O Senhor da Chuva - Jovem Sul News
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Silêncio na torre. —...Têm asas, são altos... —Como anjos, senhor! Tenho certeza que são anjos. — completou o Olho 3. —Torre, pode me confirmar a posição da Mãe? — interrompeu o Olho 2, que partira em busca da Casa Celestial. —Anjos?! Mas que merda é essa? — inquiriu a torre, ignorando o Olho 2. —Se não são anjos, eu não sei o que são. — arrematou o Olho 1. —São anjos. — afirmou o Olho 3. —Anjos... anjos bíblicos? Com asinhas... — interrogou o comando. —Eles têm pele cor de bronze, vestem túnicas, as asas são lindas e enormes... reluzentes... Santo Deus! Do que nós estamos falando? — espantou-se consigo mesmo o Olho 3, sentindo uma vertigem, batendo com a mão no capacete. O brigadeiro Mendonça desligou o microfone antes de conversar com os oficiais. —Pode ser uma nova tecnologia. Trajes. São brilhantes porque emitem calor. Acredito que sejam trajes que fazem voar; não são anjos bosta nenhuma. —Torre, preciso da confirmação sobre a Mãe, você está copiando? —Copiando, Olho 2. Um segundo, por favor. — O comandante de operações checou os instrumentos. — Você está a vinte segundos da posição e seus instrumentos estão corretos... —Então ela ainda está lá? —Está, Olho 2. —Bem... pelo tamanho da coisa, se ela estivesse aqui eu já teria visto, concorda? —Correto, Olho. Sua altura é suficiente para visualização sem aparelhos. Se a Mãe emite luz como as naves, você estaria sob ela agora. —Torre, eu não vejo nada aqui. Nada anormal, exceto... — o piloto calou-se.
—Prossiga, Olho 2. O piloto continuou calado, mas com o rádio aberto, pois ouviam claramente sua respiração controlada e pausada. — Torre, Olho 1 e 3 pedindo permissão para nova incursão, senhor. O brigadeiro balançou a cabeça negativamente. —...exceto... esta sensação... —Negado, Olho 1 e 3. Retorno para a base imediatamente; isto é uma ordem, estão ouvindo? —Positivo, controle. Olho 1 e 3 retornando. —Matadores, tomem curso, nariz para duas horas, ataque com canhões de repetição, desativar mísseis ar-ar. — instruiu o comando. —Positivo, torre. Matadores 1, 2 e 3 procedendo. Nariz duas horas, velocidade baixa. —Padrão de formação inimiga estável. Atirar à vontade. Quero o máximo deles no chão. Vamos estudar essa tecnologia. —Entendido, torre. Matadores 2 e 3, atirar ao meu comando. Formação estendida, penetração do líder. —Entendido. — responderam os Matadores 2 e 3. —Olho 2, repita sua última mensagem. — ordenou o comando. —Está tudo bem, torre. Só disse que tive uma sensação boa, uma paz imensa. —Retorne para a base imediatamente, Olho 2. Cheque a mistura de seu oxigênio. Pode me passar a leitura, por favor? — Está normal, controle, não estou ficando dopado, ainda. —Retorne para a base, piloto, retorne agora. —Entendido. Olho 2 abandonando posição, agora. — O piloto soltou a nave num mergulho ligeiro, deixando o céu limpo e estrelado para ganhar as nuvens, sobrevoando a tempestade, com relâmpagos potentes iluminando o chão vaporoso que quase lambia a barriga do avião da FAB. Com formação estendida, o líder do grupo Matador entrou antecipadamente na área de combate. Ouvira o espanto dos pilotos de reconhecimento. Era possível que estivessem sendo vítimas de alguma ilusão de óptica, por isso resolvera verificar ele próprio. Os parceiros o seguiam
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—Prossiga, Olho 2.<br />
O piloto continuou calado, mas com o rádio aberto, pois ouviam<br />
claramente sua respiração controla<strong>da</strong> e pausa<strong>da</strong>.<br />
— Torre, Olho 1 e 3 pedindo permissão para nova incursão, senhor.<br />
O brigadeiro balançou a cabeça negativamente. —...exceto... esta<br />
sensação...<br />
—Negado, Olho 1 e 3. Retorno para a base imediatamente; isto é uma<br />
ordem, estão ouvindo?<br />
—Positivo, controle. Olho 1 e 3 retornando.<br />
—Matadores, tomem curso, nariz para duas horas, ataque com canhões<br />
de repetição, desativar mísseis ar-ar. — instruiu o comando.<br />
—Positivo, torre. Matadores 1, 2 e 3 procedendo. Nariz duas horas,<br />
veloci<strong>da</strong>de baixa.<br />
—Padrão de formação inimiga estável. Atirar à vontade. Quero o máximo<br />
deles no chão. Vamos estu<strong>da</strong>r essa tecnologia.<br />
—Entendido, torre. Matadores 2 e 3, atirar ao meu comando.<br />
Formação estendi<strong>da</strong>, penetração do líder.<br />
—Entendido. — responderam os Matadores 2 e 3.<br />
—Olho 2, repita sua última mensagem. — ordenou o comando.<br />
—Está tudo bem, torre. Só disse que tive uma sensação boa, uma paz<br />
imensa.<br />
—Retorne para a base imediatamente, Olho 2. Cheque a mistura de seu<br />
oxigênio. Pode me passar a leitura, por favor?<br />
— Está normal, controle, não estou ficando dopado, ain<strong>da</strong>.<br />
—Retorne para a base, piloto, retorne agora.<br />
—Entendido. Olho 2 abandonando posição, agora. — O piloto soltou<br />
a nave num mergulho ligeiro, deixando o céu limpo e estrelado para<br />
ganhar as nuvens, sobrevoando a tempestade, com relâmpagos<br />
potentes iluminando o chão vaporoso que quase lambia a barriga do<br />
avião <strong>da</strong> FAB.<br />
Com formação estendi<strong>da</strong>, o líder do grupo Matador entrou antecipa<strong>da</strong>mente<br />
na área de combate. Ouvira o espanto dos pilotos de reconhecimento.<br />
Era possível que estivessem sendo vítimas de alguma ilusão de<br />
óptica, por isso resolvera verificar ele próprio. Os parceiros o seguiam