015, buscando alternativas para gerar uma mudança no padrão produtivo regional, indica que a região oferece potencialidades para setores como: a) indústria cerâmica por causa da presença da matéria-prima; b) cadeia de carnes integrada; c) vitivinicultura; d) extrativismo mineral: alta incidência de carvão e também de pedras preciosas; e) cultivo do arroz e soja; f) exploração da silvicultura; g) alta capacidade de armazenagem; e g) turismo, em especial o enoturismo (às vinícolas locais) e o turismo rural. Dentre os setores com potencialidade para ser alvo de investimento público e privado podemos destacar o setor de processamento de oleaginosas para produção de biocombustível, como é o caso da soja para produção de biodiesel, que já conta com planta instalada em Rosário do Sul. A produção de vinho vem se ampliando, com modificação na forma de inserção da produção regional na cadeia vitivinícola do
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produtos no merca<strong>do</strong> nacional e regional com vistas a fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
regional a partir <strong>do</strong> interesse em investir neste segmento.<br />
A concentração fundiária na região é notável. Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Censo<br />
Agropecuário <strong>de</strong> 1996, das quase 120 proprieda<strong>de</strong>s rurais gaúchas com mais <strong>de</strong> 5 mil<br />
hectares, meta<strong>de</strong> estava localizada nas regiões Fronteira Oeste e Campanha,<br />
ocupavam 381 mil hectares e eram responsáveis por 6,3% <strong>do</strong> total da área das<br />
proprieda<strong>de</strong>s agropecuárias na região.<br />
A meta<strong>de</strong> sul <strong>do</strong> RS vem per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> espaço no cenário <strong>do</strong> agronegócio<br />
nacional, tanto pelo avanço da fronteira agrícola para mais próximo <strong>de</strong> importantes<br />
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logística <strong>de</strong> distribuição e pela <strong>de</strong>mora <strong>do</strong>s complexos agroindustriais em se instalar<br />
na região. Há ainda certa resistência na a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> novas tecnologias, bem como uma<br />
falta sistemática <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação limitan<strong>do</strong> o avanço <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias agroindustriais<br />
coor<strong>de</strong>nadas, por exemplo, a da bovinocultura <strong>de</strong> corte e produção <strong>de</strong> charque, que<br />
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industrial da meta<strong>de</strong> sul. Mesmo assim, alguns frigoríficos vêm buscan<strong>do</strong> instalar-se<br />
na região focan<strong>do</strong> na organização da ca<strong>de</strong>ia produtiva e agregação <strong>de</strong> valor ao<br />
produto, tanto na produção <strong>de</strong> carne bovina, como também da carne ovina. Alguns<br />
setores produtivos, como a ovinocultura <strong>de</strong> lã, nos quais a região é competitiva,<br />
tiveram seus merca<strong>do</strong>s sensivelmente reduzi<strong>do</strong>s pela entrada <strong>do</strong> Brasil no merca<strong>do</strong><br />
globaliza<strong>do</strong> e pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos substitutos sintéticos.<br />
Outro <strong>de</strong>staque é a indústria <strong>de</strong> celulose e papel (com investimento <strong>de</strong><br />
empresas <strong>de</strong> capital nacional, como a Votorantin Celulose e Papel e <strong>de</strong> capital<br />
estrangeiro, como a Estora Enzo), que ao longo <strong>do</strong>s últimos anos vem adquirin<strong>do</strong><br />
terras e amplian<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> maciços florestais, principalmente <strong>de</strong> eucalipto, que<br />
servirão <strong>de</strong> matéria prima para plantas industriais a serem instaladas nos próximos<br />
anos.<br />
Há atualmente uma tentativa <strong>de</strong> ampliar o número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s econômicas na<br />
região, na tentativa <strong>de</strong> diminuir a <strong>de</strong>pendência que a economia local tem da pecuária<br />
extensiva e da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> arroz irriga<strong>do</strong>, ativida<strong>de</strong>s cujo nível <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> emprego é<br />
baixo. O relatório Rumos 2015, buscan<strong>do</strong> alternativas para gerar uma mudança no<br />
padrão produtivo regional, indica que a região oferece potencialida<strong>de</strong>s para setores<br />
como: a) indústria cerâmica por causa da presença da matéria-prima; b) ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
carnes integrada; c) vitivinicultura; d) extrativismo mineral: alta incidência <strong>de</strong> carvão e<br />
também <strong>de</strong> pedras preciosas; e) cultivo <strong>do</strong> arroz e soja; f) exploração da silvicultura; g)<br />
alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem; e g) turismo, em especial o enoturismo (às<br />
vinícolas locais) e o turismo rural.<br />
Dentre os setores com potencialida<strong>de</strong> para ser alvo <strong>de</strong> investimento público e<br />
priva<strong>do</strong> po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o setor <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> oleaginosas para produção<br />
<strong>de</strong> biocombustível, como é o caso da soja para produção <strong>de</strong> biodiesel, que já conta<br />
com planta instalada em Rosário <strong>do</strong> Sul. A produção <strong>de</strong> vinho vem se amplian<strong>do</strong>, com<br />
modificação na forma <strong>de</strong> inserção da produção regional na ca<strong>de</strong>ia vitivinícola <strong>do</strong>