O Senhor da Chuva - Jovem Sul News
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Uma leve e agradável linha vermelha brotava no horizonte. Aquilo significava a luz do Sol. Sol. Em poucos minutos, o céu estaria infestado pela luz solar. Samuel virou, correu para a estrada, saltou de cima do barranco e tocou o asfalto negro. Não tinha tempo! Estava desesperado. Pastor desgraçado! Crepúsculo desgraçado! Precisava de abrigo. O cavalo estava lá; correu e montou-o, disparando rumo a Belo Verde. Tempo. Não tinha tempo! O trotar do cavalo aumentou até parecer trovões. Passou pelo carro em chamas e antes de cobrir o primeiro quilômetro, ouviu um grito enlouquecido, possesso. — Não fuja, maldito! Mate-o! — Foi o último grito de Crepúsculo antes de cair ao chão, com a espada de Thal enterrada nas costas. O anjo recolheu a arma e avaliou os ferimentos. Eram vários. Eram doloridos. Sobreviveria mais uma vez. Flutuou até o pastor. Ele estava mal. Olhou para frente. O cavalo levando o vampiro era apenas um ponto distante. Poderia alcançá-los num piscar de olhos, mas se abandonasse o pastor, ele morreria. Estendeu os braços, mantendo as palmas das mãos voltadas para baixo, emanando sua energia azul para o corpo de Elias. O pastor moveu a cabeça de forma espasmódica e abriu um olho, sofridamente. — Obrigado... obrig... —balbuciou, quase inaudível. Estaria o pastor de fato vendo-o? perguntou-se o anjo. Quatro minutos depois, um Fiat Uno encostou ao lado do carro flamejante. — Elias! — gritou a mulher, desesperada. Ele tentou mover-se, mas foi impossível. As costelas doíam como nunca, apesar de o anjo ter eliminado as fraturas. Não conseguiu distinguir nada com a visão. Parecia inteiramente quebrado. Com esforço, ergueu o braço direito. — Olhe lá! — gritou Durval. Sandra correu, ajoelhou-se ao seu lado, chorando. Pôs a cabeça do pastor em suas pernas, extraindo-lhe um sonoro gemido. Elias parecia à beira da inconsciência... e da morte. Thal, vendo o pastor assistido, olhou para a estrada. Nenhum sinal do vampiro. Abriu as asas e disparou como um raio, voando rente ao asfalto. Percebendo a claridade no horizonte, entendeu por que Samuel abandonara sua vítima e fugira desvairado momentaneamente antes e completar seu intento. Vampiros são homens que perderam a alma para algum demônio. Não são bons nem maus: são seduzíveis pelas entidades. Tornam-se poderosíssimos quando não se autodestroem durante o aprendizado, a iniciação. Quando têm mais de cem anos, tornam-se praticamente imortais. Monstros. Monstros que bebem sangue. Conhecedores de dois mil truques ilegais. Príncipes da
Escuridão. Semi-indestrutíveis. Para a sorte dos mortais, ainda hoje existem algumas regras que jamais mudarão. Uma delas: o Sol.
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Escuridão. Semi-indestrutíveis. Para a sorte dos mortais, ain<strong>da</strong> hoje existem<br />
algumas regras que jamais mu<strong>da</strong>rão. Uma delas: o Sol.