MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
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41 Distúrbios psíquicos 134 O serviço mediúnico é de tal modo sagrado que não pode dispensar, de forma alguma, a preparação moral e cultural, especialmente aquela, de quantos colaboram nesse importante e complexo setor da Doutrina Espírita. Há necessidade do estudo edificante que esclarece e ajuda o discernimento, tanto para o médium, quanto para o dirigente de sessões. Os templos espíritas são como os hospitais: precisam de clínicos, competentes e estudiosos, hábeis e humanitários, capacitados a ajudarem eficientemente aos enfermos que ali buscam medicamento e socorro. Imaginemos a situação de um acidentado que procura o hospital e lá encontra, apenas, criaturas de boa vontade, mas reconhecidamente incapazes de lance operatório difícil e de urgência, ou de medicação preventiva que o resguarde da gangrena e da morte! O hospital bem aparelhado, material e humanamente, granjeia a confiança e o apreço de uma população inteira. O Centro Espírita pode, por analogia, ser comparado a um Hospital de Pronto Socorro. Enfermos de todos os matizes para ali se dirigem, diàriamente, confiantes e esperançosos. São «almas acidentadas» que, nas difíceis jornadas evolutivas, fracassaram amiudadas vezes, caindo e ferindo-se na repetição de dolorosas experiências. São consciências atribuladas, ansiosas pelo esclarecimento que renova a mente e abre ao Espírito perspectivas de esperança e de fé. São corações angustiosos que, por muito sofrerem, caminham desalentados, quase vencidos, assemelhando-se, conjuntamente, a uma triste “procissão de aflitos”, famintos do pão espiritual. E o Centro Espírita é, para todos esses desencantados, o refúgio e a consolação. É o oásis de paz e esperança onde esperam encontrar Jesus de braços abertos, para a doce e suave comunhão da fraternidade e da alegria. Imaginemos, agora, que os espíritas percam o gosto pelo estudo superior, esqueçam a ternura e a compreensão, e, quais médicos ociosos, alheios aos surtos evolutivos da Ciência de Curar, insistam na vã tentativa de amparar os que estão entregues ao desânimo e à enfermidade! É o caso de lembrar a pergunta do Mestre Galileu: “Pode um cego guiar outro cego? não cairão ambos no barranco? Quem procura um Centro Espírita, por mais humilde que seja esse Centro, espera, sem dúvida, encontrar companheiros em condições de, em nome do Cristo, ajudar e socorrer segundo as limitações que nos são peculiares. Nota-se, em nosso abençoado movimento, uma tendência generalizada no sentido de se aconselhar a todo o mundo, indistintamente, o desenvolvimento da mediunidade. Será isto aconselhável? É o que desejamos comentar. Muitas vezes aquele que procura o Centro Espírita, apresentando certos desequilíbrios, é apenas um companheiro necessitado de reajuste psíquico. É um irmão que conduz uma mente desarmoniosa, destrambelhada,
135 necessitado, antes de tudo, de se renovar para o bem e para a luz. Dever-se-á, nesse caso, levar tal criatura à mesa mediúnica para o desenvolvimento, talvez prematuro, ou ajudá-la, antes, no processo de renovação da mente, a fim de que possa, futuramente, servir com reais possibilidades na luminosa sementeira mediúnica? A nosso ver, tal orientação não corresponde ao que temos lido na Doutrina e nela aprendido. Os distúrbios psíquicos podem, francamente, ter causas diferentes, assim especificadas: a) — Origem mediúnica; b) — Resultantes de simples desarmonia mental. Muitas vezes, reajustada a mente, a faculdade que parecia despontar desaparece em definitivo. Noutras, após o reajuste mental, as possibilidades medianímicas se ampliam e se enriquecem, abrindo ao novo companheiro valiosas oportunidades de servir ao próximo. Antes de aconselharmos o desenvolvimento mediúnico, examinemos se se trata mesmo de mediunidade a desenvolver ou de mente a reajustar. Seja qual for o caso, a prudência e o bom-senso aconselham que o processo de cura se realize em duas fases: a) — Renovação da mente; b) — Integração no trabalho: Quando dizemos «integração no trabalho, queremos referir-nos à atividade cristã, neste ou naquele setor. Queremos referir-nos à integração da criatura em qualquer gênero de serviço construtivo e fraterno, nobre e edificante. O trabalho foi, é e será sempre excelente e incomparável recurso para que, dando ocupação à própria mente, defenda e ilumine o homem a sua casa mental, preservando-a da incursão, perigosa e sorrateira, de entidades ou pensamentos parasitários. A renovação da mente, como primeiro passo, implica, em síntese, no culto a aplicação de valiosos princípios cristãos, tais como: a) — Disciplina b) — Estudo c) — Meditação d) — Prece São requisitos indispensáveis àqueles que, despertando ao calor do Cristianismo Redivivo, desejam, de fato, modificar a própria vida, caminhar com os próprios pés e lutar, sob a inspiração de Jesus, a prol de superiores objetivos espirituais. A integração no trabalho se expressa, por exemplo, no exercício da atividade mediúnica, se for o caso; no cultivo da fraternidade para com todos; enfim, na adesão sincera e firme aos princípios evangélicos, únicos capazes de acenderem dentro de nossa alma a candeia que nos iluminará os roteiros evolutivos. Estudemos, pois, todos os que abraçamos o Espiritismo, ante a convicção de que é ele, evidentemente, o libertador de consciências e o consolador de aflitos, a fim de que Jesus, o Chefe desse maravilhoso movimento, das Esferas esplendentes de onde dirige os destinos da Humanidade planetária, possa alegrar-se com a boa vontade e o esforço de quantos, nas fileiras de nossa
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O serviço mediúnico é <strong>de</strong> tal modo sagrado que não po<strong>de</strong> dispensar, <strong>de</strong><br />
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quantos colaboram nesse importante e complexo setor da Doutrina Espírita.<br />
Há necessida<strong>de</strong> do estudo edificante que esclarece e ajuda o<br />
discernimento, tanto para o médium, quanto para o dirigente <strong>de</strong> sessões.<br />
Os templos espíritas são como os hospitais: precisam <strong>de</strong> clínicos,<br />
competentes e estudiosos, hábeis e humanitários, capacitados a ajudarem<br />
eficientemente aos enfermos que ali buscam medicamento e socorro.<br />
Imaginemos a situação <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>ntado que procura o hospital e lá<br />
encontra, apenas, criaturas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>, mas reconhecidamente incapazes<br />
<strong>de</strong> lance operatório difícil e <strong>de</strong> urgência, ou <strong>de</strong> medicação preventiva que o<br />
resguar<strong>de</strong> da gangrena e da morte!<br />
O hospital bem aparelhado, material e humanamente, granjeia a confiança<br />
e o apreço <strong>de</strong> uma população inteira.<br />
O Centro Espírita po<strong>de</strong>, por analogia, ser comparado a um Hospital <strong>de</strong><br />
Pronto Socorro.<br />
Enfermos <strong>de</strong> todos os matizes para ali se dirigem, diàriamente, confiantes e<br />
esperançosos.<br />
São «almas aci<strong>de</strong>ntadas» que, nas difíceis jornadas evolutivas,<br />
fracassaram amiudadas vezes, caindo e ferindo-se na repetição <strong>de</strong> dolorosas<br />
experiências.<br />
São consciências atribuladas, ansiosas pelo esclarecimento que renova a<br />
mente e abre ao Espírito perspectivas <strong>de</strong> esperança e <strong>de</strong> fé.<br />
São corações angustiosos que, por muito sofrerem, caminham<br />
<strong>de</strong>salentados, quase vencidos, assemelhando-se, conjuntamente, a uma triste<br />
“procissão <strong>de</strong> aflitos”, famintos do pão espiritual.<br />
E o Centro Espírita é, para todos esses <strong>de</strong>sencantados, o refúgio e a<br />
consolação.<br />
É o oásis <strong>de</strong> paz e esperança on<strong>de</strong> esperam encontrar Jesus <strong>de</strong> braços<br />
abertos, para a doce e suave comunhão da fraternida<strong>de</strong> e da alegria.<br />
Imaginemos, agora, que os espíritas percam o gosto pelo estudo superior,<br />
esqueçam a ternura e a compreensão, e, quais médicos ociosos, alheios aos<br />
surtos evolutivos da Ciência <strong>de</strong> Curar, insistam na vã tentativa <strong>de</strong> amparar os<br />
que estão entregues ao <strong>de</strong>sânimo e à enfermida<strong>de</strong>!<br />
É o caso <strong>de</strong> lembrar a pergunta do Mestre Galileu:<br />
“Po<strong>de</strong> um cego guiar outro cego? não cairão ambos no barranco?<br />
Quem procura um Centro Espírita, por mais humil<strong>de</strong> que seja esse Centro,<br />
espera, sem dúvida, encontrar companheiros em condições <strong>de</strong>, em nome do<br />
<strong>Cristo</strong>, ajudar e socorrer segundo as limitações que nos são peculiares.<br />
Nota-se, em nosso abençoado movimento, uma tendência generalizada no<br />
sentido <strong>de</strong> se aconselhar a todo o mundo, indistintamente, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da mediunida<strong>de</strong>.<br />
Será isto aconselhável?<br />
É o que <strong>de</strong>sejamos comentar.<br />
Muitas vezes aquele que procura o Centro Espírita, apresentando certos<br />
<strong>de</strong>sequilíbrios, é apenas um companheiro necessitado <strong>de</strong> reajuste psíquico.<br />
É um irmão que conduz uma mente <strong>de</strong>sarmoniosa, <strong>de</strong>strambelhada,