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Mais louco - Cia. Atelie das Artes

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sentimentos normais., ele persuade seus amiguinhos a se vestirem com<br />

roupas femininas. Com isso já expliquei por que ele andava atrás de roupas<br />

femininas. E a medida que sua neurose for evoluindo poderemos decidir<br />

mais facilmente se ele quer que os seus menininhos tomem o lugar da<br />

mulher, da paciente, ou da secretária.<br />

SRA. PRENTICE - E por que foi que ele atacou o polícia?<br />

RANCE - Pura loucura. Nada mais.<br />

SRA. PRENTICE - Há quanto tempo o senhor acha que meu marido está<br />

<strong>louco</strong>?<br />

RANCE - Eu localizo as origens da doença nos idos da primeira carta<br />

escrita a um jornal. Das surpreendentes idéias do Dr. Goobberls sobre o<br />

funcionamento do órgão sexual masculino não há mais que um passo<br />

pequeno e lógico até a fabricação de bruxinhas de pano. Trata-se de na<br />

verdade uma tentativa de se alterar a ordem da criação - e o<br />

homossexualismo se enquadra aqui. - por meio de experiências com magia<br />

negra. A denúncia de roubo <strong>das</strong> partes puden<strong>das</strong> de uma figura pública<br />

muito conhecida se adapta muito bem a esta teoria. Macacos me mordam se<br />

não estamos diante de um caso de culto fálico (RELINÇÃO DE RISO).<br />

Com a publicação de tudo isto eu ficarei rico. Minha pequena novela de<br />

gênero “gênero documentário”terá doze edições consecutivas, quebrando<br />

recordes a cada passo. Poderei deixar a Superintendência para tornar-me o<br />

centro <strong>das</strong> atenções de todos aqueles que, como eu mesmo, descobrem que a<br />

iniquidade alheia é uma nina de ouro.<br />

SRA. PRENTICE (BEBENDO WHISKY COM UM ARREPIO) - Que<br />

história horrenda. Se fosse ficção, eu a condenaria em termos<br />

excpencionalmente fortes.<br />

RANCE - Não poderei mais convidar o Dr. Prentice para inaugurar nossa<br />

Feira da Saúde Mental. (APERTANDO OS LÁBIOS) - Terei de apelar<br />

para um dos membros do Gabinete menos desequilibrados. ( A SRA.<br />

PRENTICE PEGA UMA CAIXA VERMELHA NO CHÃO PERTO<br />

DA MESA. RANCE NOTA IMEDIATAMENTE). O que é isso?<br />

SRA. PRENTICE - Uma caixa de pílulas. Está vazia.<br />

RANCE AGARRA-A.<br />

RANCE - Ele tomou uma dose excessiva. Temos aqui uma prova terrível de<br />

conflito. Sua mente torturada, buscando alívio, levou-o a uma tentativa de<br />

auto-destruição.<br />

SRA. PRENTICE (VIOLENTO CHOQUE E SURPRESA) - Suicídio?<br />

Mas que coisa inesperada.<br />

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