MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo MARTINS PERALVA - GE Fabiano de Cristo
114 fraco. É a reação do corpo tentando reter o Espírito, hóspede de tantos anos, companheiro de tantas experiências cuja partida tenta evitar. O organismo age, então, como se tivesse inteligência para pensar. Sabemos, entretanto, que o corpo não pensa. O Espírito é o piloto da embarcação, cujos destroços contemplará logo mais, se puder... Afirma Neio Lúcio que entre Espírito e Matéria há um ponto de interação ainda inabordável. Esse ponto de interação — constituindo a causa das mútuas relações entre Espírito e Corpo — é que motiva, a nosso ver, essa tentativa de retenção. A operação final é no cérebro, onde fica situado o Centro Mental, a região mais importante. O trabalho magnético se realiza inicialmente sobre a fossa romboidal, que a Medicina define mais ou menos com as seguintes palavras: “Assoalho do quarto ventrículo, que, por sua vez, é uma cavidade situada na face posterior do bulbo e protuberância, portanto anteriormente ao cerebelo. «O quarto ventrículo está normalmente cheio de líquido encéfalo-medular. «No fundo da fossa romboidal, estão situados os centros mais importantes da vida vegetativa, tais como o da respiração e o vasomotor. Após essa última operação magnética, sobre a fossa romboidal, e sobre a qual ainda nos reportaremos no final deste capítulo, sobrevém o estado de coma, embora o Espírito esteja ligado — e bem ligado ao veículo físico. Por fim, o desatamento do laço fluídico. Só aí, conclui-se a desencarnação. O Mundo Espiritual recebe mais um habitante e a demografia terrestre registra, no seu volume populacional, decréscimo equivalente. Depois da desencarnação — cujo processo NUNCA É IGUAL PARA TODOS —, ao despertar no Plano Espiritual defrontar-se-á o recém-chegado com as seguintes invariáveis realidades: a) — Visão panorâmica da última existência, b) — Reaquisição da forma antiga, c) — Encontro com Espíritos afins (elevados ou inferiores), d) — Analogia do meio espiritual com a paisagem terrestre. Em resumo: encontrar-se-á consigo mesmo. Essa concordância, pelo que temos lido, parece repetir-se em todos os falecimentos, abstração feita, como é natural, de minúcias relacionadas com o estado evolutivo, carma, problemas mentais, etc., de cada um. Depois de conhecermos o trabalho afanoso dos Mentores espirituais, somos compelidos a exaltar o respeito devido aos ambientes onde alguém está desencarnando ou desencarnou, a fim de que, pela atitude de oração silenciosa, ajudemos o viajor e cooperemos com os Missionários da Cirurgia Divina. Esse assunto não foi estudado, apenas, com elementos do capítulo «Mediunidade no leito de dor»; recolhemos abundante e valioso material do livro do próprio André Luiz — «Obreiros da Vida Eterna», capítulo 13º. Da fusão desses elementos, foi-nos possível organizar as considerações acima. Digna de nota e comentário foi a operação sobre a fossa romboidal, de cujo centro se desligou «brilhante chama violeta-dourada» que absorveu, instantâneamente, «a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada» do plexo solar e do tórax.
115 A observação é sobretudo interessante: da reunião desses três elementos — 1) chama violeta-dourada, saída da fossa romboidal, 2) substância extraída do plexo solar, e 3) substância retirada do tórax resultou a constituição da nova forma perispiritual do desencarnado. Não queremos encerrar este capítulo, através do qual lembramos a respeitabilidade da «hora da morte», em vista do maravilhoso trabalho dos Instrutores espirituais, sem que transcrevamos as palavras com que André Luiz narra a formação do perispírito do recém-desencarnado: «Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias, e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fixar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. » Segundo o parecer de André Luiz, aquela chama violeta-dourada representava «o conjunto dos princípios superiores da personalidade». Ante tão magnificente narrativa, um só pensamento nos domina, emocionando-nos o coração agradecido, qual seja o de profundo amor pelo nosso Pai Celestial — Criador da Vida...
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A observação é sobretudo interessante: da reunião <strong>de</strong>sses três elementos<br />
— 1) chama violeta-dourada, saída da fossa romboidal, 2) substância extraída<br />
do plexo solar, e 3) substância retirada do tórax resultou a constituição da nova<br />
forma perispiritual do <strong>de</strong>sencarnado.<br />
Não queremos encerrar este capítulo, através do qual lembramos a<br />
respeitabilida<strong>de</strong> da «hora da morte», em vista do maravilhoso trabalho dos<br />
Instrutores espirituais, sem que transcrevamos as palavras com que André Luiz<br />
narra a formação do perispírito do recém-<strong>de</strong>sencarnado:<br />
«Concentrando todo o seu potencial <strong>de</strong> energia na fossa romboidal,<br />
Jerônimo quebrou alguma coisa que não pu<strong>de</strong> perceber com minúcias, e<br />
brilhante chama violeta-dourada <strong>de</strong>sligou-se da região craniana, absorvendo,<br />
instantaneamente, a vasta porção <strong>de</strong> substância leitosa já exteriorizada. Quis<br />
fixar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves<br />
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ela, todo o corpo perispiritual <strong>de</strong> Dimas, membro a membro, traço a traço. »<br />
Segundo o parecer <strong>de</strong> André Luiz, aquela chama violeta-dourada<br />
representava «o conjunto dos princípios superiores da personalida<strong>de</strong>».<br />
Ante tão magnificente narrativa, um só pensamento nos domina,<br />
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