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MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo

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infiltrando lentamente, realizando um trabalho subterrâneo <strong>de</strong> hipnotização<br />

mental. Um dia, quando quisermos abrir os olhos, a penetração já se fêz tão<br />

profunda que o afastamento se tornará difícil.<br />

No princípio são, simplesmente, as atitu<strong>de</strong>s excêntricas, o fanatismo e a<br />

singularida<strong>de</strong>.<br />

Depois a ação magnética se esten<strong>de</strong>rá até os centros nervosos, e o domínio,<br />

psíquico e corporal, se acentua <strong>de</strong> tal modo que a pessoa não dispõe<br />

mais da vonta<strong>de</strong>, para comandar a própria vida.<br />

Os psiquiatras, sem dúvida na sua generalida<strong>de</strong>, não terão dificulda<strong>de</strong> em<br />

preencher, nos ambulatórios especializados, a ficha <strong>de</strong> mais um doente mental,<br />

a fim <strong>de</strong> submetê-lo ao internamento e ao eletrochoque indiscriminado.<br />

Para os espíritas será, apenas, uma criatura que menosprezou a Lei do<br />

Amor no pretérito, contraindo, em consequência disto, sérios compromissos<br />

que permaneceram no Tempo e no Espaço, e que, <strong>de</strong>frontando-se na presente<br />

reencarnação com os comparsas <strong>de</strong> terríveis dramas, não teve a força precisa<br />

para fechar-lhes as portas da «casa mental», sofrendo, hoje, a incursão incômoda<br />

e muitas vezes cruel.<br />

Reportemo-nos ao caso do enfermo que aparece, no capítulo 9º, com o<br />

nome <strong>de</strong> Pedro.<br />

Entreguemos, assim, a palavra ao Assistente Áulus a fim <strong>de</strong> que suspenda<br />

uma ponta do véu que encobre o passado do doente:<br />

«A luta vem <strong>de</strong> muito longe. Não dispomos <strong>de</strong> tempo para incursões no<br />

passado, mas, <strong>de</strong> imediato, po<strong>de</strong>mos reconhecer o verdugo <strong>de</strong> hoje como<br />

vítima <strong>de</strong> ontem. Na <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira meta<strong>de</strong> do século findo, Pedro era um médico<br />

que abusava da missão <strong>de</strong> curar. Uma análise mental particularizada i<strong>de</strong>ntificálo-ia<br />

em numerosas aventuras menos dignas. O perseguidor que<br />

presentemente lhe domina as energias era-lhe irmão consanguíneo, cuja<br />

esposa nosso amigo doente <strong>de</strong> agora procurou seduzir. Para isso, insinuou-se<br />

<strong>de</strong> formas diversas, além <strong>de</strong> prejudicar o irmão em todos os seus interesses<br />

econômicos e sociais, até incliná-lo à internação num hospício, on<strong>de</strong><br />

estacionou, por muitos anos, aparvalhado e inútil, à espera da morte. »<br />

Eis, aí, um drama doloroso que, sem a menor sombra <strong>de</strong> dúvida, se repete<br />

aos milhares em todas as camadas sociais.<br />

Se pudéssemos vislumbrar o nosso e o passado <strong>de</strong> quantos buscam, nos<br />

centros espíritas, a solução <strong>de</strong> seus problemas físicos e psicológicos,<br />

i<strong>de</strong>ntificar-nos-íamos, diàriamente, com um número incalculável <strong>de</strong> casos semelhantes.<br />

De maneira geral, penalizamo-nos sômente do encarnado, a quem,<br />

impensadamente, situamos como vítima.<br />

O carinho dos médiuns centraliza-se, quase sempre, no companheiro que<br />

bateu à porta do Centro.<br />

Os componentes do grupo, com honrosas exceções, também se<br />

compa<strong>de</strong>cem, quase que exclusivamente, dos encarnados.<br />

Entretanto, o conhecimento doutrinário, fruto <strong>de</strong> estudo e meditação, tem o<br />

dom <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar, igualmente, os nossos cuidados e atenção para os<br />

habitantes do mundo espiritual.<br />

A observação <strong>de</strong> casos iguais ao <strong>de</strong> Pedro compele-nos, certamente, a<br />

polarizarmos as melhores vibrações para aqueles que, por não se terem<br />

ajustado ainda à Lei do Amor, insistem em fazer justiça com as próprias mãos.<br />

Quantos <strong>de</strong> nós, que hoje transitamos pelo mundo guardando relativo<br />

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