UM DIA DA MINHA VIDA Bobby Sands
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Diário<br />
sufocada. Criminalizar os presos republicanos ajudaria a<br />
rematar com a luita.<br />
Oficialmente, esta gente quer que os presos dos Módulos<br />
H vivamos numhas condiçons mais humanas, segundo<br />
declaram sempre, mas a questom a tratar nom é «humanitária»<br />
e nom tem a ver com melhorar as nossas condiçons de<br />
vida. É um problema político e a soluçom deve ser política.<br />
E isto nom nos converte aos presos políticos numha elite,<br />
nem em nengum momento quigemos ser tal.<br />
Nom queremos que nos tratem como presos comuns<br />
porque nom somos criminosos. Nom cometemos delito<br />
nengum, nom sendo que o amor pola terra e o povo seja<br />
delito.<br />
Por acaso os Ingleses permitiriam que os alemans ocupassem<br />
a sua naçom? Ou os franceses fariam o mesmo com<br />
os holandeses? Os prisioneiros republicanos percebemos<br />
melhor que ninguém a carga que deve suportar umha pessoa<br />
privada da sua liberdade. Nom negamos aos presos<br />
comuns beneficiarem-se dos direitos que atingirmos e que<br />
puderem aligeirar a sua carga. De facto, no passado, todos<br />
os presos fôrom beneficiados polas revoltas republicanas<br />
nos cárceres.<br />
Lembro os fenianos e Tom Clarke, que com a sua resistência<br />
heroica ajudaram a descobrir o «terrível sistema<br />
do silêncio» nos cárceres da rainha Vitória. Ao longo das<br />
décadas há sobradas provas da vantagem que supujo para<br />
todos os presos a resistência dos presos republicanos.<br />
Infelizmente os anos, as décadas e os séculos ainda nom<br />
vírom o fim da resistência republicana nos infernais cárce-<br />
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