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O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

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—Amigo, quanto tempo, hein? — cumprimentou abraçando for<br />

temente Elias. — Como estão as coisas na sua calma ci<strong>da</strong>dezinha?<br />

—Na<strong>da</strong> calmas, irmão; na ver<strong>da</strong>de, nem um pouquinho calmas.<br />

Guilherme era conhecedor do velho código. Quando Elias começou a<br />

desfiar os comprometedores acontecimentos que acercaram nos últimos dias,<br />

tornou-se claro como água para Guilherme o que estaca para acontecer. Era<br />

uma coisa rara, <strong>da</strong> qual não gostaria de ser testemunha. Os fatos descreviam o<br />

preparativo para um dos mais terríveis rituais do velho código: a rixa maior<br />

entre anjos e demônios. A Batalha Negra se avizinhava. As almas humanas<br />

corriam risco sério e real.<br />

—Amigo Elias, nem lhe servi um copo de suco, mas sugiro que<br />

partamos já. A coisa é grave. Que Jesus nos proteja, Elias.<br />

—Não se preocupe com o suco, amigo. Concordo, cem por cento, com sua<br />

recomen<strong>da</strong>ção.<br />

Em menos de cinco minutos, chegaram ao subsolo, apanharam o carro<br />

do pastor e saíram seguidos de perto pelo Fiat Palio com os dois amigos de<br />

Elias a bordo. Dirigiram-se para a Zona <strong>Sul</strong>, diretamente para os estúdios <strong>da</strong><br />

maior rede evangélica do país. Eram quase onze <strong>da</strong> noite. Se contatassem as<br />

pessoas certas, talvez recebessem a autorização antes <strong>da</strong> meia-noite. Entrariam<br />

com o apelo no início <strong>da</strong> madruga<strong>da</strong> e, com sorte, mobilizariam um Especial,<br />

uma vigília eletrônica. Conhecedores do Código, sabiam quanto era valioso<br />

para o Exército ca<strong>da</strong> novo humano acreditando e orando por eles,<br />

fortificando-os para a batalha. As orações eram a pedra fun<strong>da</strong>mental para a<br />

luta. Sabiam como eram sofridos aqueles episódios e quão duro era o destino<br />

dos perdedores. Não era uma Batalha de Luz, não era uma batalha qualquer.<br />

Os anjos com certeza estariam tementes, o que implicaria terror aos humanos.<br />

Quanto mais homens e mulheres orando com fé ver<strong>da</strong>deira, mais poderoso e<br />

destruidor seria o Exército de Luz, afiando as espa<strong>da</strong>s e fortalecendo as<br />

armaduras. Precisavam correr, pois, pelo que calculavam, a batalha poderia já<br />

ter principiado. Deveriam correr. O coração man<strong>da</strong>va. A alma gritava. Os anjos<br />

pediam.<br />

Oito e quarenta e cinco <strong>da</strong> noite.<br />

— E, como man<strong>da</strong> a lei, vocês também devem nos revelar quantos são.<br />

— avisou Alanca.<br />

Os demônios voltaram a gargalhar.<br />

— Somos muitos, muito mais do que vocês poderiam contar em uma<br />

hora.

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