O Senhor da Chuva - Jovem Sul News
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errei. O Matador 1 abriu um sorriso largo. Estavam certos. Aquelas coisas não eram inimigas, eram criaturas de energia pura, eram anjos. Depois de repetir a operação mais uma vez sem sucesso, o Guerreiro 1 recebeu permissão para voltar à base. O comando decidiu encerrar a operação. Os pontos continuaram nos monitores até uma e vinte e três da manhã, quando desapareceram todos de uma só vez, como mágica, como se nunca tivessem estado ali. Seria mais um dos "eventos" que as Forças Armadas manteriam vedado a todo custo. Meia-noite e quarenta e oito. A única preocupação que os anjos tiveram foi que as aeronaves não atingissem os humanos que se agruparam ao redor. As aeronaves desistiram, por fim. O céu voltara a ficar silencioso e solitário. A chuva tornara-se agora um garoa fina e compacta, irritante aos humanos. Alguns minutos após o término da batalha, muitos anjos começaram a dispersar, retornando para a Casa Celestial. Thal, após contemplar a vitória, apagou o sorriso e decolou, seguido por alguns companheiros. Rumava ao encontro de Gregório. Voou lentamente ao celeiro e entrou pelo telhado, através do grande buraco feito antes, mas poderia tê-lo transpassado tranqüilamente, como de costume; afinal, a energia vinda da Casa Celestial já tinha amainado em milhares de vezes após terem cumprido seu papel. Tornaram-se invisíveis novamente. A energia, vinda das orações, era canalizada agora para a Casa Celestial e seria usada para curar anjos que, por ventura, permanecessem enfermos. A energia que pulsava em seu corpo vinha da alegria do contato com a chuva. Thal olhou ao redor. O homem não estava. Tocou o solo, deixando o dedo absorver um pouco do sangue coagulado do mortal. Atravessou o celeiro apressado.
Capítulo 25 No NECROTÉRIO DO HOSPITAL, o corpo morto de Gregório não ouvia mais nada. O tilintar de uma goteira no canto da sala, caindo num balde de metal, quebrava o silêncio. Gregório queria virar a cabeça, mas o corpo não obedecia. Queria abrir os olhos e não podia. O corpo estava morto, e a alma, enclausurada naquela casca falida. Assustou-se. Subitamente, um clarão fabuloso atravessou suas pálpebras, e a luz normalizou-se aos poucos. O silêncio era ainda mais profundo, e uma pressão comprimia-lhe os tímpanos. Como poderia ter aquela sensação? Estava morto! Gregório queria gritar. Era horrível ficar imobilizado dentro do corpo morto. E se as criaturas viessem buscá-lo? A luz atravessava a pálpebra. O medo foi dissolvendo-se, fraco, irresistível. A luz penetrava sua carne e atingia seu espírito. Paz. A luz permitiu-lhe ver. Estava vendo! Estava numa sala de hospital... um necrotério.. No canto de seu quadro visual, notou mais uma vez o amigo, aquele com asas. Então isso era morte?... O amigo aproximou-se e estendeu a mão. — Venha, Gregório. Não há mais nada para você aqui. Gregório agarrou a mão do anjo, abandonando o corpo morto, e lançou um último olhar para trás. Nenhum som. Um corpo coberto por um lençol. — Ei, amigo... não se arrependa. — disse o anjo docemente. — Tudo será diferente; enxugue essa lágrima. É hora de alegria, moço. Gregório percebeu o corpo iluminado como o do anjo e a pele com a mesma cor de cobre. Thal conduziu Gregório pela mão através da parede e ambos foram se juntar aos anjos que escoltavam o general. Gregório inspirou fundo. Seria verdade? Vida após a morte... tanta confusão. Enxugou as lágrimas com as costas das mãos. Vera... Renan... Olhou para o céu. As nuvens grossas rolavam ligeiras, empurradas pelo vento. A garoa batia em seu rosto. Gostoso. —Você me ajudou muito; tenho uma dívida que nunca poderei pagar. — tornou a voz poderosa do anjo garboso. —Mas vocês não podem tudo? — Gregório percebeu que a voz mudara; tinha agora um quê metálico... uma voz sobrenatural. —Não é bem assim. Uma ambulância passou sem ver o grupo de anjos que andavam com Gregório. O silencioso giroflex transmutou temporariamente a cor das criaturas
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O Matador 1 abriu um sorriso largo. Estavam certos. Aquelas coisas não<br />
eram inimigas, eram criaturas de energia pura, eram anjos.<br />
Depois de repetir a operação mais uma vez sem sucesso, o Guerreiro 1<br />
recebeu permissão para voltar à base.<br />
O comando decidiu encerrar a operação. Os pontos continuaram nos<br />
monitores até uma e vinte e três <strong>da</strong> manhã, quando desapareceram todos de uma<br />
só vez, como mágica, como se nunca tivessem estado ali.<br />
Seria mais um dos "eventos" que as Forças Arma<strong>da</strong>s manteriam ve<strong>da</strong>do a<br />
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Meia-noite e quarenta e oito.<br />
A única preocupação que os anjos tiveram foi que as aeronaves não<br />
atingissem os humanos que se agruparam ao redor. As aeronaves desistiram,<br />
por fim. O céu voltara a ficar silencioso e solitário. A chuva tornara-se agora um<br />
garoa fina e compacta, irritante aos humanos. Alguns minutos após o término<br />
<strong>da</strong> batalha, muitos anjos começaram a dispersar, retornando para a Casa<br />
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Thal, após contemplar a vitória, apagou o sorriso e decolou, seguido por<br />
alguns companheiros. Rumava ao encontro de Gregório.<br />
Voou lentamente ao celeiro e entrou pelo telhado, através do grande<br />
buraco feito antes, mas poderia tê-lo transpassado tranqüilamente, como de<br />
costume; afinal, a energia vin<strong>da</strong> <strong>da</strong> Casa Celestial já tinha amainado em<br />
milhares de vezes após terem cumprido seu papel. Tornaram-se invisíveis<br />
novamente. A energia, vin<strong>da</strong> <strong>da</strong>s orações, era canaliza<strong>da</strong> agora para a Casa<br />
Celestial e seria usa<strong>da</strong> para curar anjos que, por ventura, permanecessem<br />
enfermos. A energia que pulsava em seu corpo vinha <strong>da</strong> alegria do contato com<br />
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Thal olhou ao redor. O homem não estava. Tocou o solo, deixando o dedo<br />
absorver um pouco do sangue coagulado do mortal. Atravessou o celeiro<br />
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