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protegê-lo; ele será uma peça importante durante a batalha que se<br />
travará no plano espiritual.<br />
—Não estou entendendo... peça?... protegê-lo de quem? — De fato,<br />
não se espantara com o envolvimento de Gregório, uma esquisitice a<br />
mais, outra a menos, não faria diferença. Queria entender definitivamente<br />
por que elas estavam acontecendo.<br />
— As forças do inimigo tentarão infernizá-lo, e esta noite ele precisa de<br />
to<strong>da</strong> a paz do mundo. Temos que fazê-lo dormir o tempo todo. Ele precisa<br />
estar adormecido durante a batalha. É imprescindível.<br />
O pastor tossiu, pigarreando para tomar o fôlego.<br />
—Dormir? Mas o que está acontecendo, pastor? Pra quê?<br />
—Recebi este recado e não perdi tempo questionando os porquês, por<br />
favor, não perca o seu também. Encontre-o, reserve-o e coloque-o para<br />
dormir cedo esta noite. O Exército de Luz precisa dele adormecido,<br />
compreendeu? Posso me despreocupar quanto a isto?<br />
—É claro que pode. — respondeu a moça, sem entender, sem<br />
questionar. O pastor fora contundente o suficiente.<br />
—Faça o que for preciso.<br />
Seguiu-se um breve silêncio. Durval estava encostado na cama, quase<br />
sentado no colchão, tentando aliviar o peso.<br />
—Tem muita gente aí fora? — perguntou Elias.<br />
—Tem. — respondeu a esposa.<br />
— Bem, deixe algumas entrar, então nós faremos o seguinte...<br />
Eram aproxima<strong>da</strong>mente cinco e vinte <strong>da</strong> tarde.<br />
Nesse mesmo dia, pela manhã, as coisas ain<strong>da</strong> não estavam resolvi<strong>da</strong>s<br />
com o pessoal <strong>da</strong> busca.<br />
Às nove e quinze, Teodoro saiu desesperado do porão, desabou,<br />
debatendo-se. Aquelas mãos impingiram-lhe pânico. Assim que Teodoro deixou<br />
o porão, vencendo a velha esca<strong>da</strong> de madeira, uma hor<strong>da</strong> de grandes e gordos<br />
ratos negros também irrompeu pela abertura. Eram centenas, milhares talvez.<br />
Pegos de surpresa, os homens não tiveram tempo de acudir Teodoro, e a legião<br />
de roedores logo apoderou-se do corpo caído, destinando-lhe vorazes<br />
mordi<strong>da</strong>s. O rapaz gritava; não fazia idéia do que estava acontecendo. Parecia<br />
vítima de uma maldição. Abriu a boca para pedir aju<strong>da</strong> e, no instante seguinte,<br />
sentiu alguma coisa morder a língua. Com o reflexo natural de autoproteção,<br />
fechou a boca para evitar o intruso. Algo se contorcia, querendo escapar, ferindo