Mais louco - Cia. Atelie das Artes
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arrombaram o antro nauseabundo encontraram seu pobre corpo<br />
ensanguentado aos pés do falo obsceno e semi-erecto”. (À SRA.<br />
PRENTICE) - O meu relato “totalmente objetivo”de caso do infame<br />
assassino sexual Prentice sem dúvida acrescentará muito à nossa<br />
compreensão de tais criaturas. A sociedade tem de tomar consciência da<br />
crescente ameaça da pornografia. Todo o solapador movimento<br />
vanguardista será denunciado desmascarado o visto pelo que realmente é<br />
um instrumento para incitar cidadãos respeitáveis a cometer crimes bizarros<br />
contra a humanidade e o estado. (PARA, UM POUCO ASSOMBRADO,<br />
E LIMPA A TESTA. - A senhora tem, sob o seu teto, um dos lunáticos<br />
mais notáveis de todos os tempos. Precisamos começar a procurar o corpo.<br />
Como travesti, fetichista e assassino bi-sexual o Dr. Prentice demonstrou<br />
considerável justaposição de anomalias. Talvez possamos incluir a<br />
necrofilia. Como uma espécie de brinde extra. (PRENTICE ENTRA DO<br />
JARDIM. RANCE DÁ-LHE UM OLHAR DESDENHOSO) - O senhor<br />
confirma, doutor, que sua esposa o viu arrastando um corpo para o meio dos<br />
arbustos?<br />
PRENTICE - Confirmo. E posso explicar minha conduta.<br />
RANCE - Suas explicações não me interessa. Darei as minhas próprias.<br />
Onde está a sua secretária?<br />
PRENTICE - Eu a despedi.<br />
RANCE - Sua resposta está de acordo com a complexa estrutura da sua<br />
neurose.<br />
PRENTICE - A pessoa que a minha mulher viu não estava morta. Eles<br />
estavam dormindo<br />
RANCE (À SRA. PRENTICE ) - Ele espera uma ressurreição. <strong>Mais</strong> uma<br />
ligação com as religiões primitivas. ( A PRENTICE) - O senhor repudiou<br />
o Deus de seus pais?<br />
PRENTICE - Eu sou racionalista.<br />
RANCE - Não é racional ser racionalista num mundo irracional.<br />
(PEGANDO A PERUCA E OS SAPATOS) - Era sua intenção usar isto<br />
para excitação auto-erótica?<br />
PRENTICE - Não. Eu sou um homem inteiramente normal.<br />
RANCE - (A SRA. PRENTICE) - Sua crença na normalidade é<br />
inteiramente anormal. (A PRENTICE) - A moça foi morta antes ou depois<br />
do senhor tirar a roupa dela?<br />
PRENTICE - Ele não era uma moça. Era um homem.<br />
SRA. PRENTICE - Ele estava usando um vestido.<br />
PRENTICE - Mas mesmo assim era homem.<br />
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