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O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

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Mael, coman<strong>da</strong>nte do quinto pelotão, desembainhou a espa<strong>da</strong> de luz e<br />

ordenou o ataque. Seus olhos perceberam que a on<strong>da</strong> que se aproximava a to<strong>da</strong><br />

carga continha mil guerreiros e continuaria usando aquele padrão até que seus<br />

homens fossem exterminados.<br />

Um a um, os anjos do quinto pelotão decolaram. As asas tamparam o<br />

céu, fazendo a noite e a chuva quase desaparecer, quase mostrando paz para os<br />

que ficavam. Foram de encontro aos seus algozes sem medo, sem remorso,<br />

sem ódio. Estavam lá para batalhar. E fariam o que sabiam fazer de melhor:<br />

derrubar o mal, deter aquele oceano malévolo, interromper a Batalha Negra.<br />

Onze e cinqüenta <strong>da</strong> noite.<br />

Pablo estava furioso demais para continuar escondido como rato em<br />

porão de navio. Puxava o ar com força, tomando coragem para enfrentar a<br />

morte mais uma vez.<br />

— Gregório, seu mer<strong>da</strong>!<br />

O rapaz continuava no meio do galpão, aguar<strong>da</strong>ndo o inimigo.<br />

Pablo abandonou o esconderijo, com o braço estendido, pronto para<br />

alvejar Gregório.<br />

Este, por sua vez, esperou um instante até ter certeza de que Pablo estava<br />

na mira. Com Pablo bem na sua frente, sem se mover, sem atirar, acalmou-se.<br />

Sabia que estava ao seu alcance. É ver<strong>da</strong>de que ele também tinha uma pistola<br />

aponta<strong>da</strong> para a cabeça, mas estava certo de que Pablo não escaparia.<br />

Terminara; a qualquer instante, estaria acabado. Iria descobrir onde seu irmão<br />

estava e o que acontecera aos homens <strong>da</strong> expedição à floresta. Logo, tudo seria<br />

passado a limpo. Só queria exterminar aquele canalha que trouxera tanta morte.<br />

—Seu miserável. — começou Pablo, com passos lentos de encontro a<br />

Gregório. — Eu só quero meu dinheiro. Você me roubou e sumiu.<br />

—Seu dinheiro tá comigo, sim. Escuta, eu não fugi coisa nenhuma. Não<br />

sei quanto tempo cê tá aqui nesta ci<strong>da</strong>de, mas pelo que eupude ver<br />

hoje, você já percebeu que tem um monte de mer<strong>da</strong> "estranha"<br />

acontecendo, não é?<br />

—A única mer<strong>da</strong> estranha que tá me preocupando é o sumiço <strong>da</strong> minha<br />

grana. Não deixo barato quando me enganam.<br />

Tatá, com a visão prejudica<strong>da</strong> por objetos, não queria deixar o abrigo,<br />

nem arriscar um tiro de longe. Se errasse, poderia precipitar as coisas. Se<br />

pretendia fazer algo, tinha que fazer logo. Edu estava prestes a entrar em<br />

choque, com pouco sangue... Estava perdendo o parceiro.

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