O Senhor da Chuva - Jovem Sul News
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Gregório e Pablo estavam separados por três metros apenas; nenhum erraria. Gregório decidiu ser o primeiro a atirar. Teria confusão para o resto da vida se deixasse aquele porco vivo, e o que menos queria eram problemas para o povo da fazenda. Puxou o gatilho.
Clic! O som do cano da pistola batendo sem produzir a explosão gelou o sangue de ambos. A única coisa que Gregório teve tempo de ver foi um enorme sorriso brotando na boca de Pablo. — Paaaaaauuuu! — a pistola de Pablo não falhou. Gregório já conhecia a sensação de ter o corpo atingido. O ar fugiu do pulmão perfurado; o corpo inteiro fraquejou. Afinal, não era tão poderoso como imaginava; era vulnerável. Entretanto, percebeu que não ia desfalecer, sequer cair. Continuou de pé, arqueando o corpo para frente. O sangue tingiu as mãos, que foram ao ferimento. Tatá saiu do esconderijo aos berros. Os outros também. De repente, todo mundo ficou corajoso dentro do galpão. Os homens de Pablo, exceto o velho Gê, abriram fogo, obrigando Tatá a jogar-se no chão, evitando os tiros. Gregório, impossibilitado de correr, recebia toda a carga no peito e nas pernas. Eram tiros potentes, de calibre doze. As espingardas não se calaram até o último cartucho vazio bater no chão. O peito de Gregório transformara-se numa espécie de pasta de sangue e de carne picada, pesado demais. Pablo e os três atiradores mantiveram uma expressão de assombro por dois silenciosos minutos, porque, durante esse espaço de tempo, mesmo depois de descarregar as armas à queima-roupa em cima do pobre diabo, Gregório permanecia de pé. Ele não sentia dor, apenas a sensação de que a bateria interna tinha descarregado rapidamente, por completo. Seguiu-se um silêncio sepulcral. A fumaça escapava das armas. Ninguém disse nada, ninguém fez nada. Estavam estáticos, esperando. Esperando o morto-vivo despencar. Então, para Gregório, o celeiro encheu-se de luz. Estava ficando cego com tamanha intensidade. Finalmente, deixou o corpo despencar e bater violento contra o chão. Seu sangue esvaía com velocidade impressionante. O rosto ficou pálido, branco feito leite. A luz intensificou-se até que ele não conseguia enxergar nada... a não ser ...a não ser aquela silhueta que já vira em algum lugar, em algum momento passado... familiar. Aquele rosto cor de bronze, parecido com o de um bom amigo. Um amigo cor de bronze, que de segundos em segundos adquiria uma armadura de luz igual à que Gregório vira nele mesmo, em seu próprio corpo mortal. Aquele amigo, que certamente estivera com ele naqueles dias estranhos... aquele amigo que tinha tão lindas asas. Gregório sorriu para ele. Aquilo... ele, o amigo, Gregório sabia, era um anjo... um anjo celeste, um anjo de luz. Thal levantou-se livre do corpo de Gregório. Ao vislumbrar o aco-lhedor mortal ferido, o anjo encheu-se de emoção. Mesmo sabendo que cada segundo no campo de batalha era precioso, botou um joelho no chão, arqueando-se sobre Gregório. Não estranhou. Estavam unidos por tanto
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Gregório e Pablo estavam separados por três metros apenas; nenhum<br />
erraria. Gregório decidiu ser o primeiro a atirar. Teria confusão para o resto <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> se deixasse aquele porco vivo, e o que menos queria eram problemas<br />
para o povo <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>. Puxou o gatilho.