O Senhor da Chuva - Jovem Sul News
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Capítulo 24 THAL DESCEU VELOZ, cheio de vida, e bateu contra o chão. Enterrou a espada vitoriosa no pasto e olhou para seus guerreiros. Estavam todos lá, os mil e duzentos. Abriu um sorriso glorioso. A todos os inimigos tinham derrubado. A chuva lavava o gramado extenso, levando embora os espectros dos demônios vencidos. O vento carregava o que restava das nuvens amareladas e do cheiro de enxofre. Quanto tempo durara o último embate? Trinta minutos? Vinte? Com os mil e duzentos guerreiros junto dele, energizados pelas orações e pela providencial corrente elétrica vinda do céu, a proporção de cinco demônios para cada anjo não foi problema. As feras foram espremidas e caçadas; a temível liberdade para capturar as almas humanas fora banida. Alguns generais demoníacos, percebendo a derrota iminente, bateram asas e desapareceram no céu. Carregariam a vergonha da derrota para muito longe e tramariam novo ataque quando pudessem reaver suas honras. Thal encheu o peito de ar. Estava puro. Nada de enxofre. Aqueles aviões pequeninos voando ao redor do conglomerado de anjos... que queriam? Certa energia negativa chegara a fluir daquelas aeronaves, cortando por um breve instante a concentração do guerreiro-líder durante a batalha, ao efetuar disparos contra c gramado, mas agora sentia-se bem em ver-se admirado pelos olhos humanos. Fazia muito tempo, milhares de anos, que aquilo fora possível... uma multidão enxergá-los. Podia ver a emoção estampada nas faces de muitos humanos. Certamente, depois daquela noite, os fiéis redobrariam sua fé em Deus. Que testemunho poderia ser mais contundente do que aquela reunião de anjos e humanos? Cantariam glória e levariam o história daquela batalha para os quatro cantos da Terra. Crianças corriam entre os guerreiros, que, calmos, não evocavam temor algum. O rosto dos anjos de luz resplandecia em bondade e serenidade. Os humanos podiam ver que os anjos estavam felizes. Fosse o que fosse a razão daquela aglomeração, as orações tinham surtido o efeito esperado. Não havia mais agonia pairando no ar nem mal-estar. Os anjos tinham libertado suas almas do jugo maligno dos senhores das trevas. Thal ergueu a cabeça para o céu. Da igreja, ainda escapava o facho de energia das orações. Muita gente estava dentro do templo orando fervorosamente. Seu sorriso sumiu. O humano... Gregório.... Thal estendeu as asas. Um homem brincando de cavalinho com a filha afastou-se surpreendido. Que criatura magnífica! Que experiência viviam! Quem iria acreditar naquilo?! O anjo bateu as asas rapidamente e alçou vôo. O rapaz estava morto,
mas de alguma maneira mantinha-se sintonizado. Apressou a jornada. Gregório sentia medo. Minutos atrás, quando os aviões alcançaram Belo Verde, os anjos estavam bastante agitados. Os Tucanos, prioritariamente, estavam em missão de reconhecimento e observação. Os pilotos ativaram os equipamentos, preparando uma bateria de exames e registros, pois o fenômeno deveria ser esclarecido e estudado minuciosamente. Poderiam ter o mais espantoso caso de contato extra-terreno acontecendo ali, bem debaixo de seus narizes. Ainda estavam a alguns quilômetros quando os pilotos, com auxílio de câmeras especiais, conseguiram visualizar os "invasores". Eram "coisas" de três metros de comprimento. Pequenas aeronaves, possivelmente, pois voavam com agilidade e desenvoltura. Se conseguissem chegar bem perto, certamente eliminariam a dúvida. O radar estava cheio de apontamentos, captando centenas de pontos de luz, evoluindo em todas as direções. O ronco dos motores dos aparelhos Tucanos chegou à igreja, fazendo as paredes estremecer. O piloto olhava ora para a esquerda, ora para a direita. Era incrível. Estavam agora sobre o lugar. —Piloto do Olho 1 para torre, câmbio. — começou, provocando um ruído de estática no início da mensagem. —Sim, Olho 1, estamos na escuta, câmbio. — respondeu a voz anasalada pelo rádio. —Senhor, eles existem mesmo, são milhares, estão por todos os lados lá embaixo. —Como são? —Parecem pequenas aeronaves... —Estão interagindo com a cidade, atacando as pessoas? —Acredito que não, senhor. Estão um pouco afastados do centro civil, numa espécie de clareira, de pasto, numa fazenda para gado. Fazem evoluções curtas, uma dança, coreografia, sei lá. Vou voltar mais baixo. —Positivo; quero vocês três o mais próximo possível. Tomem cuidado, rapazes. —Olho 2 para torre... —Prossiga. —Primeira bateria de dados captada, senhor. Entrando na fase 2, partindo
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Capítulo 24<br />
THAL DESCEU VELOZ, cheio de vi<strong>da</strong>, e bateu contra o chão. Enterrou a<br />
espa<strong>da</strong> vitoriosa no pasto e olhou para seus guerreiros. Estavam todos lá, os<br />
mil e duzentos. Abriu um sorriso glorioso. A todos os inimigos tinham<br />
derrubado. A chuva lavava o gramado extenso, levando embora os espectros<br />
dos demônios vencidos. O vento carregava o que restava <strong>da</strong>s nuvens<br />
amarela<strong>da</strong>s e do cheiro de enxofre. Quanto tempo durara o último embate?<br />
Trinta minutos? Vinte? Com os mil e duzentos guerreiros junto dele,<br />
energizados pelas orações e pela providencial corrente elétrica vin<strong>da</strong> do céu, a<br />
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Alguns generais demoníacos, percebendo a derrota iminente, bateram<br />
asas e desapareceram no céu. Carregariam a vergonha <strong>da</strong> derrota para muito<br />
longe e tramariam novo ataque quando pudessem reaver suas honras.<br />
Thal encheu o peito de ar. Estava puro. Na<strong>da</strong> de enxofre.<br />
Aqueles aviões pequeninos voando ao redor do conglomerado de anjos...<br />
que queriam? Certa energia negativa chegara a fluir <strong>da</strong>quelas aeronaves,<br />
cortando por um breve instante a concentração do guerreiro-líder durante a<br />
batalha, ao efetuar disparos contra c gramado, mas agora sentia-se bem em<br />
ver-se admirado pelos olhos humanos. Fazia muito tempo, milhares de anos,<br />
que aquilo fora possível... uma multidão enxergá-los. Podia ver a emoção<br />
estampa<strong>da</strong> nas faces de muitos humanos. Certamente, depois <strong>da</strong>quela noite, os<br />
fiéis redobrariam sua fé em Deus. Que testemunho poderia ser mais<br />
contundente do que aquela reunião de anjos e humanos? Cantariam glória e<br />
levariam o história <strong>da</strong>quela batalha para os quatro cantos <strong>da</strong> Terra. Crianças<br />
corriam entre os guerreiros, que, calmos, não evocavam temor algum. O rosto<br />
dos anjos de luz resplandecia em bon<strong>da</strong>de e sereni<strong>da</strong>de. Os humanos podiam<br />
ver que os anjos estavam felizes. Fosse o que fosse a razão <strong>da</strong>quela<br />
aglomeração, as orações tinham surtido o efeito esperado. Não havia mais<br />
agonia pairando no ar nem mal-estar. Os anjos tinham libertado suas almas do<br />
jugo maligno dos senhores <strong>da</strong>s trevas.<br />
Thal ergueu a cabeça para o céu. Da igreja, ain<strong>da</strong> escapava o facho de<br />
energia <strong>da</strong>s orações. Muita gente estava dentro do templo orando<br />
fervorosamente. Seu sorriso sumiu. O humano... Gregório.... Thal estendeu as<br />
asas.<br />
Um homem brincando de cavalinho com a filha afastou-se surpreendido.<br />
Que criatura magnífica! Que experiência viviam! Quem iria acreditar naquilo?!<br />
O anjo bateu as asas rapi<strong>da</strong>mente e alçou vôo. O rapaz estava morto,