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intromissão com naturali<strong>da</strong>de:<br />
—Quando ele, Samuel, deu entra<strong>da</strong> no hospital, os enfermeiros que o<br />
atenderam juram que ele estava mortinho <strong>da</strong> silva. Tiraram o pulso,<br />
batimentos cardíacos e tudo o mais. Na<strong>da</strong>. Estava morto segundo os<br />
equipamentos e os próprios olhos. Um dos enfermeiros ficou lá,<br />
esperando o outro trazer o clínico geral para <strong>da</strong>r fim naquela história.<br />
Mas quando os dois chegaram, o enfermeiro estava caído no chão,<br />
morto. — O homem apanhou um copo d’água e deu a Jeff. — Mais<br />
espantado ficou o outro enfermeiro, ao ver o defunto acocorado num<br />
canto do quarto, respirando, vivinho <strong>da</strong> silva. Segundo o médico, o<br />
enfermeiro morto foi vítima de um ataque do coração, <strong>da</strong>queles fulminantes.<br />
Eu acho que ele morreu foi é de susto. — concluiu.<br />
—Como é o nome do irmão desse cara, o Samuel? — perguntouPablo.<br />
—Ele é um mer<strong>da</strong>. — respondeu Jeff.<br />
—Concordo com o senhor, mas diga-me o nome dele. — insistiu.<br />
—É Gregório. Um filho <strong>da</strong> puta... Por que está tão interessado<br />
naquele corno?<br />
—Pensei que o conhecesse. Tenho um amigo com esse nome, mas<br />
seria muita coincidência estarmos falando do mesmo homem. —<br />
desconversou Pablo. — Quanto deu a conta, meu amigo?<br />
— Sete paus.<br />
Ney desembolsou o dinheiro, os dois despediram-se e saíram do bar,<br />
compraram refrigerantes na máquina e sentaram-se no carro aguar<strong>da</strong>ndo Jeff.<br />
Era por volta de uma hora <strong>da</strong> tarde quando estacionaram na rua do<br />
beberrão. Seguiram Jeff até lá, sem que ele percebesse. Bateram na porta <strong>da</strong><br />
casa de madeira e esperaram o homem atender.<br />
—Que mer<strong>da</strong> estão fazendo aqui?<br />
Jeff estava completamente embriagado.<br />
—Isso são modos de tratar amigos? — brincou Pablo.<br />
--- Vocês não são meus amigos. Se querem confusão, vão encontrar,<br />
ameaçou o bêbado.<br />
— Uh! Calma lá, valentão. Viemos propor um negócio; acho que você<br />
vai gostar. — esclareceu Pablo.<br />
Ele ficou parado um momento, assimilando as palavras.<br />
—Que trabalho vocês teriam pra mim?