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UM DIA DA MINHA VIDA Bobby Sands

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<strong>Bobby</strong> <strong>Sands</strong><br />

—Vinte... vinte e dous... vinte e quatro... vinte e seis...<br />

—contou A.<br />

—Caminho livre! —gritou um dos rapazes quando passara<br />

o perigo.<br />

A, C e D fôrom-se da galeria e fechárom a porta do<br />

escritório de um golpe.<br />

Recobrei a calma e o meu tabaco de contrabando e<br />

pugem-me a enrolar cigarros. Tinha de ter todo preparado<br />

antes do último reconto da noite. Além disso, íamos notar a<br />

presença de B muito antes que chegasse à galeria, do bêbado<br />

que ia vir. Continuei ao meu até que todos os cigarros estivérom<br />

feitos, depois dividim-nos em dous pacotinhos, um<br />

para os companheiros do outro lado do corredor e outro<br />

para os da minha mao.<br />

Apanhei a corda que trançara com os fios dos cobertores<br />

e atei os dous pacotes num estremo. Depois atei-na<br />

a umha côdea de pam mofento para a medir. Chamei por<br />

Seán na parede.<br />

—Olá! —gritou.<br />

—Tira a mao —respondim e comecei a cambalear a<br />

corda pola janela. Quando a agarrou, expliquei-lhe o que<br />

havia em cada pacote. Dixem-lhe que lhe passasse a corda<br />

e um dos pacotes ao companheiro que ia mandar o carro<br />

ao outro extremo, para que se fosse preparando. Seán petou<br />

na outra parede da sua cela e começou a passar os cigarros.<br />

Guardei o meu e outros mais dous, para Seán e para mim,<br />

debaixo da almofada.<br />

Umha grade que se abria, um tilintar de chaves e um<br />

rosário de obscenidades anunciárom a chegada de B. Os<br />

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