Mais louco - Cia. Atelie das Artes
Mais louco - Cia. Atelie das Artes Mais louco - Cia. Atelie das Artes
GERALDINE - Não sei. RANCE - Não pode revelar um segredo de confissão? Em que repugnantes ritos obscuros você foi iniciada por aquele objeto sacerdote do desconhecido? (GERALDINE SOLUÇA, INCAPAZ DE FALAR. RANCE REPENTINAMENTE ATIRA-SE SOBRE ELA E TOMA-A NOS BRAÇOS) - Deixe que eu cure a sua neorose. É o meu único desejo na vida. SRA. PRENTICE ENTRA DA FARMÁCIA COM A SERINGA NUMA BANDEJA DE RIM. SRA. PRENTICE - O que significa esse espetáculo? RANCE (AFASTANDO-SE DE GERALDINE) É um tipo novo, ainda não testado, de terapeutica. Creio que é viável, nas circunstâncias. SRA. PRENTICE - Esse tratamento tem mais probabilidades de afundar a paciente na loucura total do que de curar quem quer que seja. RANCE (VOLTANDO-SE PARA ELA COM DIGNIDADE GÉLIDA) - Ninguém com um sub-consciente tão conturbado quanto o seu pode compreender meus métodos. SRA. PRENTICE - O que é que o senhor quer dizer com isso? RANCE - Estou falando dessas aparações do penis que a senhora encontra com frequência cada vez maior. SRA. PRENTICE - Mas o senhor também viu. RANCE - E daí? Isso só prova que a senhora me contagiou com sua deonça desgraçada. (TOMA-LHE A SERINGA) SRA. PRENTICE - Quer que eu desinfete o braço da paciente? RANCE - E a senhora está pensando que eu vou desperdiçar isto aqui com ela? (ENTREGA SUA PRÓPRIA MANGA) - Com a grama a mais de 64
cinco libras, seria um crime. (INJETA-SE A SI MESMO) - Vá chamar a polícia. SRA. PRENTICE VAI PARA O HALL. RANCE POUSA A SERINGA. SRA. PRENTICE VOLTA, COM OLHAR ESGAZEADO, AS MÃOS MANCHADAS DE SANGUE. SRA. PRENTICE - Há um polícia lá fora. Está nú e coberto de sangue. RANCE - Os limites da decência já foram ultrapassados há muito tempo nesta casa. (ELE A ESBOFETEIA) -O seu subconsciente não pode ser encorajado em suas tramóias. SRA. PRENTICE (DESESPERADA, DESTRANDO AS MÃOS) - Este sangue é de verdade? RANCE - Não. SRA. PRENTICE - Mas o senhor está vendo? RANCE - Estou. SRA. PRENTICE - Então qual é a explicação? RANCE - Eu sou um cientista. Eu anuncio os fatos, não se pode esperar que forneça explicações. Rejeito todos os fenômenos para normais. É a única maneira de se permanecer lúcido. SRA. PRENTICE - Mas parece verdade. RANCE - E quem lhe dá o direito de decidir o que é a verdade? Fique onde está. Eu chamo a polícia. ELE VAI PARA O HALL. SRA. PRENTICE SE SERVE DE WHISKY. NICK APARECE NA PORTA DO JARDIM, PÁLIDO, CAMBALEANDO, SEGURANDO FERIDA NO OMBRO SANGRANDO. O SANGUE JORRA ENTRE SEUS DEDOS. 65
- Page 13 and 14: PRENTICE - Não. Ela não tem a men
- Page 15 and 16: PRENTICE ENTRA DA FARMÁCIA, EMPURR
- Page 17 and 18: como uma sugestão para o uso de ex
- Page 19 and 20: SRA. PRENTICE (ALARMADA COM SUA CON
- Page 21 and 22: RANCE - Pois que sejam soltos! Gera
- Page 23 and 24: SRA. PRENTICE (OLHANDO COM ESPANTO)
- Page 25 and 26: RANCE - Vocês, cientistas do pecad
- Page 27 and 28: PRENTICE, INTRIGADO, VOLTANDO-SE PA
- Page 29 and 30: PRENTICE - Cinco shillings! Mas ess
- Page 31 and 32: SERVE-SE DE UM WHISKY DUPLO. GERALD
- Page 33 and 34: a tarefa tornou-se evidente que o g
- Page 35 and 36: SRA. PRENTICE - Você é Geraldine
- Page 37 and 38: MATCH - Por que? GERALDINE - Porque
- Page 39 and 40: PRENTICE PASSA A MÃO PELA TESTA. S
- Page 41 and 42: RANCE - Quer dizer que prefere cont
- Page 43 and 44: SRA. PRENTICE - As objeções dela
- Page 45 and 46: PRENTICE - Protesto contra o seu en
- Page 47 and 48: PRENTICE - Vê-se logo que não foi
- Page 49 and 50: RANCE- Contribuindo para o colapso
- Page 51 and 52: RANCE - O inesperado sempre acontec
- Page 53 and 54: arrombaram o antro nauseabundo enco
- Page 55 and 56: PRENTICE (BEBENDO) - A sta. Barclay
- Page 57 and 58: RANCE (À SRA. PRENTICE) - Ao menos
- Page 59 and 60: RANCE - Você verá que as exigênc
- Page 61 and 62: PRENTICE - Quem inventou essas cal
- Page 63: RANCE (RELINCHE DE SATISFAÇÃO) -
- Page 67 and 68: JORRANDO DE SEU FERIMENTO. PRENTICE
- Page 69 and 70: PRENTICE - Isto é um novo recorde
- Page 71 and 72: (CHOROSA PARA PRENTICE) - E também
- Page 73 and 74: SRA. PRENTICE - De hoje em diante n
- Page 75: PRENTICE - Bem, sargento, nós fomo
cinco libras, seria um crime. (INJETA-SE A SI MESMO) - Vá chamar a<br />
polícia.<br />
SRA. PRENTICE VAI PARA O HALL. RANCE POUSA A SERINGA.<br />
SRA. PRENTICE VOLTA, COM OLHAR ESGAZEADO, AS MÃOS<br />
MANCHADAS DE SANGUE.<br />
SRA. PRENTICE - Há um polícia lá fora. Está nú e coberto de sangue.<br />
RANCE - Os limites da decência já foram ultrapassados há muito tempo<br />
nesta casa. (ELE A ESBOFETEIA) -O seu subconsciente não pode ser<br />
encorajado em suas tramóias.<br />
SRA. PRENTICE (DESESPERADA, DESTRANDO AS MÃOS) - Este<br />
sangue é de verdade?<br />
RANCE - Não.<br />
SRA. PRENTICE - Mas o senhor está vendo?<br />
RANCE - Estou.<br />
SRA. PRENTICE - Então qual é a explicação?<br />
RANCE - Eu sou um cientista. Eu anuncio os fatos, não se pode esperar que<br />
forneça explicações. Rejeito todos os fenômenos para normais. É a única<br />
maneira de se permanecer lúcido.<br />
SRA. PRENTICE - Mas parece verdade.<br />
RANCE - E quem lhe dá o direito de decidir o que é a verdade? Fique onde<br />
está. Eu chamo a polícia.<br />
ELE VAI PARA O HALL. SRA. PRENTICE SE SERVE DE<br />
WHISKY. NICK APARECE NA PORTA DO JARDIM, PÁLIDO,<br />
CAMBALEANDO, SEGURANDO FERIDA NO OMBRO<br />
SANGRANDO. O SANGUE JORRA ENTRE SEUS DEDOS.<br />
65