O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

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doutor aplicava respiração boca-a-boca e massagem cardíaca. Samuel chegou bem perto a fim de identificar o ferido. Seus olhos se arregalaram. Empalideceu e sentiu a cabeça tomar um choque. —Meu Deus do céu... — murmurou, quase sem voz. — Não pode ser verdade... —Vamos, Samuel. Temos de levá-lo ao Municipal. Já! — ordenou o médico.
Capítulo 08 O OLHO ESQUERDO DOÍA à beça. Os dois homens o surraram por mais de hora e meia, sem intervalo para comerciais. Por sorte, já estavam cansados. Renan cuspiu sangue e mais um dente. Já devia ter anoitecido. Não vinha muito barulho da rua. O lábio superior e o nariz estavam tão inchados que pareciam massa de carne defeituosa. Estava classicamente amarrado a uma cadeira, mais desconfortável do que o comum. Sua cara permanecia colada ao chão para diminuir o mal-estar que a posição causava. Estava preso no galpão há dois dias. Na noite anterior, acreditava que o parceiro havia tido algum contratempo. Mas naquela noite, pensava diferente. Sabia que nunca mais veria seu mentor. Sabia que fora trocado por um bom punhado de coca. Cuspiu novamente. Um incisivo rolou para fora da boca destruída. Não, Gregório não voltaria mais, Renan sabia. Agora sabia que Gregório era só mais um filho da puta, e seu rosto camarada misturava-se e diluía-se na legião de outros camaradas que conhecera. Na verdade, não era com Gregório que se preocupava naquele instante. Seu problema tinha outro nome e sotaque hispânico: Pablo. Renan não pôde olhar para o relógio de pulso (ainda teria um relógio de pulso?), mas sabia que não tinha mais tempo. Pablo viria a qualquer momento. Como seria morto? Só não queria ser afogado nem queimado. Não tinha mais lágrimas nem preocupação. Um chute com o bico de uma bota o fez desmaiar. O homem de colete colocou a cadeira de pé e olhou para o relógio. Sabia que estava na hora do chefe chegar. A cabeça do guri pendia pro lado esquerdo, e o olho estava afundado na órbita, gotejando sangue. A fisionomia deformada do garoto estava repugnantemente perfeita. A porta da frente abriu, iluminando debilmente o pátio do galpão. Era Pablo. Vestia um sobretudo escuro, encharcado pela chuva, e luvas de couro preto. Avançou em passes lentos, parando a uns três metros do guri. Olhou para o rapaz com ar de repulsa. Consultou o relógio. Gregório ainda tinha um minuto e meio. Pablo irritou-se. —Quem fez isso com o garoto? —Foi eu. — respondeu o homem de colete. —Claro! — vociferou Pablo. — Você anda esquisito esses dias, Jorge. Gregório poderia ter chegado agora, agorinha mesmo. E o que ia encontrar? Hein? Seu palerma! — O traficante moveu-se irritado, encarando o comparsa. — Eu cumpro meus tratos! O menino deveria estar intacto. Cê tá me entendendo? Tá entendendo, mula?! — Pablo continuou gritando; o de colete ficou desconcertado, pois não esperava aquela reação por parte do chefe.
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com cara de demônios (ao menos era
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Gregório arrastou Ivan para longe,
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as escoras gigantes. Apanhou um blu
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era um soldado do Sofia. O chefe do
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três pessoas ali dentro, executand
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Ela estava bem melhor, ainda sonole
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Capítulo 17 O DESPERTADOR DISPAROU
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— E aí, velho amigo? Quanto temp
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— Dá tchau pra todo mundo. Agora
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com o cano apontado para sua cabeç
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patrão. Depois, as perguntas sobre
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Capítulo 18 As SETE HORAS DA MANH
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—Sem chance. — sentenciou Tôni
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desperto e não poderá mais vaguea
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Capítulo 19 O GRUPO DE ORAÇÕES e
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humano. Sentia o corpo queimar, pre
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Ramiro estava atrás da turma, anda
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Capítulo 20 NAQUELA NOITE, OS ANJO
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caminho e eram vivas como o brilho
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céu. Eventualmente Samuel percebia
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xingavam, tornando o céu ainda mai
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arrancando-a aos poucos. Inerte, se
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Sandra, esposa do pastor Durval, ab
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que o havia atingido e deparou-se c
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Samuel olhou para a estrada, perceb
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— Bom movimento, pastor. Mas aind
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Escuridão. Semi-indestrutíveis. P
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—Eu te avisei! —Amigo de asas,
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que meu exército usará do direito
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Tônico virou, debatendo-se contra
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Uma hora depois, o investigador Tat
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Abriu os olhos com dificuldade e vi
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Genaro atravessou com a espada a ga
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ombardeou o grupo. —Que merda é
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— Cê num saiu ainda? Diacho! Que
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protegê-lo; ele será uma peça im
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A velha capela ficava a dezesseis m
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Jonas lembrou-se dos cães mortos.
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Por dois segundos, Gauchão sentiu
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quando eram repartidos pelas espada
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— Vocês saíram hoje para procur
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um anjo negro. Não é um cão. Voa
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vivo. Era um cheiro atraente, ao me
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Doglinhas. Um rastro farto de sangu
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que cessou logo. Thal parecia recup
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—Amigo, quanto tempo, hein? — c
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os anjos de luz. Esses, sim, maneja
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podem. Seu Deus não virá salvar s
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Thal, por estratégia, estava aloca
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eficiente golpe, enquanto a perna e
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naquele instante era um talk-show p
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o bem e o mal. Jeová e Satanás em
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vampiro notou que vez por outra uma
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o novo ataque do exército negro. N
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deliciosa, ofertando as partes mais
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Todos estavam na sacristia. Gregór
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tentando cavar uma saída pela pare
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Os anjos feridos melhoravam bastant
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Thal gritou. O corpo impactou-se co
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lata iniciou uma série de piscadel
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— Não me provoque, filho de uma
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tornando os corpos dos anjos enfraq
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impossível saber. No mínimo, trê
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campo visual, Tatá localizou Greg
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sem coragem de entrar no tiroteio.
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Mael, comandante do quinto pelotão
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Clic! O som do cano da pistola bate
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que já tinham ouvido. A figura, ex
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Uma colossal onda de demônios, cap
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alcançou o cão, antes que lhe def
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não é fixa, tem hora que parece m
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os passantes. Mudou de idéia quand
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Drekul, anjo-negro, destruíra inú
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Vera correu mais rápido, esperando
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duzentos e um guerreiros. Eram infe
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mas de alguma maneira mantinha-se s
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—Por favor, comando, suspenda a o
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—Prossiga, Olho 2. O piloto conti
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—Abram fogo! — gritava Mendonç
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Capítulo 25 No NECROTÉRIO DO HOSP
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—Seu cão, Khel, tomou a alma de
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