MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
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Discrição para conhecer e sentir, guardando-os para si, dramas<br />
inconfessáveis e lacunas morais lastimáveis.<br />
O médium, <strong>de</strong> acordo com as suas possibilida<strong>de</strong>s psíquicas, po<strong>de</strong>, com a<br />
simples aproximação do irmão que o procura, i<strong>de</strong>ntificar-se com problemas<br />
íntimos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as <strong>de</strong>ficiências morais à responsabilida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>litos ocultos.<br />
A discrição do médium resguarda o visitante da humilhante posição <strong>de</strong><br />
quem vê <strong>de</strong>scobertas as mazelas que olhos comuns não percebem.<br />
Médium palrador seria igual a padre indiscreto, se um e outro existissem.<br />
Ao invés do sacerdócio da compreensão, a tirania da maledicência.<br />
No lugar do silêncio, o comentário leviano.<br />
Outra qualida<strong>de</strong> que caracteriza o mandatário da Espiritualida<strong>de</strong> Superior é<br />
o discernimento.<br />
Discernimento, porque e para quê?<br />
Para examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e darlhes<br />
a melhor, mais oportuna e mais sábia solução.<br />
O médium tem <strong>de</strong> lutar, portanto, mediante o estudo, o trabalho e o esforço<br />
constante <strong>de</strong> auto-evangelização, para adquirir a faculda<strong>de</strong> do discernimento, a<br />
fim <strong>de</strong> «ajudar os outros para que os outros se aju<strong>de</strong>m», corrigindo, assim, a<br />
preguiça e a revolta, a vaida<strong>de</strong> e o comodismo, a levianda<strong>de</strong> e a má fé.<br />
Quando, da assistência do médium ao doente não resulta o seu <strong>de</strong>spertar<br />
para a senda da luz, o esforço foi incompleto.<br />
Curar e educar <strong>de</strong>vem coexistir no serviço assistencial.<br />
Tendo discernimento capaz <strong>de</strong> opinar com segurança, segundo as<br />
necessida<strong>de</strong>s do consulente, o médium indu-lo a reajustar-se e a caminhar<br />
com os próprios pés, isso <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> colocar-lhe na ferida do coração o bálsamo<br />
do reconforto.<br />
Eis a função do discernimento entre as outras elevadas qualida<strong>de</strong>s<br />
exigíveis para o mandato <strong>de</strong> serviço mediúnico.<br />
«Saber ajudar os outros para que os outros se aju<strong>de</strong>m. »<br />
A perseverança é o quarto atributo indispensável ao mandato, para que o<br />
trabalhador não abandone a tarefa ante os primeiros obstáculos.<br />
Inúmeros médiuns, portadores <strong>de</strong> apreciáveis faculda<strong>de</strong>s, têm-se afastado<br />
do serviço em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> incompreensão, inclusive dos próprios companheiros<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al.<br />
Quando os pés começam a sentir a agu<strong>de</strong>z dos espinhos espalhados na<br />
estrada, <strong>de</strong>sertam da luta.<br />
A esses companheiros seria lícito perguntar se é possível colaborar, sem<br />
obstáculos nem problemas, na Causa dAquele cuja glória, no Mundo, foi a<br />
coroa <strong>de</strong> aflição que os homens colocaram em sua fronte augusta...<br />
A perseverança é fruto da fé e do <strong>de</strong>spersonalismo.<br />
Aquele que coopera nos serviços mediúnicos, com a preocupação <strong>de</strong><br />
agradar aos outros e <strong>de</strong> ver satisfeitos os seus caprichos, po<strong>de</strong> vir a abandonar<br />
a tarefa.<br />
Servir com Jesus e em nome dEle, é dilatar os próprios recursos e<br />
perpetuar, no Espaço e no Tempo, o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ajudar a todos.<br />
Examinemos, finalmente, o problema do sacrifício.<br />
O médium que não é capaz <strong>de</strong> esquecer o próprio bem-estar, a benefício<br />
dos outros, está distanciado do mandato superior.<br />
É, indubitàvelmente, um companheiro <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>, a quem <strong>de</strong>vemos<br />
todo o respeito e incentivo, mas que pensa muito no próprio «eu», velho<br />
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