MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
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- Nem tudo é energia viciada no caminho comum. Deve ser um médico<br />
em alguma tarefa salvacionista.»<br />
Temos aí o testemunho por <strong>de</strong>mais eloquente <strong>de</strong> que, on<strong>de</strong> estiver um<br />
coração inclinado ao Bem, estará presente, também, a proteção divina.<br />
O médico caridoso, que exerce a Medicina como legítimo sacerdócio, fará<br />
sempre jus ao amparo dos mensageiros do Senhor.<br />
Pertença a este ou àquele credo religioso, seja, inclusive, ateu, se for<br />
caridoso fará sempre jus à assistência <strong>de</strong> almas sublimadas, no cumprimento<br />
<strong>de</strong> sua missão <strong>de</strong> curar.<br />
Entre as mais belas «profissões», a <strong>de</strong> médico se evi<strong>de</strong>ncia pelo elevado<br />
sentido <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong> que lhe caracteriza a ação benfazeja.<br />
A Medicina que, em nossos tempos, ainda se limita, <strong>de</strong> maneira quase que<br />
exclusiva, à cura do corpo, é tão sublime em seus objetivos, que o termo<br />
“profissão” não se lhe ajusta perfeitamente.<br />
Devia existir um outro vocábulo que <strong>de</strong>signasse o exercício da medicina, e<br />
outro, ainda, para o magistério.<br />
Curar e ensinar são ativida<strong>de</strong>s que se não po<strong>de</strong>m conter nas pobres<br />
limitações do nosso conceito <strong>de</strong> «profissão».<br />
Jesus-<strong>Cristo</strong>, o Mais Sábio dos Professores que o Mundo já conheceu e o<br />
Mais Compassivo dos Médicos que a Humanida<strong>de</strong> já viu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio,<br />
permanece como divina sugestão àqueles que, no jorna<strong>de</strong>ar terrestre, ocupam<br />
a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.<br />
A Humanida<strong>de</strong>, entretanto, no atual estágio evolutivo, encontra-se, ainda,<br />
em fase a que chamaríamos «noivado» ou simples “namoro” com os problemas<br />
fundamentais do Espírito.<br />
Sentimos-lhes a gran<strong>de</strong>za e a excelsitu<strong>de</strong> e divisamos-lhes as perspectivas<br />
sublimes e consoladoras; todavia, mantemo-nos irredutíveis no velho consórcio<br />
com as conveniências e concepções predominantes do mundo materialista e<br />
materializante em que vivemos.<br />
Os nossos enganos multimilenários dificultam-nos a ascensão à<br />
Espiritualida<strong>de</strong> Maior.<br />
É como dizem os amigos espirituais: contra os nossos pálidos anseios <strong>de</strong><br />
elevação, há milênios <strong>de</strong> sombra...<br />
Quando o preconceito e o formalismo se forem diluindo ao sol <strong>de</strong> novas<br />
revelações, a medicina esten<strong>de</strong>rá o seu abençoado campo <strong>de</strong> ação até os<br />
limites do espírito, penetrando-lhe o maravilhoso mundo.<br />
Nesse dia, então, as suas fronteiras <strong>de</strong> luz se abrirão, <strong>de</strong> par em par, para<br />
as núpcias da Ciência e da Fé, do Sentimento e da Razão...<br />
Os médicos verão no enfermo não somente o cliente mais ou menos<br />
aquinhoado <strong>de</strong> recursos, que busca antibióticos ou reagentes orgânicos, mas,<br />
especialmente, o companheiro carecente <strong>de</strong> bom ânimo e coragem, <strong>de</strong> compreensão<br />
e esclarecimento, <strong>de</strong> paciência e amor...<br />
As forças espirituais sublimadas, envolvidas em «lirial roupagem»,<br />
acomodar-se-ão na «casa mental» dos médicos cristãos, inspirando-os nos<br />
diagnósticos e no receituário e conduzindo-lhes as mãos fraternas nos gran<strong>de</strong>s<br />
e arrojados lances da cirurgia.<br />
Cada médico que começar a sentir no enfermo, pobre ou rico, feio ou<br />
bonito, homem ou mulher, preto ou branco, um irmão credor do seu amparo<br />
<strong>de</strong>sinteressado, estará, sem dúvida, realizando os primeiros ensaios no sentido<br />
<strong>de</strong> fazer jus ao título <strong>de</strong> «médico cristão».<br />
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