MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
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Mediunida<strong>de</strong> poliglota<br />
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Xenoglossia — ou mediunida<strong>de</strong> poliglota — é a faculda<strong>de</strong> pela qual o<br />
médium se expressa, oral ou gràficamente, por meio <strong>de</strong> idioma que não<br />
conhece na atual encarnação.<br />
Há uma interessante monografia <strong>de</strong> Ernesto Bozzano, por sinal o mais<br />
completo estudo que conhecemos sobre o assunto, a qual serviu,<br />
subsidiariamente, para os nossos apontamentos.<br />
O presente capítulo <strong>de</strong>ve, pois, ser consi<strong>de</strong>rado como o resultado das<br />
observações que extraímos do livro «Nos Domínios da Mediunida<strong>de</strong>» e das<br />
valiosíssimas anotaçõeS <strong>de</strong> Bozzano, em sua obra «Xenoglossia».<br />
A mediunida<strong>de</strong> poliglota po<strong>de</strong> ser classificada da seguinte maneira:<br />
a) — Falante (pela incorporação ou na materialização);<br />
b) — Audiente;<br />
c) — Escrevente (psicografia ou tiptologia);<br />
d) — Voz direta;<br />
e) — Escrita direta (mãos visíveis ou invisíveis).<br />
Xenoglossia falante é a em que o médium, incorporado, fala em qualquer<br />
idioma, seja inglês ou francês, latim ou hebraico, sem conhecer essas línguas.<br />
Po<strong>de</strong>, também, ouvir os Espíritos em outros idiomas, psicografar mensagens e,<br />
ainda, possibilitar sejam grafados caracteres estranhos, em lousas e pare<strong>de</strong>s.<br />
Prescindimos <strong>de</strong> mencionar inúmeros casos, verificados em cada uma<br />
<strong>de</strong>ssas modalida<strong>de</strong>s, por não ser este o escopo fundamental <strong>de</strong>ste livro.<br />
Todavia, po<strong>de</strong>mos afirmar que não são apenas os tratados e monografias<br />
que registram tais fenômenos. O Velho e o Novo Testamento são ricos em<br />
comunicações xenoglóssicas.<br />
A mediunida<strong>de</strong> poliglota tem a sua causa no recolhimento <strong>de</strong> valores<br />
intelectuais do passado, os quais repousam na subconsciência do sensitivo ou<br />
médium.<br />
Ela <strong>de</strong>corre, primordialmente, <strong>de</strong> um simples fenômeno <strong>de</strong> sintonia no<br />
tempo.<br />
Que é «sintonia no Tempo»?<br />
É o processo pelo qual a mente humana, ligando-se ao pretérito distante,<br />
provoca a emersão, das profun<strong>de</strong>zas subconscienciais, <strong>de</strong> expressões<br />
variegadas e multiformes que ali jazem adormecidas.<br />
A subconsciência é o «porão da individualida<strong>de</strong>».<br />
Lá se encontram «guardados» todos os valores intelectuais e conquistas<br />
morais acumulados em várias reencarnações, como fruto natural <strong>de</strong> sucessivas<br />
experiências evolutivas.<br />
Só po<strong>de</strong> ser médium poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o<br />
idioma pelo qual se expresse durante o transe.<br />
A criatura que, noutras encarnações, não conheceu o latim, não po<strong>de</strong>,<br />
mediunizada, expressar-se por ele.<br />
É o que se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>, por sinal com muita lógica, da explicação do<br />
Assistente Áulus:<br />
«Quando um médium analfabeto se põe a escrever sob o controle <strong>de</strong> um<br />
amigo domiciliado em nosso plano, isso não quer dizer que o mensageiro<br />
espiritual haja removido milagrosamente as pedras da ignorância. Mostra<br />
simplesmente que o psicógrafo traz consigo, <strong>de</strong> outras encarnações, a arte