12.04.2013 Views

O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

O Senhor da Chuva - Jovem Sul News

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 17<br />

O DESPERTADOR DISPAROU ÀS cinco e trinta <strong>da</strong> manhã. Jeff levantou e<br />

apanhou a espingar<strong>da</strong> ao lado <strong>da</strong> cama. Foi até a cozinha, engoliu um copo de<br />

café frio e saiu an<strong>da</strong>ndo pela estra<strong>da</strong> que passava à frente de sua casa.<br />

Um quilômetro à frente, encontrou uma caminhonete estaciona<strong>da</strong> rente<br />

ao meio-fio. Os vidros estavam um bocado embaçados, revelando que havia<br />

gente dentro. Na ver<strong>da</strong>de, dois homens. O motorista, Jorge, e o<br />

acompanhante, o Unha. Na noite anterior, Jeff conversou com os dois,<br />

acertando uma socie<strong>da</strong>de no serviço. Entrou na cabine <strong>da</strong> pick-up, espremendo<br />

o Unha contra o motorista.<br />

— Gostei <strong>da</strong> pontuali<strong>da</strong>de de vocês. Vambora garantir nosso trabalho.<br />

Jorge deu parti<strong>da</strong>, pondo a caminhonete para ro<strong>da</strong>r na estra<strong>da</strong>.<br />

Pablo e Ney chegaram e bateram insistentemente. Esperaram dois<br />

minutos, deram a volta pela casa gritando o nome do beberrão. Na<strong>da</strong>. Era<br />

tarde; provavelmente o homem já estava na fazen<strong>da</strong>. Pablo lembrou-se do<br />

pesadelo. Jeff poderia pôr tudo a perder. Não podia matar o homem, tinha que<br />

esperar pelo menos mais uma noite.<br />

Maldito pesadelo! Estava bagunçando a cabeça, queixava Pablo.<br />

Os dois entraram no carro e dirigiram-se para a ci<strong>da</strong>de. Alguém deveria<br />

ensiná-los onde a fazen<strong>da</strong> ficava. Com sorte, poderiam chegar a tempo. Pablo<br />

não sabia exatamente o que fazer; afinal, não queria ser visto por Gregório,<br />

mas também não o queria morto. Por enquanto. Não contara a Ney o estranho<br />

pesadelo, apenas que tinha bons motivos para não matar Gregório naquele dia,<br />

e não estava mentindo. No centrinho <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, abordou um menino que<br />

pe<strong>da</strong>lava na rua; ele sabia com exatidão onde ficava a fazen<strong>da</strong> de Samuel.<br />

Pablo estendeu-lhe algumas notas para guiá-los até lá. O garoto, sem pestanejar,<br />

pulou para dentro do carro negro e chisparam para a fazen<strong>da</strong>.<br />

Gregório levantou-se quase às seis. Ouviu um barulho vindo do celeiro.<br />

Vestiu-se rapi<strong>da</strong>mente. Ao espiar pela janela, percebeu que os homens já<br />

estavam trabalhando. Calçou as botas e foi preparar o café.<br />

Vera estava senta<strong>da</strong>, os olhos vermelhos, como se não dormisse há dias,<br />

provavelmente o que estava acontecendo. Fitou o cunhado enquanto ele se<br />

movimentava preparando o café.<br />

— Tem tantas coisas ruins acontecendo desde que você chegou...<br />

Gregório sentiu o peso <strong>da</strong>quelas palavras como uma bofeta<strong>da</strong> na cara, e<br />

<strong>da</strong>s dolori<strong>da</strong>s.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!