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Elastografia detecta câncer de mama não visto por ... - Sonimage

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estimulada mecanicamente <strong>por</strong> um impulso acústico <strong>de</strong> curta duração (~ 200ms) com uma frequência <strong>de</strong> transmissão<br />

fixada em 5,00 MHz para gerar <strong>de</strong>slocamento tecidual localizado. O <strong>de</strong>slocamento resultou na propagação <strong>de</strong> ondas <strong>de</strong><br />

cisalhamento além da região excitada e que foram rastreados pela utilização <strong>de</strong> métodos baseados em correlação US 4. O<br />

<strong>de</strong>slocamento máximo é estimado pelo rastreamento <strong>de</strong> múltiplos feixes US que estão situados lateralmente ao feixe<br />

principal e transmitidos a uma frequência nominal central <strong>de</strong> 6.2 MHz e a uma freqüência <strong>de</strong> repetição do pulso <strong>de</strong> 4-9<br />

MHz. Pela medida do tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento do pico <strong>de</strong> cada localização lateral, po<strong>de</strong>-se calcular a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

propagação da onda <strong>de</strong> cisalhamento no tecido 5, 6. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação da onda <strong>de</strong> cisalhamento é estimada em<br />

uma janela central <strong>de</strong> 5mm axial <strong>por</strong> 4mm <strong>de</strong> largura <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma região-<strong>de</strong>-interesse graficamente mostrada com um<br />

tamanho <strong>de</strong> 10mm axial <strong>por</strong> 6mm <strong>de</strong> largura. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação da onda <strong>de</strong> cisalhamento é pro<strong>por</strong>cional à raiz<br />

quadrada da elasticida<strong>de</strong> do tecido 7,8. Os resultados são expressos em metros <strong>por</strong> segundo. A imagem VTE- ARFI foi<br />

realizada com um transdutor linear <strong>de</strong> 9 MHz para US <strong>de</strong> módulo B, o qual <strong>de</strong>monstrou uma lesão mais dura (menos<br />

elástica) na região das microcalcificações quando comparada com o tecido mamário circunjacente, a qual <strong>não</strong> foi vista na<br />

imagem US <strong>de</strong> módulo B. Devido haver outros focos <strong>de</strong> microcalcificações no tecido mamário, somente foi possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar o tumor após o rastreamento com a elastografia virtual <strong>de</strong> todo o QSLD. Se a PAAF guiada <strong>por</strong> US fosse<br />

realizada sem o auxílio da VTE, po<strong>de</strong>ríamos ter um falso-negativo (FN) do estudo citopatólogico, caso a amostra proviesse<br />

<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> calcificações benignas. Sabe-se que o US <strong>de</strong> módulo B <strong>não</strong> consegue diferenciar calcificações benignas <strong>de</strong><br />

malignas e que focos <strong>de</strong> fibrose po<strong>de</strong>m mimetizar microcalcificações no US <strong>de</strong> módulo B. Também se sabe que a imagem<br />

<strong>de</strong> US <strong>de</strong> módulo B suspeita que uma dada calcificação é maligna caso haja massa tumoral ao eu redor, com vários<br />

critérios <strong>de</strong> malignida<strong>de</strong> associados. No entanto, quando o tumor é isoecóico com tecido mamário, esta diferenciação é<br />

impossível. A maioria dos US FN provêm <strong>de</strong> tumor isoecóico, assim como lesões menores que 5mm 9, 10,11. Neste caso,<br />

mais im<strong>por</strong>tante do que <strong>de</strong>screver as dificulda<strong>de</strong>s do US para diagnosticar <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong>, é mostrar que elas foram<br />

superadas pela associação US-VTE, que eliminou a falha do US (FN). Também utilizamos a <strong>Elastografia</strong> Manual (ME) para<br />

rastrear o tumor (Figura 5) neste caso, a qual <strong>não</strong> <strong>de</strong>monstrou o mesmo grau <strong>de</strong> segurança clínica da VTE, <strong>por</strong>que era<br />

mais lenta, tinha muitos artefatos e a imagem continuamente modificava-se com a pressão exercida pela sonda, tornando<br />

muito difícil o exame <strong>de</strong> uma região maior e a obtenção <strong>de</strong> medidas precisas da lesão (formato e dimensões dos reparos<br />

anatômicos modificam-se com a pressão e as interfaces <strong>não</strong> foram nítidas). A imagem VTE é mais precisa em capturar o<br />

mapa <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> tecidual, que foi obtido com um simples impulso compressivo, rápido e quantificável, reproduzindo<br />

imagem <strong>de</strong> forma similar todas as vezes, permitindo uma melhor qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> imagem, além <strong>de</strong> dar maior<br />

segurança diagnóstica. Neste caso, a VTE foi utilizada para investigar calcificações patológicas mostradas na mamografia<br />

e no US, claramente <strong>de</strong>monstrando o tumor subjacente que <strong>não</strong> foi <strong>visto</strong> pelo US <strong>de</strong> módulo B, <strong>de</strong>vido ao <strong>câncer</strong> ser<br />

isoecóico (US-FN); <strong>por</strong> outro lado, nos locais on<strong>de</strong> as calcificações eram benignas, nenhum tumor foi observado no<br />

elastograma. Até on<strong>de</strong> vai nosso conhecimento, este caso é o primeiro e único até o presente, cujo diagnóstico <strong>de</strong> <strong>câncer</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>mama</strong> foi realizado pela varredura com VTE (uma espécie <strong>de</strong> panelastografia), <strong>por</strong>que o US <strong>de</strong> módulo B <strong>não</strong> mostrou<br />

massa tumoral e <strong>não</strong> conseguia explicar os achados <strong>de</strong> BIRADS V da mamografia.<br />

CONCLUSÃO<br />

A VTE é uma nova técnica <strong>não</strong>-invasiva quantitativa, sem efeitos biológicos, que utiliza informações da dureza tecidual<br />

para fins diagnósticos, permite fácil aquisição das imagens elastográficas, melhora a qualida<strong>de</strong> da imagem e parece muito<br />

promissor para resolver um antigo problema da US: sua inabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar tumor isoecóico quando são <strong><strong>de</strong>tecta</strong>das<br />

microcalcificações suspeitas pela mamografia. A VTE é mais reprodutível e fácil <strong>de</strong> executar e mais rápida que a ME,<br />

permitindo rastrear gran<strong>de</strong>s áreas, como neste caso. A VTE po<strong>de</strong> ser usada também para auxiliar o direcionamento US da<br />

PAAF para evitar erros <strong>de</strong> amostragem. É um novo procedimento <strong>de</strong> imagem e mais estudos <strong>de</strong>verão ser realizados para<br />

corroborar nossos achados e <strong>de</strong>terminar se a associação US <strong>de</strong> módulo B-VTE é aplicável em larga escala para o<br />

rastreamento do <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> <strong>mama</strong>.<br />

Lucy Kerr”<br />

*Lucy Kerr, MD, Kerr Institute of Research and Teaching, Fabiano Mesquita Callegari, MD, Department of Pathology<br />

– Fe<strong>de</strong>ral Uni versity of São Paulo , Deborah Rozenkwit, MD, Kerr Institute of Research and Teaching<br />

http://sau<strong>de</strong>web.com.br/21993/alastografia-<strong><strong>de</strong>tecta</strong>-cancer-<strong>de</strong>-<strong>mama</strong>-nao-<strong>visto</strong>-<strong>por</strong>-ult...<br />

Página 3 <strong>de</strong> 5<br />

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11/03/2012

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