Centro Pró-Vida "A Chave do Tamanho" - Belo - FGV-Eaesp
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5. O <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-vida<br />
recebe somente<br />
pessoas encaminhadas<br />
por estes órgãos.<br />
6 bairro <strong>do</strong> Barreiro. Aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s pela família, tais crianças e a<strong>do</strong>lescentes,<br />
juntamente com outros que se encontram em risco social e<br />
pessoal, são encaminha<strong>do</strong>s ao <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-<strong>Vida</strong> pelo Conselho Tutelar,<br />
pela polícia, ou pelo juiza<strong>do</strong>. 5 As crianças e a<strong>do</strong>lescentes atendi<strong>do</strong>s<br />
que não possuem necessidades especiais são as que moram em favelas<br />
próximas ao <strong>Centro</strong>. A situação de risco, no caso destas crianças e a<strong>do</strong>lescentes,<br />
é caracterizada pela extrema pobreza em que vivem e pela<br />
exposição ao tráfico de drogas. Embora não sejam abriga<strong>do</strong>s pelo <strong>Centro</strong><br />
<strong>Pró</strong>-<strong>Vida</strong>, como os porta<strong>do</strong>res de necessidades especiais aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s<br />
pela família, tal grupo desfruta <strong>do</strong>s demais serviços ofereci<strong>do</strong>s pela<br />
instituição. A realização de um trabalho que integra no mesmo espaço<br />
porta<strong>do</strong>res e não porta<strong>do</strong>res de deficiência faz parte da estratégia<br />
direcionada para a inclusão social.<br />
Os problemas mais urgentes que o <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-<strong>Vida</strong> procurou enfrentar<br />
foram o aban<strong>do</strong>no e a falta de condições satisfatórias de saúde,<br />
de alimentação e de moradia <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s, além <strong>do</strong>s problemas deriva<strong>do</strong>s<br />
de sua institucionalização, dentre eles a ausência de um ambiente<br />
que propicie a convivência em família – um lar. Os trabalhos foram<br />
dividi<strong>do</strong>s em pequenos núcleos de atendimento, numa mudança<br />
radical em relação ao modelo anterior, no qual as crianças e a<strong>do</strong>lescentes<br />
eram atendi<strong>do</strong>s coletivamente em salões <strong>do</strong>rmitórios. Em cada abrigo,<br />
até então moravam mais de 30 “meninos”, geralmente assisti<strong>do</strong>s por<br />
<strong>do</strong>is funcionários. No total, a unidade contava com seis funcionários<br />
para cuidar de 180 porta<strong>do</strong>res de necessidades especiais. A reforma<br />
<strong>do</strong>s grandes salões, transforma<strong>do</strong>s em casas para no máximo oito<br />
beneficiários, foi a primeira ação posta em prática pelo <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-<br />
<strong>Vida</strong> “A <strong>Chave</strong> <strong>do</strong> Tamanho”.<br />
Um <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> Programa é a inclusão <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s na sociedade,<br />
por meio da integração entre o <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-<strong>Vida</strong> e a comunidade.<br />
Para alcançar esse objetivo, foi preciso enfrentar as condições <strong>do</strong><br />
Barreiro, um bairro pobre e violento da periferia de <strong>Belo</strong> Horizonte.<br />
Além disso, foi necessário superar o estigma da Febem, que era considerada<br />
pela população <strong>do</strong> bairro como um “inferno”. Nenhum mora<strong>do</strong>r<br />
queria entrar para conhecer as instalações <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> <strong>Pró</strong>-<strong>Vida</strong> –<br />
em antiga unidade da Febem –, mesmo após a extinção <strong>do</strong> órgão. De