MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo

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vencedor, e retorna à retaguarda de sofrimento para ajudar e servir. O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um dos cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição evolutiva deficitária. O mais elevado concorda sempre em amparar o desajustado. Assim sendo, a mulher ou o homem que escolhe companhia menos elevada deve “levar a cruz ao calvário”, como se diz geralmente, porque, sem dúvida, se comprometeu na Espiritualidade a ser o cireneu de todas as horas. O recuo, no caso, seria deserção a compromisso assumido. Mais uma vez se evidencia o valor do Evangelho nos lares, como em toda a parte, funcionando à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento. Os casamentos denominados afins, no sentido superior, são os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam. São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam velhos laços de afeição. Por fim, temos os casamentos que denominamos de transcendentes. São constituídos por almas engrandecidas no amor fraterno e que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral. A vida desses casais encerra uma finalidade superior. O ideal do Bem enche-lhes as horas e os minutos. O anseio do Belo repleta-lhes as almas de doce ventura, pairando, acima de quaisquer vulgaridades terrestres, acima do campo das emoções inferiores, o amor puro e santo. Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda essa sequência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior. Enquanto não atingirmos tal situação, o Senhor, pelo seu Evangelho, irá enchendo de paz a nossa vida. E o Espiritismo, abençoada Doutrina, repletará os nossos dias das mais sacrossantas esperanças... 64

19 Estranha obsessão Via de regra, quando se fala em obsessão, ocorre-nos logo o seguinte conceito: Espírito ou Espíritos menos esclarecidos influenciando, prejudicialmente, a vida dos encarnados. Quase ninguém, ou melhor, ninguém admite o lado inverso da realidade, isto é, o encarnado influenciando, prejudicialmente, o desencarnado. Ninguém se lembra desse estranho e aparentemente paradoxal tipo de obsessão, em que os “vivos” do mundo envolvem os “mortos” na teia dos seus pensamentos desequilibrados e enfermiços, exercendo sobre os que já partiram para o Além terrível e complexa obsessão. Pois esse tipo de obsessão não é tão insólito, como erroneamente pensamos. Há muitos Espíritos sofrendo a influenciação dos encarnados e lutando, tenazmente, para se livrarem dessa influenciação. Quem se familiariza com trabalhos práticos, sem dúvida já presenciou desesperadas reclamações de Espíritos, de que Fulano ou Beltrano (encarnado) não lhe dá trégua, não deixa, um instante sequer, de atraí-lo para junto de si. Um caso típico em que o encarnado obsidia o desencarnado, identificamolo no capítulo “Em serviço espiritual”. Transcrevamos, inicialmente, a convocação dos trabalhadores para o Serviço assistencial ao caso em apreço, para melhor acompanharmos o seu desenvolvimento. Tem a palavra Abelardo, cooperador de boa vontade do plano espiritual, que se dirige ao Assistente Áulus: — Meu caro Assistente — continuou, inquieto —, venho rogar-lhe auxílio em favor de Libório. O socorro do grupo mediúnico melhorou-lhe as disposições, mas agora é a mulher que piorou, perseguindo-o... Qualquer um de nós, ante esse apelo, faria logo o seguinte raciocínio: Libório é o encarnado amparado pelo grupo mediúnico, e a mulher que piorou» é a entidade que o persegue. Tal entretanto não se dá. Libório é o Espírito perseguido por Sara, criatura ainda encarnada e a quem se ligou, no mundo, por descontrolada paixão. Sintonizados na mesma faixa vibracional deprimente, estão ligados um ao outro, acusando dolorosa e complexa simbiose obsessional. Atendendo ao apelo de Abelardo, Áulus e os demais excursionistas do Além demandaram ao local onde Libório fôra recolhido, depois de ter sido amparado, horas antes, pelo grupo terrestre. «Findos alguns minutos de marcha, atingimos uma construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam, sob a assistência de enfermeiros atenciosos. Entramos. Áulus explicou que estávamos ali diante de um hospital de emergência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais.» Mais adiante, continua a descrição de André Luiz: Alcançáramos o leito simples em que Libório, de olhar esgazeado, se mostrava distante de qualquer interesse pela nossa presença. Um dos guardas veio até nós e comunicou a Abelardo que o doente trazido 65

vencedor, e retorna à retaguarda <strong>de</strong> sofrimento para ajudar e servir.<br />

O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um dos<br />

cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição<br />

evolutiva <strong>de</strong>ficitária.<br />

O mais elevado concorda sempre em amparar o <strong>de</strong>sajustado.<br />

Assim sendo, a mulher ou o homem que escolhe companhia menos<br />

elevada <strong>de</strong>ve “levar a cruz ao calvário”, como se diz geralmente, porque, sem<br />

dúvida, se comprometeu na Espiritualida<strong>de</strong> a ser o cireneu <strong>de</strong> todas as horas.<br />

O recuo, no caso, seria <strong>de</strong>serção a compromisso assumido.<br />

Mais uma vez se evi<strong>de</strong>ncia o valor do Evangelho nos lares, como em toda<br />

a parte, funcionando à maneira <strong>de</strong> estimulante da harmonia e construtor do<br />

entendimento.<br />

Os casamentos <strong>de</strong>nominados afins, no sentido superior, são os que<br />

reúnem almas esclarecidas e que muito se amam.<br />

São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam<br />

velhos laços <strong>de</strong> afeição.<br />

Por fim, temos os casamentos que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>ntes.<br />

São constituídos por almas engran<strong>de</strong>cidas no amor fraterno e que se<br />

reencontram, no plano físico, para as gran<strong>de</strong>s realizações <strong>de</strong> interesse geral.<br />

A vida <strong>de</strong>sses casais encerra uma finalida<strong>de</strong> superior.<br />

O i<strong>de</strong>al do Bem enche-lhes as horas e os minutos.<br />

O anseio do Belo repleta-lhes as almas <strong>de</strong> doce ventura, pairando, acima<br />

<strong>de</strong> quaisquer vulgarida<strong>de</strong>s terrestres, acima do campo das emoções inferiores,<br />

o amor puro e santo.<br />

Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda<br />

essa sequência <strong>de</strong> casamentos: aci<strong>de</strong>ntais, provacionais e sacrificiais, até<br />

alcançarmos no futuro, sob o sol <strong>de</strong> um novo dia, a condição <strong>de</strong> construirmos<br />

um lar terreno na base do i<strong>de</strong>alismo transcen<strong>de</strong>ntal ou da afinida<strong>de</strong> superior.<br />

Enquanto não atingirmos tal situação, o Senhor, pelo seu Evangelho, irá<br />

enchendo <strong>de</strong> paz a nossa vida. E o Espiritismo, abençoada Doutrina, repletará<br />

os nossos dias das mais sacrossantas esperanças...<br />

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