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Elastografia detecta câncer de mama não visto por ... - Sonimage

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Câncer <strong>de</strong> <strong>mama</strong>: Dilma anuncia R$ 4,5<br />

bi para programa <strong>de</strong> prevenção<br />

realizado com sonda <strong>de</strong> 18 MHz mostrando muitas microcalcificações no<br />

quadrante súpero-lateral direito (QSLD), mas sem massa tumoral associada.<br />

No entanto, como a mamografia <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010 revelou<br />

microcalcificações pleomórficas e distorção arquitetural nesse quadrante<br />

(Figura 1), sem massa visível (classificada como BIRADS V), um novo exame US foi solicitado (Figura 2) em seguida, que<br />

foi capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as calcificações na região suspeita, sem observar, entretanto, qualquer massa tumoral associada.<br />

Um estudo elastográfico do QSLD foi conduzido realizando-se varredura virtual com a técnica ARFI <strong>de</strong> cada lobo mamário,<br />

principalmente dos que continham microcalcificações i<strong>de</strong>ntificáveis pelo US (Figura 3). A técnica ARFI utilizada está<br />

incor<strong>por</strong>ada em um equipamento convencional <strong>de</strong> ultrassonografia (Acuson Siemens 2000, fabricado pela Siemens<br />

Medical Solutions, Mountain View, Califórnia). Durante o rastreamento, observou-se uma massa <strong>de</strong>nsa situada às 10 horas<br />

da <strong>mama</strong> direita, distando <strong>de</strong> 34 a 46 milímetros do mamilo, <strong>de</strong> limites bem <strong>de</strong>finidos no elastograma, embora os bordos<br />

fossem irregulares e espiculados. Como o US <strong>não</strong> <strong>de</strong>monstrou nenhuma massa às 10 horas da <strong>mama</strong> direita, o tamanho e<br />

o formato da lesão pelo US <strong>de</strong> módulo B foi consi<strong>de</strong>rado como a área total que continha as calcificações (ACC) nesse local<br />

(mediu 1.4×1.3×0.8cm nos maiores eixos). O formato da área <strong>de</strong> calcificações no US módulo B foi bastante diferente da<br />

elastograma, o que é consi<strong>de</strong>rado um sinal suspeito <strong>de</strong> malignida<strong>de</strong> pela elastografia 1.2. O tamanho da ACC foi<br />

significativamente maior na elastografia manual (ME) e Virtual do que no US módulo B. O maior eixo <strong>de</strong>ssa lesão mediu<br />

1.2cm (US), 2.1cm (ME) e 1.7cm (VTE) e o diâmetro médio foi <strong>de</strong> 1.07cm (US), 1.80cm (ME) e 1.55cm (VTE). A área<br />

média foi <strong>de</strong> 0.54cm² (US), 1.47cm² (ME) e 1.82cm2 (VTE). A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação da onda <strong>de</strong> cisalhamento no<br />

interior da massa pela VTE (Figura 4) foi: 7.48m/s, 7.50m/s, e 7.60m/s (média = 7.52m/s) e foi significativamente superior<br />

do que o mensurado no parênquima adjacente: 3.52m/s, 3.05m/s e 2.73m/s (média = 3.10m/s), ou seja, a massa era mais<br />

rígida do que parênquima fibroglandular. O aumento <strong>de</strong> 2.42 vezes na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação da onda <strong>de</strong> cisalhamento<br />

no interior da lesão, quando comparado ao parênquima normal, indica que ela é mais rígida do que o tecido fibroglandular,<br />

o que é mais comum nos tumores malignos. Tanto as variações <strong>de</strong> tamanho da lesão no módulo B, ME e VTE, quanto as<br />

velocida<strong>de</strong>s apuradas, foram consi<strong>de</strong>radas como suspeitas <strong>de</strong> malignida<strong>de</strong> pela elastografia1, 2 . Im<strong>por</strong>tante frisar que a<br />

lesão tumoral, tão facilmente i<strong>de</strong>ntificável pela elastografia e que se correlacionava perfeitamente com a área on<strong>de</strong> a<br />

mamografia exibia as microcalcificações suspeitas, <strong>não</strong> foi i<strong>de</strong>ntificada com a imagem US <strong>de</strong> módulo B, embora todos os<br />

critérios elastográficos fossem fortemente sugestivos <strong>de</strong> malignida<strong>de</strong>. A <strong>não</strong> i<strong>de</strong>ntificação do tumor pela US <strong>de</strong> módulo B<br />

foi interpretada como indício <strong>de</strong> que a lesão era isoecóica com o parênquima mamário adjacente (US falso-negativo) e sua<br />

fácil i<strong>de</strong>ntificação pela elastografia indicava que era mais dura do que o tecido fibroglandular ao redor – isoecóica, <strong>por</strong>ém<br />

dura. A punção aspirativa com agulha fina (PAAF), realizada em 23/09/2010, foi guiada pelo US e VTE, pois o tumor só era<br />

i<strong>de</strong>ntificável pela elastografia. Os achados citopatológicos foram consistentes com o diagnóstico <strong>de</strong> carcinoma ductal<br />

invasivo grau 2. Algumas áreas da citopatologia mostraram o padrão clássico <strong>de</strong>scrito para o carcinoma ductal in situ, com<br />

gran<strong>de</strong>s dutos rígidos, padrão cribriforme e microcalcificações, indicando que a lesão provavelmente seria<br />

predominantemente “in situ” , mas contendo áreas <strong>de</strong> invasão. O fundo apresentou dois critérios citológicos <strong>de</strong> invasão, os<br />

fragmentos fibroelastói<strong>de</strong>s e a proliferação <strong>de</strong> fibroblastos entre as células do tumor, o que garante um valor preditivo<br />

positivo para a invasão <strong>de</strong> 96%³. A cirurgia foi realizada 5 dias após o diagnóstico da PAAF e uma massa <strong>de</strong> 11 milímetros<br />

foi encontrada no QSLD e consistia em carcinoma ductal in situ com uma pequena área <strong>de</strong> invasão posterior.<br />

Discussão<br />

Página 2 <strong>de</strong> 5<br />

A VTE-ARFI é uma nova tecnologia <strong>de</strong> <strong>Elastografia</strong> que usa ondas sonoras para interrogar as proprieda<strong>de</strong>s mecânicas <strong>de</strong><br />

rigi<strong>de</strong>z do tecido. A imagem VTE é um mapa em escala <strong>de</strong> cinza qualitativo da rigi<strong>de</strong>z tecidual relativa (elastograma). A<br />

informação é computada pela imagem do <strong>de</strong>slocamento relativo dos elementos do tecido em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> um impulso<br />

acústico. Para uma <strong>de</strong>terminada imagem do elastograma, regiões muito claras do tecido são mostradas, as quais<br />

correspon<strong>de</strong>m as mais elásticas (menos duras) do que as regiões escuras. A VTE é mostrada lado a lado com a imagem<br />

correspon<strong>de</strong>nte do US convencional <strong>de</strong> módulo B, mas os limites teciduais entre as duas imagens po<strong>de</strong>m diferir, uma vez<br />

que eles estão baseados em princípios físicos distintos, o que dá origem à diferentes contrastes teciduais. O exame<br />

começa com um US <strong>de</strong> referência, o qual dará a orientação anatômica. Em seguida, um impulso <strong>de</strong> compressão é aplicado<br />

ao longo <strong>de</strong>sta linha para obter o sinal tecidual <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento e a quantificação da imagem VTE-ARFI nos tecidos, o<br />

que envolve a escolha <strong>de</strong> um alvo anatômico para interrogar suas proprieda<strong>de</strong>s elásticas com a utilização <strong>de</strong> um cursor da<br />

região-<strong>de</strong>-interesse enquanto realizamos imagem em tempo real <strong>de</strong> módulo B. No nosso caso, como a região-<strong>de</strong>-interesse<br />

<strong>não</strong> podia ser i<strong>de</strong>ntificada pelo US <strong>de</strong> módulo B, foi realizado um rastreamento <strong>de</strong> todo o QSLD, sendo cada uma<br />

http://sau<strong>de</strong>web.com.br/21993/alastografia-<strong><strong>de</strong>tecta</strong>-cancer-<strong>de</strong>-<strong>mama</strong>-nao-<strong>visto</strong>-<strong>por</strong>-ult...<br />

11/03/2012

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