MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
122 A mente humana está simbolizada no soldado que luta pela conquista de posições. Conforme o esforço, a perseverança, o adestramento, ou a má vontade, o desânimo e a inexperiência, ficará ele na retaguarda, entre mutilados e vencidos, ou surgirá, vitorioso, na vanguarda. O soldado luta por vencer e destruir os inimigos externos. A mente luta por vencer os inimigos internos, representados pelo egoísmo, crueldade, vingança, ciúme, prepotência, ambição. O soldado empunhará a espada e o rifle, a granada e a metralhadora. As armas da mente são a humildade, o espírito de serviço, a bondade com todos, a nobreza, a elegância moral, a disciplina. Na retaguarda, para o soldado ou para a mente, o cenário é dantesco: amargura, aflição, humilhação, sofrimento. É a resposta da Lei à preguiça e à negligência. Na vanguarda, para o soldado ou para a mente, a paisagem é expressiva: alegria, felicidade, glória. É a resposta da lei ao trabalho e à boa vontade. A retaguarda, para a mente ociosa, significará estacionamento nas zonas inferiores, após a desencarnação, ou reencarnações dolorosas no futuro. A vanguarda podemos simbolizá-la no trabalho renovativo, no progresso, na iluminação, no enriquecimento moral e intelectual. Muita bondade, repetimos, pede o serviço assistencial ao Espírito cuja mente se cristalizou no Tempo. Assemelha-se, nas reuniões mediúnicas, a um louco, a quem falamos do Hoje, e ele vê, exclusivamente, o Ontem. «Nada vê, nada ouve, nada sente além de si mesmo. »Os dramas conscienciais que viveu; os conflitos amargos em que se debate; os distúrbios psíquicos originados do abuso do livre arbítrio, se expressam, na atualidade, em forma de alucinação e fixação mental. Como poderá um dirigente de sessão que apenas saiba usar o verbo culto e eloquente, sem o menor sentido de fraternidade, ajudar um Espírito nessas condições? Imprescindível se torna, pois, que os responsáveis pelos núcleos mediúnicos aprimorem os sentimentos e abrandem o coração, a fim de que, identificando-se, de fato, com a necessidade alheia, possam amparar com eficiência. O conhecimento doutrinário e, especialmente, a assimilação do Evangelho à própria economia espiritual, são fatores indispensáveis àqueles que se consagram ao esforço mediúnico, no setor das desobsessões, como médiuns ou dirigentes. Ainda sobre o mecanismo da fixação mental, ouçamos a palavra do Assistente Áulus: «Qualquer grande perturbação interior, chame-se paixão ou desânimo, crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, pode imobilizar-nos por tempo indefinível em suas malhas de sombra, quando nos rebelamos contra o imperativo da marcha incessante com o Sumo Bem. » A reencarnação, em tais circunstâncias, funciona àmaneira de compulsório estimulante ao reajuste. «Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influen-
123 ciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação». Que seria da alma que fixou a mente no passado, não fosse a bênção da reencarnação? Como reajustar-se no Além-Túmulo, se sabemos que, depois do decesso, leva o Espírito todas as impressões cultivadas durante a existência física? Abençoado seja, pois, o Espiritismo pelos conhecimentos que revela e difunde. Santificada seja a Doutrina dos Espíritos que duariza de esperanças» as nossas vidas, fazendo-nos compreender que o Grande Porvir nos proporcionará recursos evolutivos que nos compelirão a deixar o sarcófago de nossas paixões inferiores e ascendermos a regiões onde, na condição de servidores de boa vontade, ser-nos-ão concedidas oportunidades de cooperação com Jesus-Cristo na sublime Causa da redenção dos outros e de nós mesmos. As elucidações que, sobre o problema da fixação mental, nos traz o livro «Nos Domínios da Mediunidade), levam-nos a grafar, nas linhas seguintes, uma nova sub-divisão das formas obsessionais ou obsessivas: a) — Influência do desencarnado sobre o encarnado; b) — Influência do encarnado sobre o desencarnado; c) — Influência do Espírito sobre si mesmo, provocando uma autoobsessão. As formas consignadas nas alíneas “a” e “b” são as mais conhecidas. A da alínea “c”, menos frequente, é uma decorrência da fixação do Espírito, encarnado ou não, em situações, fatos ou pessoas. Pensar demais em si mesmo e nos próprios problemas, determina uma auto-obsessão. O indivíduo passa a ser o “obsessor de si mesmo”. Não haverá um perseguidor: ele é, ao mesmo tempo, obsessor e obsidiado. Obsessão sui generis — reconhecemos, mas que existe, sem dúvida alguma, quer entre encarnados, quer entre desencarnados. É muito difícil de ser removida...
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A mente humana está simbolizada no soldado que luta pela conquista <strong>de</strong><br />
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Conforme o esforço, a perseverança, o a<strong>de</strong>stramento, ou a má vonta<strong>de</strong>, o<br />
<strong>de</strong>sânimo e a inexperiência, ficará ele na retaguarda, entre mutilados e<br />
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O soldado luta por vencer e <strong>de</strong>struir os inimigos externos.<br />
A mente luta por vencer os inimigos internos, representados pelo egoísmo,<br />
cruelda<strong>de</strong>, vingança, ciúme, prepotência, ambição.<br />
O soldado empunhará a espada e o rifle, a granada e a metralhadora.<br />
As armas da mente são a humilda<strong>de</strong>, o espírito <strong>de</strong> serviço, a bonda<strong>de</strong> com<br />
todos, a nobreza, a elegância moral, a disciplina.<br />
Na retaguarda, para o soldado ou para a mente, o cenário é dantesco:<br />
amargura, aflição, humilhação, sofrimento.<br />
É a resposta da Lei à preguiça e à negligência.<br />
Na vanguarda, para o soldado ou para a mente, a paisagem é expressiva:<br />
alegria, felicida<strong>de</strong>, glória.<br />
É a resposta da lei ao trabalho e à boa vonta<strong>de</strong>.<br />
A retaguarda, para a mente ociosa, significará estacionamento nas zonas<br />
inferiores, após a <strong>de</strong>sencarnação, ou reencarnações dolorosas no futuro.<br />
A vanguarda po<strong>de</strong>mos simbolizá-la no trabalho renovativo, no progresso,<br />
na iluminação, no enriquecimento moral e intelectual.<br />
Muita bonda<strong>de</strong>, repetimos, pe<strong>de</strong> o serviço assistencial ao Espírito cuja<br />
mente se cristalizou no Tempo.<br />
Assemelha-se, nas reuniões mediúnicas, a um louco, a quem falamos do<br />
Hoje, e ele vê, exclusivamente, o Ontem.<br />
«Nada vê, nada ouve, nada sente além <strong>de</strong> si mesmo. »Os dramas<br />
conscienciais que viveu; os conflitos amargos em que se <strong>de</strong>bate; os distúrbios<br />
psíquicos originados do abuso do livre arbítrio, se expressam, na atualida<strong>de</strong>,<br />
em forma <strong>de</strong> alucinação e fixação mental.<br />
Como po<strong>de</strong>rá um dirigente <strong>de</strong> sessão que apenas saiba usar o verbo culto<br />
e eloquente, sem o menor sentido <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>, ajudar um Espírito nessas<br />
condições?<br />
Imprescindível se torna, pois, que os responsáveis pelos núcleos<br />
mediúnicos aprimorem os sentimentos e abran<strong>de</strong>m o coração, a fim <strong>de</strong> que,<br />
i<strong>de</strong>ntificando-se, <strong>de</strong> fato, com a necessida<strong>de</strong> alheia, possam amparar com eficiência.<br />
O conhecimento doutrinário e, especialmente, a assimilação do Evangelho<br />
à própria economia espiritual, são fatores indispensáveis àqueles que se<br />
consagram ao esforço mediúnico, no setor das <strong>de</strong>sobsessões, como médiuns<br />
ou dirigentes.<br />
Ainda sobre o mecanismo da fixação mental, ouçamos a palavra do<br />
Assistente Áulus:<br />
«Qualquer gran<strong>de</strong> perturbação interior, chame-se paixão ou <strong>de</strong>sânimo,<br />
cruelda<strong>de</strong> ou vingança, ciúme ou <strong>de</strong>sespero, po<strong>de</strong> imobilizar-nos por tempo<br />
in<strong>de</strong>finível em suas malhas <strong>de</strong> sombra, quando nos rebelamos contra o<br />
imperativo da marcha incessante com o Sumo Bem. »<br />
A reencarnação, em tais circunstâncias, funciona àmaneira <strong>de</strong> compulsório<br />
estimulante ao reajuste.<br />
«Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do<br />
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