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O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

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ardiam <strong>da</strong>ndo um ar mais belo àquela silhueta longilínea. Pequenas labare<strong>da</strong>s<br />

atingiam a mão do vampiro, sem machucá-lo... pareciam alimentar ain<strong>da</strong> mais<br />

seu corpo... era como recuperar por um instante a alma perdi<strong>da</strong>. Estava pronto<br />

para entrar na batalha. Que viessem as feras! Que viesse a diversão! Deixou os<br />

caninos brotarem r escancarou a boca num rugido ferino. A necessi<strong>da</strong>de de<br />

sangue ain<strong>da</strong> não fora supri<strong>da</strong>. Queria sangue, e não importava de quem ou do<br />

que viesse.<br />

A espa<strong>da</strong> de luz embateu-se contra a arma <strong>da</strong> primeira criatura, tinindo<br />

demora<strong>da</strong>mente. O diabrete quase perdeu seu tridente, mas firmou as garras<br />

e, gargalhando e xingando, partiu para novo ataque.<br />

Samuel sentiu os músculos firmarem e o ouvido encher-se de guerra.<br />

Um sorriso sereno surgiu na face páli<strong>da</strong> quando chocou-se novamente contra o<br />

monstrinho.<br />

Que viessem as feras!<br />

Nove e meia <strong>da</strong> noite.<br />

Thal, apartado do batalhão, esperava o momento certo para enviar o<br />

segundo.<br />

Observando o campo, viu que o vampiro já estava quase no meio <strong>da</strong><br />

briga. Quando os cães tentavam alcançá-lo, eram repartidos pela espa<strong>da</strong> que o<br />

homem sem alma carregava. Ele realmente estava lá para ajudá-los. Lembrouse<br />

do vampiro fugindo pela manhã, temendo os raios de sol mais que tudo. A<br />

estranheza <strong>da</strong> situação veio-lhe à mente. Que motivos tinha a criatura para estar<br />

ao seu lado? Vampiros, decidi<strong>da</strong>mente, eram estranhos.<br />

O general observou que finalmente seus homens eram superiores à<br />

quanti<strong>da</strong>de de demônios no campo de batalha. Estavam pelejando há cerca de<br />

meia hora. Thal imaginava a razão pela qual os demônios não investiram com<br />

força total, implacáveis. Afinal de contas, eram mais de vinte mil. Seria<br />

impossível deter todos ao mesmo tempo. Poderiam ter atacado com cinco mil,<br />

logo de início. Por que vinham em número tão reduzido? Conseguiu formular<br />

apenas uma resposta: estavam se divertindo à beça. Os demônios queriam<br />

apreciar a destruição <strong>da</strong>s criaturas de luz assim, pouco a pouco, com bastante<br />

sofrimento, com muita luta. Se enviassem uma carga potente, a peleja<br />

terminaria antes <strong>da</strong> primeira hora. Thal podia ver os generais satânicos<br />

deleitando-se com a dor dos anjos de luz. Estavam se deliciando com as feições<br />

de tormenta e desesperança que ca<strong>da</strong> anjo carregava. Não os preocupavam as<br />

baixas de seus demônios. A agonia <strong>da</strong>s criaturas de luz era muito mais interessante,<br />

insuperável. Para eles, valeria a pena continuar enviando pelotões com<br />

mil sol<strong>da</strong>dos, enquanto o exército reduzido man<strong>da</strong>ra arremedos de tropas,<br />

duzentos indivíduos por vez. Absorto, Thal quase deixara passar despercebido

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